31.12.15
Já foi
28.11.15
A inveja
27.11.15
A sacanice
14.11.15
O sacrifício
11.11.15
A queda
9.11.15
A apresentação
3.11.15
A demissão
31.10.15
Foi tradição
No dia um de novembro de todos os anos, os portugueses utilizavam o dia para festejar todos os santos independentemente da crença religiosa e aproveitavam o dia para homenagear com um ramo de flores, mesmo de plástico, as campas dos seus antepassados, já partidos desta vida miserável. Mas os passos e os portas entenderam que santos eram aqueles que com eles concordavam e os mortos, porque já estão mortos, não careciam de flores todos os anos e daí fizeram mais uma cruz no calendário, para demonstrar que a tradição é quando lhes dá jeito e quando eles querem.
No dia um de dezembro de todos os anos, os portugueses, principalmente os patriotas, dispunham de um dia para lembrar e relembrar que esta terra, quando é preciso, tem tudo no sítio e não serve de desculpa o poder dos filipes, dos andeiros e de quaisquer outros, quando o povo quer e exige, mesmo à custa de facadas e de espadeiradas. Mas os passos e os portas vieram lembrar também que a glorificação dos nossos gloriosos pode ter um efeito pernicioso com uma eventual rejeição dos actuais mandatários dos mandões estrangeiros, o que não seria bom para a saúde das finanças públicas, pelo que seria razoável retirar do calendário esta duvidosa tradição, em eventual violação do tratado de lisboa e do tratado orçamental.
Sempre se disse que "não há regra sem exceção" e que a lei foi feita para ser desrespeitada.
Era a tradição
23.10.15
A primeira
Aquela cabeça pensadora queimou os fusíveis e derreteu os neurónios.
20.10.15
O buraco
18.10.15
O eixo
17.10.15
Por favor
14.10.15
A tradição
O programa vai passar, porque o costa não vai votar contra.
10.10.15
A solução
5.10.15
A vitória
2.10.15
A República
29.9.15
A dívida
18.9.15
A informação
17.9.15
A verborreia
15.9.15
A falha
12.9.15
A condição
8.9.15
O menu diário
6.9.15
Os migrantes
5.9.15
Pharol
Tinha escrito mais vinte linhas sobre este temz, quando a rede se foi e me deixou a ver a concentração de refiguados junto ao eurotúnel...
Não repito o que tinha escrito e fico-me a tentar qualificar a elevada qualidade técnica dos serviços prestados pelo (a) "pharol"...
4.9.15
A justificação
Mesmo assim, o problema continua e apesar de o desejar intensamente, vejo-me como que forçado a deixar passar montanhas de acontecimentos sem que sobre eles me digne manifestar publicamente a minha posição.
Após uma ligeira "intervenção" junto de uns quantos neurónios desocupados, pensei ter encontrado uma pequena justificação para a minha ausência: nojo e asco sobre a política actual!!!
Pasmei-me pelo sucedido e nem quis acreditar que tinha descoberto o que pensam milhares e milhares de portugueses sobre a política e sobre os políticos.
Entendi que a razão fundamental do que me estava acontecendo não tinha grandes justificações, uma vez que nojo e asco da política e dos políticos era coisa que acontecia por todos os lados e pelo universo circundante, pelo que a sua especificidade não tinha nada de especial: era natural e comum que assim fosse.
Concluí que a coisa não se explicava apenas pelo nojo e pelo asco, mas havia ali uma dose de ódio e de desprezo contra a mentira e a pouca vergonha desta cambada de aldrabões à solta cá no cantinho...
Um dia, o pessoal chateia-se...
19.7.15
O serviço público
8.7.15
O debate do estado
19.6.15
A sessão quinzenal
Os bilhetes
17.6.15
Estou aliviado
5.6.15
A "coisa"
3.6.15
Não é aldrabão
22.5.15
Na crista da onda
O descaramento, a pouca vergonha e a sacanice andam de mãos dadas, por mais estranha que pareça a sua origem
É o caso de um tema referido no tempo de antena de um partido do governo relativo à façanha portuguesa no âmbito das energias renováveis.
