20.12.09

Hoje

O relógio marcava as 16 horas 19 minutos do dia 20 de Dezembro de 2009: NASCEU.

Que nunca te falte coração para amar a vida, respeitar a vida, cantar a vida e louvar a vida.

Que nunca te falte amor para amar o mundo; que nunca te falte o mundo para nele percorreres os caminhos que te estão destinados com paz e com saúde.

Olha sempre o norte para que tenhas sempre presente que a estrela nunca deixou que alguém se perdesse nos caminhos da vida…

Se alguma vez o sentido da vida for difícil de encontrar olha um pouco para além do horizonte e lá verás o teu Anjo da Guarda…

17.12.09

Os salários

Os órgãos de informação da imprensa escrita e audiovisual desta manhã faziam referência aos salários dos administradores das empresas cotadas na bolsa, com especial realce para as empresas financeiras.

Nestas os salários pagos aos administradores atingiam verbas que nós, os pobres mortais, nem sequer temos a capacidade para imaginar tal a sua dimensão.

Ouvi falar em verbas astronómicas. Mas serão mesmo astronómicas para aquelas pessoas que têm sobre os seus ombros a alta responsabilidade de gerir um banco ou uma empresa parecida com um banco, mesmo que não seja um banco, bastando que seja designada de empresa do sector financeiro?

Cá por mim, que entendo perfeitamente que o que está em causa é o dinheiro de terceiros, nunca me passou pela cabeça que os parcos euros que são devidos aos administradores das empresas do sector financeiro pelo seu trabalho não são merecidos até ao último cêntimo.

Só quem nunca teve a responsabilidade de gerir uma empresa, mesmo que fosse a tasca da esquina em nome individual, é que pode ficar admirado pelos salários pagos aos administradores das empresas financeiras…

Então esta gente que gere o nosso dinheiro, que o multiplica por não sei quantos, não merece o seu peso em ouro e não somente os milhares de euros que lhe pagam mensalmente?

O que se passa é que somos por demais invejosos, porque não somos capazes de assumir a responsabilidade de ser administrador de um banco ou, o que estará mais certo, nunca tivemos vocação para tratar dignamente os bens do próximo, porque do próximo só desejamos o que não deveríamos desejar.

Alguém me diz que não se trata de não ser capaz de ser administrador de um banco mas sim de não ter tido a oportunidade de ser convidado para tal, como outros o foram com as mesmas, admito, qualidades que eu demonstro ter no meu dia-a-dia.

Para além do mais, devemos ter sempre presente que ser administrador de empresas do sector financeiro, apesar dos trocos recebidos ao fim de mês, representa uma carga de trabalhos que só pode dar em doenças bipolares com fortes hipóteses de só poderem vir a serem curadas em instituições especializadas que não são propriamente como as empresas do sector financeiro, tanto mais que os seus administradores desejariam, certamente, ganhar na sua vida contributiva o que os tais administradores ganham em apenas um ano…

No fim, as contas serão outras, pois talvez se torne realidade aquela coisa que alguém (?) terá dito ou terá comentado de ser mais fácil o Sporting ganhar o campeonato de futebol na presente época do que um banqueiro entrar no reino dos céus, mesmo que seja da opus dei ou vá à missa todos os dias…

2.12.09

A medida

A televisão pública, no seu telejornal de hoje, informava que o "… teve de pagar uma caução de 25 mil euros para não ficar em prisão preventiva.

Estou mesmo a ver a cena:

O juiz manda sentar o acusado na frente dele e dispara-lhe à queima-roupa: dado que é acusado de um crime de … tem duas opções no que se refere a medidas de coação, sendo uma delas a prisão preventiva e a outra o pagamento de uma caução que não pode ser assim muito pequena.

Mas eu estou inocente, atreve-se o acusado a responder ao juiz.

Pois, isso diz o acusado, mas eu é que sei o que devo fazer pelo que a medida de coação será de 25 mil euros e não há discussão. Isto para que não fique preso preventivamente.

Mas as coisas podem ser assim, pergunta o acusado. Pode optar por determinar o pagamento de uma caução para eu não ficar preso preventivamente?

Não é bem assim, mas é o que o José Rodrigues dos Santos vai dizer quando logo, no telejornal, ler a notícia das medidas de coação impostos ao acusado e arguido deste processo.

Mas vou pagar 25 mil euros como medida de coação para não me ser imposta a prisão preventiva?

Já lhe disse que não é bem assim, mas o José Rodrigues dos Santos vai dizer isso mesmo.

E o senhor juiz não se importa que esse jornalista diga isso mesmo e logo na televisão pública?

Estou-me verdadeiramente nas tintas para o que o José Rodrigues dos Santos diga na televisão pública ao ler as notícias do telejornal, já que também me estou verdadeiramente nas tintas para que esse mesmo jornalista continue a ler as notícias com a sua famosa esferográfica na mão, como se se tratasse de um garfo com um bocado de queijo na ponta e o atirasse ao rato que vai a passar no estúdio…

Enquanto o homem não me explicar qual a necessidade de estar sempre a apontar ao pessoal com aquela esferográfica enquanto lê as notícias, nada posso fazer. E quando me explicar os motivos para tal comportamento logo vejo se o posso acusar de alguma coisa e qual a medida de coação a aplicar…


 

Amanhã vou ler alguns jornais com alguma atenção para ver se descubro os factos que levaram o José Rodrigues dos Santos a afirmar que…" …vai pagar 25 mil euros de caução para não ser preso preventivamente".

A esta hora o distinto jornalista pensou que o arguido e acusado de um crime no processo causaria menor prejuízo ao Estado se pagasse uma caução e ficar em liberdade do que ir para a cadeia à custa do Estado; assim como assim, o Estado economiza algumas guitas, que podem ser contabilizadas como contributo do acusado e arguido para acabar com o défice público, embora o homem continue a ganhar uma pipa de massa sem trabalhar, o que não aconteceria se estive em prisão preventiva.

E são as nossas notícias…e os nossos jornalistas…

17.11.09

Sou escutado

Se toda a gente anda a falar da face oculta e das escutas, se a imprensa conhece com algum pormenor as conversas do Primeiro com o seu amigo Vara, cuja proveniência também toda a gente parece saber, então que nos falta para podermos falar também?

Não é que me interesse sobremaneira conhecer as tais conversas tidas como possíveis "crimes contra o Estado de Direito" cometidos pelo Primeiro, segundo o entendimento de juízes de Aveiro, mas já me interessa saber quem são os responsáveis pelas fugas de informação que deveria estar em segredo de justiça lá na Procuradoria-Geral da República e no Supremo Tribunal de Justiça e são do conhecimento de meios de informação e consta das conversas de café, do autocarro, do metro, do táxi e de todos os que se dispõem a ouvir rádio, a ler jornais e ver e ouvir televisão.

Já não nos serve o processo de qualificação de Portugal para o campeonato do mundo de futebol, já não nos chega as desventuras do CR7 e do bruxo que o embruxou, já não nos serve os títulos e os conteúdos de todas as revistas da sociolite portuguesa, para ocupar a nossa mente "perversa" com as escutas do Primeiro.

Podemos levar esta coisa para o lado da brincadeira, mas isto só dura enquanto essa brincadeira for feita com os outros e não connosco, porque quando tal acontecer então bem podemos pensar que mais valeria a guilhotina que ser objecto de escutas deste pessoal.

Quem está lembrado do "sucateiro" e do "lixeiro"?

Quem sabe se o Presidente da REN já foi ouvido?

Quem sabe se o Vara já foi ouvido?

Quem sabe se o Vara continua a receber o vencimento?

Quem sabe da situação de todos os outros "implicados" nessa coisa da corrupção ou seja lá o que for da responsabilidade desse tal sucateiro?

Quem se importa do que está a acontecer a essa gente?

O que importa agora, que está prestes a ser apresentado o Orçamento de Estado para 2010, são as escutas do Primeiro e os seus "crimes contra o Estado de Direito", segundo os entendimentos dos senhores juízes de Aveiro, tanto mais que já se está a anunciar o fim do processo "Freeport" sem que o Primeiro tenha sido acusado de qualquer crime…

Explicações do Primeiro? Para quê se os jornais já sabem tudo?!

Querem mais umas primeiras páginas com o nome de José Sócrates? Para quê se já há tantas?!

Querem continuar a malhar no homem como se ele fosse culpado e responsável de todos os males do mundo?

Que malhem, mas com lealdade e honestidade e sem rasteiras de jogador aldrabão.

Por mim não preciso de explicações de ninguém, mas atrevo-me a solicitar respeitosamente que alguém diga: quem continua a violar descarada e vergonhosamente o segredo de justiça e o que lhe é devido por tal facto.

Por outro lado, gostaria muito de solicitar aos senhores ministros que ministrem os seus ministérios e que se abstenham de fazer declarações sobre estas matérias, que nós já temos gente suficiente a falar desta porcaria com muito mais sabedoria e oportunidade nos milhentos telejornais e programas de comentários que abundam em todas as rádios e em todas as televisões.