Nunca me tinha passado pela cabeça que uma matéria altamente criticada por muitos inteligentes pelas rendas pagas pelo estado aos produtores e exploradores das energias renováveis viesse a ser muito injustamente apropriada por um partido do governo.
Todos sabemos que foram suspensos alguns projectos ligados às energias renováveis quando o país estava à beira da bancarrota e foi salvo providencialmente pelo actual governo.
Virem agora orgulhar-se de um processo quase da exclusiva responsabilidade dos governo do preso mais famoso de évora é sinal de descaramento, de pouca vergonha e de sacanice, tanto mais por se tratar de um processo que tem sido alvo de graves críticas dado o seu custo e a sua duvidosa eficiência.
Mas como se trata de um assunto muito querido por todos aqueles que se armam em defensores do ambiente e que se mostram altamente preocupados pela poluição e pela camada do ozono, vale tudo até mesmo destruir e mandar para as urtigas a propriedade de uma ideia ou de umprojeto ou de uma realização, desde que isso passa ajudar a conquistar alguns votos nas próximas eleições.
Eu já tinha notado que a factura da energia eléctrica que nos chega de vez em quando Apresenta um queijo com a decomposição da proveniência ou da origem da energia que cada um de nós consome sem se dar conta do que isso significa.
De há uns tempos a esta parte podia constatar-se que a parcela proveniente das energias renováveis era superior a todas as outras componentes.
Esta realidade pouco ou nada tem a ver com as políticas da malta no exercício do poder e só os mais distraídos ou aqueles que o fazem por dever de ofício ou de compromisso é que acreditam nas patranhas de suas excelências quando se assumem, mesmo que indevidamente, como pais da criança.
Ao fim e ao cabo, o que importa é continuar na crista da onda…
21.5.15
A factura da água
Chegou-me às mãos a factura da água da minha segunda habitação e lembrei-me imediatamente de uma intervenção de sua excelência o ministro do ambiente a propósito da reestruturação do sector das águas a nível nacional.
Dizia sua excelência que as facturas da água das zonas do interior iriam ficar mais baratas, mas em contrapartida a água do litoral sofreria um agravamento nos próximos anos.
Foi com alguma curiosidade que comparei a factura do mês de março com a factura do mês de abril, deduzindo, de imediato, que sua excelência estaria a referir-se a um outro país qualquer.
Vejamos o que aconteceu
. O preço do metro cúbico do primeiro escalão (0-5) subiu 22,5%;
. A agora denominada de "tarifa fixa" do abastecimento de água subiu 4,77%;
. A tarifa fixa do saneamento subiu 29,42%;
. A tarifa fixa dos resíduos sólidos e urbanos subiu 9,91%.
Para não se ficarem a rir, os consumidores de água do concelho de avis viram a sua factura bem mais composta de alíneas, pois foram criadas cinco novas taxas a saber:
- Saneamento e resíduos sólidos e urbanos como receitas da autarquia;
- TRH componente água, TRH componente saneamento e TX Gestão de resíduos, como receitas do Estado.
É de se lhe tirar o chapéu e sua excelência o ministro deverá estar muito contente, porque sem que houvesse vozes a baterem-lhe à porta proferindo impropérios contra a sua pessoa, vê, de uma assentada, aumentarem as receitas do estado e as receitas da autarquia, quando o pessoal estaria a pensar precisamente o contrário, conforme o anunciado.
Certamente que sua excelência o ministro ainda não veio à televisão desmentir as facturas dos consumidores de água do concelho de avis, porque a coisa parece que ainda não terminou, uma vez que está para apresentar mais uma taxinha para suportar os custos da proteção civil que serve o pessoal em horas de aflição.
Ao fim e ao cabo, sua excelência sempre terá alguns argumentos para nos atirar com os valores destas facturas do fornecimento de água.
Que a reestruturação do sector; que os desperdícios; que a concentração de empresas; que os preços finais da água; que os do interior merecem alguma atenção; que os do litoral não se podem rir dos outros; que isto e mais aquilo, mas que os aumentos se justificam pela qualidade do produto fornecido e porque o ambiente merece mais este sacrifício.
Tudo bem, mas esteja caladinho...