12.11.09

Cá ou aqui

Cá ou aqui, no Portugal profundo, também temos acesso às notícias quer seja através da televisão e da rádio, um pouco pelos jornais, mas principalmente, no meu caso, pela internet, onde posso consultar os jornais de todo o mundo incluindo alguns portugueses.

Então podemos ler as coisas mais mirabolantes e esquisitas que se vão sucedendo na nossa santa terrinha, apesar das más vontades contra tanta coisa de bom que aqui se vai passando.

Estava eu a consultar um "site" com resumos das notícias mais importantes de todos os nossos jornais generalistas, especialistas e desportivos e dou de caras com um título referindo que o Armando Vara vai manter o seu vencimento de Administrador do BCP, apesar de ter pedido e ter sido aceite a suspensão do seu cargo.

Está bem de ver e de ouvir e entender os argumentos a favor desta deliciosa decisão por parte dos órgãos do referido Banco, fazendo-nos crer e acreditar que o dito permanece fiel e dedicado servidor do BCP, uma vez que está obrigado a tudo como se estivesse ao serviço, com excepção da prestação do seu trabalho diário, o que justifica o seu salário.

Como o homem se obriga a não trabalhar em qualquer outro lugar ou instituição, nem que seja numa empresa do Godinho, como o homem se obriga ao sigilo profissional e a não revelar os segredos da gestão do BCP, género como se ganham milhões em tempo de crise, como se é forçado ao regime de incompatibilidades profissionais, continua no seu legítimo direito a perceber a sua remuneração como se nada tivesse acontecido.

Em consequência, espero que continue com o seu, do Banco, belo carrinho e motorista, mais senhas de combustível, subsídio de almoço, horas extraordinárias e seguro de vida e… de tudo o resto que vem por acréscimo…

Bem basta que os lixados de sempre continuem a ser lixados sem apelo nem agravo, porque administradores de Bancos são só uns quantos e estes merecem todos os nossos sacrifícios e os nossos reconhecimentos pelos altos serviços prestados à Nação e ao Povo…

8.11.09

As passagens aéreas

Para apanhar um bocado de ar molhado fui a pé até à Estrada de Benfica descendo a Avenida do Colégio Militar e atravessando a Praça da Revista Militar, umas vezes pisando a ciclovia e outras desviando-me de umas quantas poças de água e demais porcaria.

Constatei que no lado sul da Praça da Revista Militar a ciclovia coloca-nos uma dúvida que não dá para esclarecer convenientemente: num primeiro momento parece que acaba no Parque da Quinta da Granja, mas num segundo lá se nota que o seu piso a preto continua a descer a Avenida do Colégio Militar retomando o laranja uns quantos metros mais a baixo fazendo a ligação com a ciclovia que, vinda de algures, chega ao Parque do Fonte Nova.

À semelhança do que acontece na parte norte da Avenida do Colégio Militar a ciclovia eliminou uma faixa de rodagem até ao edifício dos agricultores, altura em que passa para o lado esquerdo no sentido norte/sul até à Estrada de Benfica.

Curiosamente, neste pequeno troço com cerca de cem metros, a ciclovia desenvolve-se no passeio não havendo corte de qualquer das faixas de rodagem como ao longo da Avenida do Colégio Militar.

Curiosamente também neste troço o passeio não é assim tão largo como em outros da Avenida do Colégio Militar que chegam a ser superiores em largura às próprias faixas de rodagem.

Mas quem sou eu para criticar em termos técnicos o traçado desta ciclovia no seu desenvolvimento pela Avenida do Colégio Militar e até no Largo da Luz?

Pois nada, que não sou nem engenheiro nem arquitecto…

Nem sequer sou gordo e anafado, apesar de uns quilitos a mais, desloco-me dentro de Lisboa regularmente de metropolitano, algumas vezes de táxi, muito poucas vezes de autocarro, quase nunca de comboio, mas algumas vezes de viatura própria, que normalmente não fica estacionada na via pública e nunca em segunda fila, pois continuo a preferir os parques de estacionamento, preferencialmente o da catedral do consumo, aproveitando a benesse do Engenheiro facultada aos residentes da Quinta da Luz utilizando uma avença mensal pela exorbitante quantia de vinte e cinco euros.

Bem vistas as coisas, a ciclovia foi uma dádiva para os Residentes da Quinta da Luz: viram o tráfego ser dificultado ao longo de toda a Avenida do Colégio Militar; viram novos lugares de estacionamento, agora tarifado, desde o topo norte da Avenida até ao cruzamento com a Avenida da Pontinha; viram criadas duas bolsas de estacionamento reservadas a residentes e deixaram de ver o espectáculo dos carros rebocados pela Polícia, agora com apenas meia dúzia de carros estacionados.

Apesar de todos estes benefícios, que os residentes da Quinta da Luz devem agradecer à ciclovia do Vereador Sá Fernandes e não aos protestos do Presidente da Junta de Freguesia continua na mesma uma lamentável situação: a facilidade de atravessar a Avenida do Colégio Militar por quem o pretenda fazer e não apenas as criancinhas e os idosos, sempre chamados quando não há mais argumentos para defender a nossa tese.

Haja Luz, porque estádio já nós temos… faltando apenas duas passagens aéreas na Avenida do Colégio Militar…

6.11.09

Ainda o caso

Durante as minhas deambulações pelos canais de televisão por cabo fui "surpreendido" pelo jornal nacional de sexta-feira da tvi, sem a MMG mas com o caso "freeport": tudo continuava na mesma como se nada tivesse acontecido neste País durante este tempo todo.

Para além do mais e do que me foi dado perceber nada de novo no referido caso, parecendo que se pretende aplicar aquele velho provérbio de "água mole tanto dá até que fura", que é, no caso presente fazer "provar" que o Primeiro está implicado no processo de licenciamento daquele projecto.

A tvi lá continua na sua cruzada e pessoalmente espero que chegue ao fim concluindo o que tiver que concluir, mas que conclua qualquer coisa e não nos ande a maçar com a repetição das mesmas coisas semana após semana até às próximas eleições legislativas.

Fiquei surpreendido não tanto por se manter o caso "freeport" em antena com clara intenção de atingir o Primeiro, mas porque entretanto surgiram coisas novíssimas tão ou mais importantes que o licenciamento do dito, as quais mereceriam certamente alguma atenção por parte do pessoal do jornal nacional com ou sem a mmg.

Só que, bem vistas as coisas, estas coisas novíssimas estão a envolver pessoal de segunda como se de peões de brega se tratasse e não da figura suprema da política…

O que são varas e penedos e não sei o que mais a tratarem de sucata, ferro velho e lixo e toda a porcaria que gira nessa onda, comparados com a figura principal da política portuguesa dos últimos cinco anos?

Que bom seria se o agarrássemos bem de frente…!!!

Pois coisa nenhuma e por isso não tem interesse e quem se interessa por isso é porque não tem categoria de se interessar por quem realmente é importante.

Nós, os que vamos lendo, vendo e ouvindo todo um vasto conjunto de notícias que nos oferecem diariamente, também temos o direito de saber o que se vai passando de especial nesta santa terrinha , nem que seja o conhecimento ou o esclarecimento sobre quem passa todas estas notícias para os jornalistas que as fazem publicar nos seus respectivos objectos de trabalho.

Que o Primeiro "foi apanhado" a telefonar para o Vara? Tudo bem, foi apanhado a telefonar para o Vara, mas quem apanhou? Como foi apanhado? Por escutas telefónicas? Porque o telefonema foi feito na via pública? Quem fez chegar isso aos jornais? Sigilo profissional? Mas de quem? Do jornalista? Da Fonte? Quem é a fonte? Ninguém sabe…

Mas todos nós, que continuamos a acreditar na democracia que nem uns patinhos, estamos convencidos que o conhecimento só pode ser transmitido a outrem por quem tem esse conhecimento que transmite…

Quem tem conhecimento do telefonema do Sócrates ao Vara?

Eu digo: o Sócrates, o Vara e quem ouviu…

E agora as últimas perguntas:

O Sócrates informou os jornais?

O Vara informou os jornais?

Quem ouviu informou os jornais?

4.11.09

Alguém tem

Acabei de assistir à maior falta de respeito pelos telespectadores do canal público de televisão de que tenho memória: quando se iniciava a contagem decrescente dos dez segundos para a decisão final do concurso do Malato o canal público atira-nos com a publicidade durante uns bons minutos que me pareceram uma eternidade, tal foi a pouca vergonha demonstrada.

Que tal coisa acontecesse num canal privado, que tal coisa se inserisse a meio do concurso, que tal coisa acontecesse com normalidade, ainda vá lá que não vá.

Mas desta maneira e contra tudo o que tem a ver com dignidade, moralidade, ética, respeito, consideração, atenção e tudo o mais que se queiram dizer a propósito demonstra claramente a indiferença e a desfaçatez com que o canal público brinda os seus telespectadores.

E eles que continuam obrigados a doar mensalmente uns quantos euros na factura da electricidade para alimentar uma estação pública de televisão, que demonstra não ter a mínima ética devida aos telespectadores, que suportam estes desvarios.

E o pior de tudo é que ninguém tem capacidade e até vontade para travar esta pouca vergonha.

Espero que o Provedor do Ouvinte (?) tenha a possibilidade de puxar as orelhas a quem se lembrou duma coisa destas, sabe-se lá a troco de quê… ou de quanto…

Se o Armando Vara não tem nada a ver com isto, quem terá…?

3.11.09

O fiel servidor

Numa das minhas caixas de correio electrónico tinha uma mensagem enviada por um amigo meu da autoria do Miguel Sousa Tavares sobre o "Caso Vara".

Sem pretender fazer juízos de valor tanto sobre o Miguel Sousa Tavares como sobre o Armando Vara por total desinteresse pessoal, gostaria de, desde já, reafirmar a minha total solidariedade ao Miguel Sousa Tavares no tocante á matéria da queixa apresentada pelo Armando Vara, disponibilizando a verba de cinco euros para ajudar a pagar a indemnização pedida…

Depois gostaria muito de colocar à consideração do pessoal umas quantas perguntas sobre a matéria…:

A cidade de Vinhais seria a mesma sem o Armando Vara?

A região de Trás-os-Montes seria a mesma sem o Armando Vara?

A agência da CGD de… seria mesma sem o Armando Vara?

A Caixa Geral de Depósitos seria a mesma Caixa Geral de Depósitos sem o Armando Vara como responsável pela "segurança…"?

O prestígio dos quadros superiores da Caixa Geral de Depósitos seria o mesmo sem o Armando Vara?

A qualidade da Administração da Caixa Geral de Depósitos seria a mesma sem o Armando Vara?

O Banco Comercial Português seria o mesmo sem o Armando Vara?

A qualidade da Administração do Banco Comercial Português seria a mesma sem o Armando Vara?

Por fim, Portugal seria o mesmo sem o Armando Vara?

Deixem-se de pormenores sem interesse e olhem para o valor acrescentado de termos um cidadão e logo português como o Armando Vara que mais não é, não foi nem nunca será nada mais que um "fiel servidor" deste desgraçado e miserável País que só sabe e nisto é especialista em desancar naqueles de nós que são os melhores…

Ainda não tem uma estátua lá em Vinhais como o Dom Afonso Henriques tem em Guimarães? Pois não há-de tardar…

Não está imortalizado numa rua de uma qualquer cidade com o seu nome? Pois não há-de tardar…

Talvez tarde mesmo, pois que acabo de ouvir uma notícia que dá conta de que o Armando Vara pediu a suspensão do cargo de Vice-Presidente do BCP…

Com vencimento ou sem vencimento?

Perguntar não ofende!

 

23.10.09

O percurso

Perguntava-me outro dia um amigo meu se, passadas que foram as eleições autárquicas e reeleito Vereador o Vereador Sá Fernandes, passava a orientar os meus humores para outra coisa que não fosse a ciclovia da Avenida do Colégio Militar.

"Jamais" (pronuncie-se em francês para recordar expressões famosas de um passado recente) …, mas admito qualquer coisa se houver alguma disponibilidade para percorrer a dita ciclovia desde o Largo da Luz até ao Parque da Quinta da Granja, que, diga-se, ficou bem melhor do que aquilo que eu imaginava, muito embora note que foram colocados poucos bancos, como se o Parque seja de passagem e não propriamente para lazer do pessoal, além de que se esqueceram da criançada, que adora escorregas e baloiços…

Que sim senhor, vamos lá tratar de efectuar esse percurso, sendo conveniente que se faça a descer e a pé, porque a subir e de bicicleta nem a Helena Roseta.

Começamos aqui no Largo da Luz e deixamos para trás o que se passa para os lados da Avenida Fernando Namora. Aqui no Largo da Luz tem que haver muita atenção para se encontrar vestígios da ciclovia, mas ali mais à frente já se nota qualquer coisa ao atravessar o topo norte da Avenida do Colégio Militar, o que exige muita atenção pois pode muito bem acontecer que venha um veículo a subir ou a descer a dita que foi Avenida.

Agora presta bem atenção ao que se passa junto à paragem dos transportes públicos ao lado do Edifício da Junta de Freguesia e nas traseiras (?) do Prémio Valmor de Carnide e magnífico jardim anexo: a ciclovia parece que vai acabar, mas umas curvas bem desenhadas lá nos indicam que vai continuar agora a descer a Avenida do Colégio Militar; toma nota que vamos atravessar a Rua Maria Veleda e da pista nada se vê; o mesmo acontecendo logo a seguir na passagem da Rua Adelaide Cabete e logo um pouco mais, sem se saber porquê deixa de haver pista numa pequeníssima distância junta à segunda paragem dos transportes públicos, para recomeçar e desaparecer no atravessamento da Rua Ana de Castro Osório, com entradas e saídas e viragens à esquerda e à direita e ainda mudanças de direcção de uma boa quantidade de veículos; ali está ela na sua cor distinta para logo desaparecer nas superiores da Avenida da Pontinha ou se se preferir no topo norte da Praça Cosme Damião, que não tem culpa de coisa alguma; passados que são uns sigzagues lá encontramos a ciclovia a dirigir-se para Sul, para se interromper na entrada do Parque subterrâneo do CCC, onde encontramos uma boa quantidade de areias e lixo e até água, após a chuva que veio sujar a novíssima pista não demonstrando qualquer respeito pela segurança dos ciclistas, mas ela lá continua até ser abruptamente interrompida nas inferiores laterais da Avenida Lusíada, prosseguindo em curva e contracurva para atravessar a Praça da Revista Militar até ser absorvida pelo Parque da Quinta da Granja…

Durante este percurso não passou um ciclista e uns peões usavam a pista para evitar o ondulado e as pedras soltas do passeio, sendo sempre preferível usar a ciclovia, tanto mais que os seus felizardos destinatários ainda continuam uns mal-agradecidos.

Pois, se a ciclovia fosse construída no outro lado da Avenida do Colégio Militar talvez que…

Contudo o que me parece é que a Cidade tem necessidade de coisas bem mais importantes e prioritárias à espera da iniciativa não só Vereador Sá Fernandes como também de todos os que assumiram responsabilidades pessoais perante os eleitores e onde a relação custo/benefício seria bem mais interessante que a construção de uma ciclovia, cuja utilidade é muito duvidosa.

Sem ofensa e salvo melhor opinião…

13.10.09

Os efeitos eleitorais

Ainda as eleições autárquicas de 2009.

Certamente que todos os partidos políticos concorrentes ou não a estas eleições autárquicas, as empresas de produção de sondagens, diversas instituições e institutos de estudo e de investigação de natureza social, investigadores individuais e colectivos e ainda alguns outros malucos por estas coisas, vão analisar em profundidade e com o cuidado que tudo isto merece os resultados eleitorais.

Todos vão procurar respostas para muitas perguntas e palpites que se fizeram durante a campanha eleitoral e até durante a noite dos comentadores.

Todos vão à busca daquelas pequenas coisas que decidem a veracidade de um palpite ou o fracasso de uma hipótese e até o significado de um resultado que não se esperava e que esteve longe dos preciosos comentários que ouvimos durante a noite dos comentadores.

Todos irão à procura das justificações para os seus pensamentos, para as suas ideias e para as suas hipóteses na esperança de ser possível concordar com todos os partidos políticos concorrentes: todos ganharam, todos subiram e nenhum perdeu.

Mas haverá necessidade de fazer um estudo muito aprofundado e com muita seriedade intelectual e política sobre os resultados de umas quantas mesas de voto da Freguesia de Carnide para que se fiquem a conhecer os efeitos da ciclovia do Vereador cessante e Vereador Eleito Sá Fernandes.

Nós os que vivemos aqui e aqui votamos há muitos anos temos alguma curiosidade em saber claramente os efeitos eleitorais da construção da ciclovia, que vai desde o Parque da Quinta da Granja ou Praça da Revista Militar ou Centro Comercial Colombo até algures no norte de Lisboa…passando pela inutilização da Avenida do Colégio Militar, mas com a plantação de umas quantas árvores que, por acaso, não são choupos.

Todos aqueles que viram construir grande parte da Quinta da Luz e toda a Avenida do Colégio Militar temos alguma curiosidade em saber se a construção da ciclovia na Avenida do Colégio Militar (agora reduzida a uma "avenidita…" foi suficiente para a eleição do Vereador Sá Fernandes ou se significou mais uma traulitada nos cidadãos que aqui deram a cara pelo Partido Socialista como candidatos à Assembleia de Freguesia.

E se ninguém se der ao trabalho de fazer esta análise pois então que a faça o próprio Vereador Sá Fernandes e nos diga se ganhou alguma coisa com a construção desta ciclovia, alguma coisa que valesse a pena para os residentes na Quinta da Luz em Carnide.

Só assim se podem convencer todos aqueles que têm qualquer dose de má vontade para com o Vereador Sá Fernandes e fazer com que reconheçam o serviço feito como se fora sem prejuízo dos residentes…

Por mim, que nunca alterei o meu voto ao sabor da fantasia, da descrença, da desconfiança, da fúria, da vingança, da animosidade, e até da má-fé ou do canto da demagogia, estou confiante que o Vereador Sá Fernandes terá a dignidade de vir a terreiro dizer o que lhe aprouver sobre os efeitos da construção desta ciclovia nos resultados eleitorais da Freguesia de Carnide.

Deve isso, ao menos, a todos os que e apesar disso votaram na lista onde constava o seu nome…

Por mim bastava, mas alguns querem a Avenida do Colégio Militar no seu traçado original…

Serradura molhada

Vou dar apenas duas ou três notas sobre os acontecimentos do último mês, mês e meio.

Em primeiro lugar, declarar-me não culpado nem sequer responsável pela derrota eleitoral do BE e do Louçã, principalmente nas autárquicas, dado que não fiz campanha por este meio.

Depois fazer notar que a asfixia democrática é um fenómeno muito interessante, principalmente para o JPP se entreter a produzir diatribes contra o PS como forma de expelir toda a sua bílis que se vai acumulando naquele corpinho e que não tem outro escape que não seja atirar-se como gato a bofe aos plenipotenciários socialistas.

De seguida fazer notar que continuam imparáveis os camaradas quanto mais não seja por se terem ficado à frente dos contestatários e descontes bloquistas envergonhados por não terem a coragem de votarem onde votavam normalmente como se poderia esperar, uma vez que a memória destas coisas não lá grande importância…

Por outro lado sinto que pelo facto de não ter escrito nada durante a campanha foi razão suficiente para que o Sá Fernandes ganhasse em Lisboa com maioria absoluta, pois se fora o caso, a ciclovia de Carnide teria bem maiores efeitos nefastos para o seu resultado final.

Estou ainda convencido que os votantes no António Costa lá tiveram que engolir uns quantos sapos, nomeadamente aqueles que se apresentam na lista de vereadores, alguns dos quais orgulhosamente eleitos, apesar das suas fortes simpatias pelo PS…

E para fechar esta coisa das eleições, por hoje, reconhecer que lá na minha terra triste as maiorias absolutas ganham-se com almoços, jantares e passeios e fazer crer que as pensões são pagas pela Junta de Freguesia e que os medicamentos o são pela Câmara Municipal… enquanto isso durar, durará a maioria absoluta…

Haja Deus… apesar de a vida ser nossa…

Pela primeira vez, vi e ouvi quase todo o "Prós e Contras".

Sem fazer julgamentos de valor sobre as presenças, sobre as intervenções, sobre a direcção do programa e até sobre as questões colocadas, atrevo-me a dizer apenas que a intervenção do Provedor da RTP foi a única coisa clara e verdadeira que se ouviu.

Tudo o resto foi ruído, como é classificada a porcaria que abunda nos órgãos de comunicação social, produzida pelos jornalistas…

Não sei se repararam que a condutora/moderadora não acertou uma quando se punha a adivinhar ou interpretar o que o Director do Público queria dizer ou dizia…

Pois é… a haver asfixia democrática é na serradura molhada que muito pessoal tem na cabeça por mais importantes que se queiram fazer…

31.8.09

As ciclovias holandesas

Durante um bom bocado da tarde de hoje estive frente à tv a ver os últimos quarenta quilómetros da etapa da "Vuelta" que decorria nas estradas da Holanda.

Passei o tempo a pensar que era um entretenimento muito adequado para o Vereador Sá Fernandes recolher algumas ideias de construção de ciclovias nas ruas da Cidade de Lisboa, mesmo que se tratasse de uma ciclovia a ligar Telheiras à Quinta da Granja…

Pensando bem, seria bem melhor que o Vereador Sá Fernandes convidasse aquele pessoal lá da Holanda para vir a Lisboa verificar e constatar como se constrói uma ciclovia colocando ao serviço da bicicleta a arte urbana de bem desenhar uma via exclusivamente dedicada às bicicletas, mesmo que o seu número não tenha qualquer significado para valorizar e defender e proteger o meio ambiente.

O que importa, no meio disto tudo, é poder informar toda esta gente sem cultura ambiental que a disponibilização de uma ciclovia não tem como objectivo fundamental a sua utilização imediata, mas preparar as mentes de todos estes atrasados que num futuro próximo o automóvel será proibido em Lisboa e então terão que recorrer à bicicleta se querem arranjar emprego que não seja de teletrabalho…

Esta gente ignorante tem que perceber que o futuro é construído no presente e o presente é a construção de ciclovias porque não tem piada alguma andar agora nestes tempos a fazer ruas e estradas que cairão em desuso muito rapidamente por falta de combustível que faça mover as quatro rodas… esperando-se e acreditando-se que não será nos próximos séculos que vai faltar a energia suficiente nas pernas de um cidadão para mover uma bicicleta de carbono com peso inferior a cinco quilos…

Nessa altura cá teremos as ciclovias construídas pelo Vereador Sá Fernandes… mesmo que custem uns bons milhares de euros.

Neste aspecto muito terão que aprender os holandeses quando tiverem a oportunidade de estudar as nossas ciclovias, pelo menos, as construídas pelo Vereador Sá Fernandes que são separadas das faixas reservadas ao automóvel por pedra devidamente polida, muito embora o seu piso seja negro como o negro de uma noite de meia-lua…

Chamaram-se a atenção para o facto de eu ter citado um pasquim oral e ter transcrito uma conversa relacionada com a construção da ciclovia na Avenida do Colégio Militar.

Diziam-me que acreditar nos dizeres de pasquim, mesmo oral, era acreditar e confiar no boato onde as fontes não têm credibilidade e o seu objectivo é, normalmente, perverso porque não dá qualquer contribuição para a dignidade e qualidade da democracia…

Mas se citei o pasquim oral da aldeia também podia e deveria citar outros pasquins orais de outras aldeias, como aquele onde se referia uma conversa entre o engenheiro e o vereador "…faça lá a sua ciclovia, mas não me venha com a conversa de oferecer aos residentes mais lugares de estacionamento ou baixar o preço das actuais avenças pela utilização de um lugar durante vinte e quatro horas de um dia, trinta dias de um mês, doze meses de um ano e assim indefinidamente sem qualquer aumento, pois o que se paga agora já é muito interessante para a função…contudo não deixe de cortar uns quantos lugares de estacionamento, de modo a que o pessoal se habitue a utilizar o meu parque que ainda se encontra às moscas, a não ser nos dias dos jogos do glorioso, mais por força da actuação da pm que da vontade dos automobilistas…"


 

30.8.09

Quase 15 dias

O pasquim oral da aldeia adiantava o teor de uma conversa informal entre o Vereador das ciclovias o Engenheiro dos centros comerciais:

"Sabe, Vossa Excelência, Senhor Vereador, que me estou redondamente nas tintas para as suas ciclovias e para todas as ciclovias construídas e a construir por esse Portugal fora nem que seja no Pulo do Lobo; e estou-me redondamente nas tintas para as ciclovias por duas razões fundamentais: não me desloco em bicicleta e quando vou aí a baixo mal tenho tempo para beber um café, quanto mais olhar para as ciclovias que anda a construir pela cidade fora; por outro lado não tenho uma fábrica de bicicletas, muito embora as comercialize para satisfazer uns elevados caprichos de alguns clientes… Mas uma coisa é certa…Então diga… no quarteirão da catedral do consumo as obras têm que ser rápidas e limpas, pois que para fazer porcaria e lixo bastam as minhas obras…Pois com certeza… mas atenção não quero que me corte aquelas duas majestosas árvores que alguém ali mandou colocar contra a minha vontade, mas agora que lá estão quase que a ofuscar a catedral gloriosa não podem ser tocadas…

Muito bem, então faz-se uma curva, mesmo que desnecessária e inconveniente, mas uma curva de que toda a gente se possa orgulhar… Pois sim, uma curva, uma curva belíssima a fazer lembrar qual quer coisa de "belíssimo", mas os choupos ficam onde estão e nada de brincadeiras com estas encantadoras árvores de decoração das ruas da cidade…"

Agora que voltei, tive a oportunidade de constatar que a javardice e a porcaria na Avenida do Colégio Militar devido à construção da ciclovia continuam em grande, enquanto as respectivas obras no quarteirão da catedral do consumo estão praticamente acabadas, sem faltar a tal dita curva feita exclusivamente para salvar dois enormes choupos num passeio mais largo que as "três" faixas de rodagem da Avenida…

Embora se notem ali algumas coisas esquisitas, espero bem que o Senhor Vereador não deixe de mandar pintar, pelo menos, a ciclovia de uma cor adequada, tal qual outras ciclovias que vamos vendo por aí para que o pessoal não confunda aquilo com um novo "design moderno" de estacionamento clássico para automóveis, mesmo considerando a altura do lancil em alguns troços, porque noutros não há diferença alguma…

Para além do mais, estou a adorar a qualidade do arranjo "arquitectónico(?)" da passagem da ciclovia pelos arruamentos perpendiculares à Avenida do Colégio Militar e pelos acessos ao centro comercial…

Hoje, quando passava pela Praça Central do Centro Comercial ouvi o seguinte comentário: "uma coisa destas é que o Presidente da Câmara lá deveria mandar construir…"

Imaginei que aquele senhor só podia estar a referir-se à ciclovia do Vereador Sá Fernandes…

16.8.09

A ciclovia dos ciclistas

Vou ausentar-me de Lisboa durante cerca de quinze dias, tempo mais que suficiente para nos esquecermos de umas tantas coisas que não merecem durar mais que um dia na nossa memória.

Contudo, não tenho resistido a prestar a devida atenção ao que andam a fazer na Avenida do Colégio Militar.

Já me estar a dizer que "o que andam a fazer…" ponto e vírgula, o que o Senhor Vereador Sá Fernandes anda a fazer na Avenida do Colégio Militar, pois que o "seu a seu dono" ainda tem algum valor e significado…

Espero bem que estes quinze dias sejam bem aproveitados para que a porcaria já feita na Avenida do Colégio Militar seja minimamente retirada para que se possa pensar que a ciclovia estará a funcionar ainda antes das eleições legislativas a tempo de os moradores da Quinta da Luz se esquecerem desta trapalhada toda e ainda depositarem uns quantos votos na lista do Senhor Vereador Candidato a Vereador Sá Fernandes…

Tudo para bem dos ciclistas da Quinta da Luz, dos ciclistas que vão passar pela Quinta da Luz, dos ciclistas a visitar a Quinta da Luz e, principalmente, dos ciclistas que vão abandonar os transportes públicos e particulares para acederem ao CCC e que vão passar a utilizar as suas bicicletas, porque nada a ninguém foi prometido que iria haver bicicletas de borla para toda a gente que queira utilizar a ciclovia do Vereador Sá Fernandes…

Veremos o que se passou durante estes quinze dias… para bem dos lisboetas… e pelos pecados dos moradores da Quinta da Luz…

14.8.09

A pedra da ciclovia

Estou a ficar surpreendido cada vez mais com o Vereador Sá Fernandes.

Já a noite ia alta e os trabalhadores ainda se ocupavam na manobra de umas máquinas utilizadas para "partir" os passeios por baixo da Avenida Lusíada, isto é, utilizadas para preparação da ciclovia do Vereador Sá Fernandes.

E fico admirado não propriamente pela construção de uma ciclovia na Avenida do Colégio Militar nem sequer pelo facto de a referida ciclovia estar a ser construída na véspera de eleições legislativas e autárquicas, mas principalmente pela situação de se trabalhar de noite, o que certamente encarece um pouco mais esta magnífica obra de engenharia com os seus cortes cirúrgicos de passeios, as suas curvas maravilhosas e ainda o que se há-de ver quando a ciclovia se puder ver e utilizar.

Uma alma detractora e malévola logo foi dizendo que trabalhar de noite era apenas para limitar os contratempos aos utilizadores do Colombo, pois que nos quarteirões da Quinta da Luz partiu-se tudo de uma vez e agora quem quiser que barafuste, pois que nada há a fazer a não ser aguardar por melhores dias de mais limpeza e arrumação…

Alguém poderia pensar que os lancis que estão a ser colocados no quarteirão do Colombo poderiam ser de cimento ou de pedra devidamente facetada como todos os outros lancis… Puro engano, porque esta pedra é mesmo pedra, muito parecida com o lioz e devidamente polida como manda o figurino, não fora a sua utilização numa ciclovia e ainda por cima do Vereador Sá Fernandes…

Então acham mal que se coloque uma pedra devidamente polida?

Nada melhor que demonstrar um elevado nível de preocupação pela salvaguarda de pessoas e bens que vão utilizar a ciclovia, porque estragar um pneu de uma bicicleta numa pedra "picada" ou estropiar um joelho contra uma pedra deficientemente preparada revela pouco sentido de dever e respeito para com os cidadãos, o que não falta ao Vereador Sá Fernandes.

Apesar deste elevado sentido do dever público, o Vereador Sá Fernandes deverá ter na devida conta que a construção de uma obra desta natureza numa zona dominada pela oposição e ainda por cima mesmo pertinho das eleições legislativas e autárquicas poderá alterar significativamente o sentido de voto dos residentes na Quinta da Luz que andam entusiasmadíssimos com esta ciclovia, que não pediram, mas que lhe foi oferecida.

Ao fim e ao cabo, a Junta de Freguesia continua a ser e espero bem que o Vereador Sá Fernandes encontre substituto à altura para compensar as perdas que aí vêm devido à má vontade e à falta de civismo dos moradores da Quinta da Luz…que deveriam reconhecer e agradecer, porque foram os eleitos de entre milhares para receberem gratuitamente uma ciclovia…

12.8.09

A nossa ciclovia

Não há qualquer dúvida: os residentes em Carnide são mesmo uns ingratos.

Tanto exigiram, tanto protestaram, tanto chatearam que a Junta de Freguesia se viu obrigada a recorrer aos tribunais com uma providência cautelar contra as obras da Rua Fernando Namora e Avenida do Colégio Militar destinadas a colocar à disposição de meio mundo uma ciclovia…

Nem sequer tiveram o bom senso em pensar que haveria cerca de cinquenta freguesias da Capital que desejariam ter a oportunidade de desfrutar na sua zona de uma pista destinada exclusivamente aos ciclistas de todas as idades sem serem perturbados por peões, por automobilistas, por motociclistas e por aqueles veículos circulantes de quatro rodas mas com motor de duas conduzidos pelas pessoas que não têm capacidade para "tirar" as cartas de condução como toda a gente que se preza…

Estive uns dias, apenas cinco dias e dois deles foram de fim-de-semana, ausente de Carnide, esperando que, após o regresso a ciclovia já estivesse mais ou menos à vista de toda a gente para que os protestos e as providências cautelares não tivessem qualquer efeito. Mas, qual quê; a obra pouco mudara para além de mais uns passeios partidos, a paragem do autocarro desfeita, o alcatrão arrancado, uns quantos lugares de estacionamento ocupados pelas obras e nem sei o que mais lá para oriente da freguesia.

Por este andar vamos ter alguma dificuldade em ultrapassar os obstáculos colocados pelas obras para ir votar lá para os fins de Setembro, sendo que a Junta de Freguesia já deverá ter apreciado um plano alternativo para dar oportunidade a que os residentes na Quinta da Luz possam exercer o seu direito de voto sem ter que violar a relva dos jardins e as faixas de rodagem que restam na Avenida do Colégio Militar.

Mas eu continuo na minha: nós não passamos de ignorantes e de invejosos com o trabalho dos outros, pois que é preciso muita coragem para instalar uma ciclovia onde ela não é assim tão precisa, dizem alguns, à custa de sacrificar outras zonas da Cidade bem mais carenciadas de faixas de rodagem e até de passeios com capacidade suficiente para dois peões em sentidos contrários…

Foi escolhida a Freguesia de Carnide para acolher uma obra de uns bons milhares de euros que ainda restam à CML, que toda a gente deveria desejar e saudar e não criticar sem qualquer fundamento…

Não vou propor uma providência cautelar para contrariar a providência cautelar apresentada pela JFC, mas atrevo-me a propor um pequeno estudo com vista a colocar um monumento nos limites do espaço da JFC em homenagem ao Vereador Sá Fernandes e em reconhecimento de ter tido a capacidade de descobrir dinheiro para construir uma ciclovia numa entidade, neste caso a CML, que não tem dinheiro para mandar recolher diariamente o lixo da Quinta da Luz ou, pelo menos dia sim, dia não e poupar o pessoal ao cheiro nauseabundo proveniente dos contentores, que ocupam seis lugares de estacionamento.

Até nisto o homem tem razão: se o Engenheiro do Colombo disponibiliza estacionamento aos residentes pela bagatela de vinte e cinco euros mensais, não se entende por que raio de hipótese os moradores insistem em deixarem as suas viaturas nos espaços públicos, propriedade de todos e não apenas dos donos dos automóveis…

2.8.09

A Ciclovia

A Junta de Freguesia de Carnide e a Associação de Moradores da Quinta da Luz estão de relações elevadamente tensas com o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Lisboa e com o Senhor Vereador Sá Fernandes por causa de uma obra que está a nascer na Avenida do Colégio Militar.

Parece que o diferendo está relacionado com o facto de a Câmara Municipal de Lisboa não ter dado cavaco à Junta de Freguesia de Carnide e à Associação de Moradores da Quinta da Luz para a construção de uma ciclovia.

Cá por mim até acho que a Junta de Freguesia de Carnide e a Associação de Moradores são duas entidades pejadas de ingratos e de gente de má vontade contra todos aqueles que se desejam deslocar, passear e deambular de um lado para outro utilizando a bicicleta com o mínimo de segurança para eles e para os outros.

Querendo fazê-lo, acho muito bem que lhes sejam proporcionadas todas as condições de segurança, nomeadamente construindo pistas adequadas à função…

Mas a Junta de Freguesia de Benfica e a Associação de Moradores da Quinta de Luz entendem que a construção de uma ciclovia na Avenida do Colégio Militar prejudica os moradores, que mereciam ser ouvidos sobre a matéria e não lhes atirar com uma ciclovia como se fora uma oferta, como aliás sucedeu com a instalação de um parque para carros rebocados pela Polícia Municipal, sabe-se lá donde…

Um dia destes fui surpreendido pela marcação de uns quantos lugares de estacionamento no troço norte da Avenida do Colégio Militar no sentido sul/norte à custa de uma faixa de circulação… mas sempre eram uns lugaritos para os residentes, pelo que o sacrifício de uma faixa de circulação até poderia ser "bem" aceite pela JFC e pela AMQL…

Poucos dias depois aparecem umas máquinas assaz esquisitas a demarcar, a cortar, a raspar uma faixa de circulação na Avenida do Colégio Militar no sentido norte/sul, deduzindo eu que se tratava da construção de uma ciclovia, também à custa de uma faixa de circulação, pelo que de um momento para outro as quatro faixas de circulação da Avenida do Colégio Militar são reduzidas para duas…

Hoje fiquei deveras impressionado com as marcações efectuadas, certamente por gente entendida na matéria, num troço da Avenida do Colégio Militar junto à parte sul da Quinta da Luz e do Centro Comercial Colombo, que davam a entender que se trata de coisa relacionada com a ciclovia…

Estas marcações não me incomodam, mas apenas estranhei a cor, um laranja vivo…

Será premonição…

Façam lá a ciclovia, que a malta cá do bairro continuará a aguentar tudo o que for deliberado para bem servir e satisfazer os residentes e todos aqueles que nos queiram visitar de bicicleta, mas não entendo uma coisa: onde é que o Vereador Sá Fernandes vai arranjar tanta guita para esta obra, sendo certo que a Câmara Municipal de Lisboa não tem dinheiro para mandar cantar um cego (sem ofensa), para mandar remarcar os sinais de trânsito horizontais, as passadeiras de peões e até mandar recolher o lixo da Quinta da Luz ou lavar umas quantas ruas da Cidade…?


 

PS. Vi o Vereador Sá Fernandes a ser apresentado como candidato a vereador da Câmara Municipal de Lisboa integrado na lista do Partido Socialista. Este facto não me merece qualquer comentário, mas constatei que o homem estava um tanto ou quanto abandalhado e até aporcalhado, parecendo que se tratava de um intelectual de esquerda conotado com os contestatários radicais da burguesia, que para chatear os progenitores deixam crescer o cabelo, não fazem a barba, e usam os blusões de cabedal dos anos sessenta e umas calças de ganga devidamente polidas…

Não é preciso tanto para sabermos que não pertence ao "clube"…

29.7.09

Os cartazes

Começam a aparecer por aí os primeiros cartazes referentes às próximas campanhas eleitorais, quer legislativas quer autárquicas.

Uns grandes outros grandes; uns com caras outros sem caras; uns graficamente mais atraentes outros menos atraentes; uns com mensagens explícitas outros nem tanto; mas todos a manifestarem-se os salvadores da democracia, dos pobres, dos ricos, das pequenas, das grandes de tal modo que estamos muito próximos de estas eleições, qualquer uma delas, contribuir decisivamente para o total bem-estar do pessoal independentemente do seu sentido de voto.

Pois que vamos tendo para todos os gostos, mesmo para aqueles mais esquisitos.

Quem não for capaz de identificar o partido, os partidos, os movimentos, as co-legações etcetera de determinada mensagem não se preocupe muito, porque a salvação está em todos elas, mesmo que se trate da salvação deles e não da nossa.

Por isso vai tornar-se interessante "descobrir" a propriedade do cartaz e, por consequência, identificar a "ideologia" subjacente à mensagem do tal cartaz ou "outdoor" conforme a intelectualidade costuma dizer…

Vejam se conseguem saber ou encontrar ou identificar ou reconhecer a propriedade dos cartazes que já estão na rua a divulgar a mensagem eleitoral do Bloco de Esquerda e do CDS?

Vejam lá se conseguem dizer com clareza quem mais defende as pequenas e médias empresas: se o BE se o CDS?

Vejam lá se conseguem saber quem melhor defende os trabalhadores e os desempregados, ou os reformados e os pensionistas e os lavradores e os pobres e os ricos e os remediados?

Já agora o que será melhor para que Portugal supere a crise e rapidamente: se aumentar os impostos a quem ganhe mais de cinco mil euros por mês (ricos ?) se taxar muito fortemente os iates que esses ricos vão comprar?

Qual das alternativas serve melhor o pessoal que ganha menos de cinco mil euros por mês?

E já que estamos na maré de fazer perguntas, aqui vai a última: que iate se pode comprar com um ordenado mensal de cinco mil euros?

23.7.09

O Programa

Como quem não quer a coisa, tive acesso ao programa eleitoral do PSD, que é como quem diz, programa do próximo governo cá do burgo.

Um mimo, diriam muitos; um grande furo, se fosse jornalista; mas o que é isto, pois não deixa de cheirar a programa de governo do e para o nosso povo…

Pois cá vai, porque não quero deixar de compartilhar esta pérola política com todo o pessoal, para calar, de vez, como as bocas da reação, que gritavam bem alto que o tal partido não tem qualquer programa eleitoral e muito menos qualquer programa de governo para a próxima legislatura…

  • Abandonar, de vez, essa história do tgv, enquanto o Alentejo não for independente;
  • Abandonar, de vez, a construção de qualquer autoestrada que não tenha portagens livres;
  • Abandonar, de vez, a construção do novo aeroporto de Lisboa, a não ser que os aviões comecem a levantar na vertical como os helicópteros e alguns aviões de combate dos beefs;
  • Deixar de lado a construção de uma nova ponte sobre o Tejo, enquanto não forem construídas mais três pontes sobre o Douro no concelho do Porto ou de Vila Nova de Gaia, conforme queiram;
  • Suspender o sistema de avaliação dos professores, enquanto houver professores colocados abaixo do lugar de topo da respetiva carreira profissional;
  • Entregar a justiça aos juízes, acabando com ministros e secretários de estado a tutelar seja o que for ligado ao exercício da justiça;
  • Atribuir ao AJJ o privilégio de gastar na Madeira o que muito bem entender, enquanto não for feita uma ligação rodoviária ou ferroviária com Porto Santo;
  • Isentar de impostos as pequenas e médias empresas e os lavradores se o CDS fizer parte do governo;
  • Demitir todos os presidentes e demais dirigentes de todas as altas autoridades de fiscalização seja do que for e levantar um processo disciplinar ao Governador do Banco de Portugal por ter permitido que pessoas sérias e honestas fossem objecto de maus pensamentos e péssimas tentações;
  • Obrigar o Pinto da Costa a abandonar a presidência do clube local, de modo a que os seus congéneres de Lisboa tenham uma oportunidade de, durante a legislatura, serem campeões nacionais de futebol;
  • Pugnar com todos os meios ao seu dispor para fazer do Paulo Rangel o Presidente do Parlamento Europeu;
  • Suportar todos os custos que sejam considerados necessários para esclarecer se as minas de Aljustrel estão fechadas ou abertas;
  • Suportar os custos de uma comissão parlamentar independente que tenha como objetivo esclarecer o que é que o ministro queria dizer com o tal gesto que deu origem à sua demissão.

Tentei saber mais ações, mas foi-me dito serem estas manifestamente suficientes para dar cabo da cabeça do secretário-geral do ps, que é o mais importante a que qualquer partido político pode aspirar para além de ter do seu lado todos aqueles inteligentes do compromisso Portugal…

19.7.09

A gripe A

A gripe A está dar cabo da cabeça do pessoal, principalmente dos jornalistas e dos empresários.

Fiquei extremamente impressionado com as declarações de não sei quem a propósito das possíveis mortes por causa da gripe, adiantando-se um número entre duas mil e quinhentas e as oito mil e não sei quantas…não se dizendo nada sobre o período de tempo em que isto poderia ocorrer…

Mas logo disseram que isto não era nada de especial porque houve mais mortes por causa da gripe normal… não se dizendo também nem quando nem em que período de tempo estas mortes se deram…

De modo que a gripe A continuará a estar nas preocupações de todos os portugueses independentemente de haver muitas ou poucas mortes da sua (dela, gripe) exclusiva responsabilidade, bastando para tal que vão aparecendo mais uns quantos casos para que o pessoal esteja atento e tenha um bocado mais de cuidado e utilize com seriedade todas as medidas de prevenção que vão sendo anunciadas e não continue a brincar com coisas sérias e se quiser gozar as suas merecidas férias, então que o faça cá dentro e esqueça por uns tempinhos do calor mexicano e outras paragens mais perigosas para os tempos que correm.

De crise já basta a que vamos tendo, principalmente a motivada pela actividade política das figuras da ribalta e de seus acompanhantes mais próximos, apesar das promessas e das críticas às promessas que uns e outros nos vão presenteando, mesmo que não se peça nada a não ser que nos deixem em paz e nos poupem o palavreado oco e inútil porque não nos ensinam nada de novo.

Mas de vez em quando a televisão lá nos dá alguma coisa de interessante sem necessidade de andar permanentemente a fazer o "zaping": hoje tive a oportunidade de ver e ouvir um entrevistado que já este contaminado pelo vírus da gripe A e foi altamente esclarecedor o que este rapaz (senhor) nos disse sobre o verdadeiro problema de uma contaminação.

Espero bem que esta entrevista seja repetida por diversas vezes para que toda a gente tenha a mesma possibilidade que eu tive: ao fim e ao cabo é mais uma gripe com todos os sintomas quase iguais ou mesmo iguais às gripes do costume; eventualmente haverá muitas mais pessoas a serem contaminadas, o que implicará muitos mais cuidados por parte de toda a gente e não apenas dos grupos de risco mais acentuado.

Haja bom senso e tenha-se confiança no papel das instituições e das pessoas responsáveis que, certamente farão seu melhor.

16.7.09

A Secessão

É fatal como o destino: quando os jornais, os rádios e as televisões começam a esquecer-se do AJJ e nada há a dizer da Madeira, o homem lá manda uma bomba e quem quiser que se aguente com a saraivada adveniente.

Agora é a proposta de revisão constitucional. Já não nos bastava a crise, a actuação do diácono Remédios, a fúria contra o governador do Banco de Portugal por parte do sacristão do cds e mais umas quantas coisitas do nosso povo para vir agora o AJJ a propor que na próxima revisão constitucional a Constituição venha a proibir não só as ideologias de direita como o fascismo como as de esquerda como o comunismo, a par de umas tantas coisitas relacionadas com as regiões autónomas e com os poderes do seu presidente, pensando ele que vai durar mais uns cinquenta anos de governação, pelo menos e na pior das hipóteses, do seu ponto de vista, claro está.

Por mim, tenho a impressão que já o disse, o homem bem pode continuar a governar a Madeira por mais cem anos que pouco ou mesmo nada me importo com isso, desde que de tempos a tempos se lembre de nos brindar com qualquer coisa de interessante.

Com qualquer coisa de interessante desde que não seja a anexação à Madeira do Alentejo, principalmente do Alto e muito menos do concelho de Avis, porque aí tinha que se haver comigo e com mais uns quantos tipos que não o deixavam descansar a não ser num iceberg do Árctico…

Não deixa de ser curioso o AJJ vir com as bocas, a maior parte delas foleiras, mesmo para os não comunistas, parecendo que o homem não entende que quanto mais se falar dos comunistas mais importância dá aos comunistas, independentemente de eles merecerem ou não as suas, dele, observações.

Mas para que a gente dê algum crédito aos dichotes do homem, seria interessante que ele começasse lá na sua terra a por em prática o que quer ver consagrado na Constituição: proceda à secessão da Madeira e proíba depois o que muito bem lhe apetecer. Entretanto não seria mau que tivesse um pouco de tino na serradura molhada que tem na cabeça e deixe de chatear o pessoal que nunca lhe fez mal nem mal lhe deseja na sua vida.

Mas estes tipos que se crêem com o Sol no olho do c… nunca aprendem o que de mais elementar há vida de cada um: o direito a uma ideia por mais estapafúrdia que ela seja ou mais anacrónica e antiquada que se nos apresente, desde que não incomode o parceiro do lado a construir uma outra também em desuso ou fora de uso, se assim o entenderem.

O que importa no meio disto tudo é que o homem continue a lançar as suas bombas lá na Madeira mesmo que orientadas para o Continente, pois todos teremos a certeza que pouca ou nenhuma moça fazem a não ser ruído sem qualquer significado, pois trata-se de pólvora seca e palavras leva-as o vento e vergonha o burro já a comeu há muito tempo.

Se o homem fica feliz com estas coisas nós devemos ter em conta que português feliz, mesmo da Madeira, é uma dádiva dos céus ao planeta Terra e deveríamos agradecer…

Antigamente havia os bobos da corte; agora porquê é que não pode haver o AJJ?

6.7.09

O Momento

Estive no Algarve uns dias curtindo o sol e o vento, porque a água estava um tanto ou quanto fria para o meu gosto. Apesar de tudo valeu o azul do mar e o peixe fresco no churrasco para dizer que se pode ir àquelas terras à procura do descanso do dia e não apenas da diversão da noite, como dizia um famoso cozinheiro num programa de tv que o Algarve é bom para gozar a noite e ver nascer o Sol quando se vai para o hotel…

Os milhares de estrangeiros e outros tantos de naturais que se deslocam ao Algarve para apanhar sol, espojar-se na areia, tomar um banho ou outro, deitar cedo e cedo erguer não passam de uns "merdas" que não merecem o que têm…

Que assim seja, uma vez que e apesar de ter visto nascer o sol muitas e muitas vezes nunca foi por andar noites inteiras na coboiada, a fumar cigarros e tragar pastilhas de tudo e de mais alguma coisa… cada um terá o que pensar merecer… desde que o mereça por sua conta e risco.

Mas voltei com a necessidade de continuar a utilizar o creme e a tentar encontrar nos jornais e nos outros meios de comunicação os ditos que terá ouvido o Manuel Pinho e que fossem considerados motivos suficientes para o tal gesto que eu nunca tinha visto em televisão: foi de antologia e o operador de imagem bem merecia um louvor ou uma promoção por aquele momento monumental que deliciou gregos e troianos uns por contentamento e outros por puro gozo e ninguém por tristeza. O Homem foi-se embora, mas será recordado durante muito tempo pelo seu gesto dirigido a uma bancada específica e não ao Parlamento inteiro, muito embora se possa pensar que não seria de todo imerecido.

Mas não vi nada escrito, mas tomei nota da oferta do Joe Berardo, que não é tonto…

Nestes afazeres de actualização passei os olhos por todas as páginas do "Diário Económico" e apeteceu-me fazer duas considerações: o Portugal dos comentadores convidados do jornal com artigos assinados evidenciando-se que o importante é continuar a saga da guerra contra o Governo e a economia das grandes negócios e das grandes empresas, com grandes gestores e muitos milhões e centenas de projectos de luxo dirigidos ÁQUELE outro Portugal que poucos de nós conhecemos. Até vim a saber que o imperial alentejano imperador do Café tem uns projectos imobiliários só acessíveis a quem não tem paciência para colocar nos seus lábios uma chávena de café mesmo italiano que seja, quanto mais do alentejano…

A isto chama-se diversificar o negócio, mas para mim esta diversificação nada conta porque tanto se me dá que o imperial imperador invista em apartamentos para ricaços ou em cavalos para que netos se dediquem a divertir o "Zé Pagode" naqueles espectáculos de demonstração da mais pura valentia, própria dos humanos superiores…

No fim da leitura dei comigo a perguntar-me: que raio de País é este retratado neste jornal? Quem são e onde estão estes portugueses que poupam tanto dinheiro se temos tantos milhões de pobres e outros tantos de remediados a viverem com reformas de miséria e ainda têm capacidade para tantos milhões de poupanças?

Decisão: oferecer o Diário Económico ao PCP e ao BE para que tenhamos informação sobre estes mistérios…

26.6.09

Politólogo

Parece que os manifestantes do Manifesto não eram vinte e sete mas trinta e parece também que também estes três não são do BE, o que confirma a inocência dos bloquistas na questão da crise portuguesa, pois que continuam a não ter qualquer economista de elevada importância para ser convidado para manifestante do Manifesto nem mesmo o FL, apesar do seu discurso ser acintosamente perfeito e verdadeiro e sério e honesto quando fala da política de esquerda num País do centro e da direita.

Nada podemos fazer enquanto não aparecer um grande economista nas fileiras do bloco para que alguém possa dizer-lhes que é tempo de assumirem as suas responsabilidades e deixarem-se de brincadeiras porque isto toca a todos e ninguém tem o direito de colocar o rabo de fora e continuar a criticar imperialmente quem tem que decidir e actuar mesmo com eleições à porta…

Já nem falo do PC porque para estes há muito tempo que o destino está traçado: a missão é malhar nos capitalistas e seus lacaios em defesa do nosso povo e da classe operária porque há gente no povo que não é da classe operária, mas não há ninguém da classe operária que não seja do povo.

Se isto está confuso, vai deixar de estar muito rapidamente porque quero confessar que eu próprio sou do povo mas não sou da classe operário e tenho muita dificuldade em entender algumas coisas que se passam neste cantinho que a natureza colocou no traseiro da Europa, mas plantado à beira-mar com um clima do caraças que até os "beefes" e os "fritzes" adoram e não dispensam, apesar da crise…

Não entendo porque é que o Presidente da República fala duma sondagem sobre a preferência dos portugueses por eleições no mesmo dia, quando ninguém conhece tal sondagem nem sequer se sabe se se encontra registada e muito menos quando foi feita e por quem e a mando de quem… tanto mais que agora ninguém acredita nas sondagens até se conhecerem os resultados dos actos eleitorais…

Fico sem entender se o Presidente fala a sério para convencer alguém se para se convencer a si mesmo sobre o sentido da sua decisão… o que seria para mim muito preocupante dado que eu vou votar independentemente das datas dos actos eleitorais e das poupanças da simultaneidade, uma vez que a iluminação da Avenida da Liberdade bem pode ser mais comedida e não permitir que o pessoal passe os serões da época natalícia a ler jornais na tal avenida dada a potência da luz…

Também não entendo as razões que levam a Presidente do PSD a declarar-se contrária ao negócio da PT com a PRISA para a compra de capital da Media Capital, dado que se trata de duas empresas privadas que querem fazer um negócio que não tem nada a ver com a vontade dos políticos quer sejam da oposição quer estejam no Governo, parecendo-me que o problema não são contas dos respectivos rosários…

E muito menos entendo o entendimento da Presidente do PSD sobre uma eventual saída do Moniz dos comandos da TVI para falar em "tragédia?", sendo que esta empresa é privada e os políticos não têm nada a ver com as relações laborais existentes entre os patrões e os trabalhadores a não ser que os políticos sejam do Bloco de Esquerda, sejam do PCP e sejam do CDS, porque aí outros galam cantam em defesa do trabalho e das microempresas…

Não entendo outras coisas, mas o ruído de fundo causado pelo Pacheco Pereira fez com que parasse os meus desentendimentos, senão qualquer dia ainda me convidavam para comentador e passavam a denominar-me de "politólogo"…

24.6.09

O Manifesto

Ontem tive a oportunidade de ler em jornal de papel umas notas sobre o famoso "Manifesto" dos 27 sobre os projectos das grandes obras públicas defendidas pelo actual Governo.

Parece que estas "eminências pardas" descobriram que se tornava necessário lançar para a praça pública a discussão da oportunidade destas obras públicas, dado que o País, as gerações futuras, a crise, as crises, o emprego, o desemprego, os fundos, a viabilidade, a rentabilidade…

Já se conhecia a posição de alguns daqueles nomes que assinam o Manifesto e podia mesmo depreender-se que outros teriam a mesma posição, mas que não seriam pessoas deveras importantes e sem a "auréola" da intelectualidade em matérias económicas para serem chamados a assinar tão importante documento, cujo objectivo fundamental era pedir uma maior e melhor apreciação dos projectos em curso.

Nós, as pessoas, que não fomos convidadas para assinar tal documento, ficamos satisfeitas por tal acontecimento, pois que não nos deram a oportunidade de contribuir para a definição dos novos projectos de obras públicas que venham a substituir as maluqueiras dos actuais ministros do actual Primeiro-Ministro.

Por isso ficamos à vontade para não disponibilizar a nossa vontade e até os nossos conhecimentos para se encontrar, definir e implementar uns quantos projectos de obras públicas que não venham a comprometer o futuro glorioso dos nossos netos e, muito menos, a impossibilidade de o título de campeão nacional de futebol de onze fixar-se ali para os lados da segunda circular em Lisboa durante, pelo menos, uma época…

Além do mais, sentimos que o nosso valor não ficará comprometido com o que se venha a fazer a partir e como resultado das teses dos "manifestantes" do Manifesto, uma vez que todos nós ainda nos lembramos um pouco do que aqueles senhores fizeram por este País quando estiveram investidos do estatuto de "ministros", de "secretários" e de administradores de importantes estruturas e empresas públicas.

Também muitos de nós podemos afirmar que não temos a mínima lembrança do que fizeram alguns destes senhores quando estiveram no "poder" a exercer funções governamentais e outras de igual importância, parecendo que o seu objectivo actual é fazer com que o mesmo aconteça nas gerações futuras a propósito do papel dos actuais…

Todos nós sabemos que estes economistas são os mesmos que levaram este País para a cauda da Europa e agora dão-se ao desplante de querer discutir o que outros já decidiram ou estão prontos para decidir.

Todos nós sabemos que foram estes senhores que não foram capazes de fazer uma única reformazinha que as gerações actuais tenham considerado relevante ou que as gerações futuras venham a orgulhar-se dos seus avós…

Desta vez o Bloco de Esquerda está à vontade: ainda não produziu um único grande economista que merecesse ter sido convidado a assinar o "Manifesto"…, pelo pode considerar-se "não responsável" pela "m…" produzida pelos manifestantes do Manifesto…

Já ouvi dizer que a política é demasiado importante para ser exercida pelos militares, mas agora atrevo-me a pensar que a economia é demasiado séria para ser exercida pelos economistas…


 

A lição

Parece que a Administração da Autoeuropa já decidiu, optando por manter os duzentos e cinquenta trabalhadores contratados a prazo, mas "oferece" aos trabalhadores dez dias de "lay-off".

Já corria um abaixo-assinado entre os trabalhadores para reatar as conversações entre a Comissão de Trabalhadores e a Administração, após o plenário daqueles ter chumbado o acordo celebrado entre os representantes do "capital" e do "trabalho".

Já havia muita gente a falar da Autoeuropa desde os mais baixos até aos mais altos incluindo o Presidente da República e o Primeiro-Ministro, pois que nada fazia prever o desfecho do plenário dos trabalhadores da empresa ao votar daquela maneira o acordo entre as partes.

Então a Comissão de Trabalhadores e a Administração da Empresa chegam a um acordo sobre questões altamente sensíveis para ambas as partes e os trabalhadores dão-se ao luxo de o reprovar?

De tal modo a coisa surpreendeu os observadores que não se deram conta da intervenção do Secretário-Geral da CGTP afirmando claramente que as cedências já tinham atingido o limite do razoável e que era altura de os trabalhadores dizerem aos patrões que ainda tinham uma palavra a dizer mesmo depois das deliberações da Comissão de Trabalhadores.

Ninguém prestou a devida atenção, mas para aquele pessoal que não anda obcecado por atacar com tudo o que é possível as personagens do Governo foi claro que ali andava "mãozinha alheia".

Havia que dar a lição ao Bloco de Esquerda e demonstrar que os votos nas europeias não representavam mais que o voto nas europeias e que o poder nas empresas não dependia dos votos obtidos nas europeias e que se tornava imperioso demonstrar que o Bloco de Esquerda não pinta coisa alguma no mundo do trabalho e que os "intelectuais de esquerda" e os descontentes do PS podem ser suficientes para levar o BE ao terceiro lugar, mas não chegam para fazer respeitar as negociações da Comissão de trabalhadores da Europa.

Foram o terceiro partido em número de votos nas europeias, mas foram reduzidos à sua expressão mais simples no mundo do trabalho…

Quem se está a rir do "poder" do Francisco Louçã é, certamente, o "nosso povo"…


 

10.6.09

O rumo

De toda a noite eleitoral e de todos os comentários de todos os comentadores e de todos os políticos, que tive a oportunidade de ouvir, duas coisas me fixaram a atenção.

Ouvi o Paulo Portas a dizer, mais ou menos, que era muito perigoso o resultado eleitoral da esquerda, isto é da esquerda à esquerda do PS, pois que ultrapassava os vinte por cento em pleno século vinte e um!

Não admira muito que o Paulo Portas tenha chamado a atenção para este facto, uma vez que ele pode significar muito simplesmente a possibilidade de o seu Partido poder ser governo após as próximas eleições, partindo-se do pressuposto, que não é o meu pensar, que os resultados serão semelhantes ou que, pelo menos, apresentem o mesmo significado.

Por isso, não sei se o Paulo Portas estava a falar nas forças antidemocráticas segundo o seu ponto de vista já próximas da governação ou se se via longe de poder jogar qualquer papel na formação do próximo governo lá para o fim do ano.

Por mim, devo confessar que adorava uma maioria simples ou absoluta dos dois partidos de esquerda à esquerda do PS para vê-los a entrar em negociações para formar um governo: seria uma autêntica maravilha ver o Francisco Louçã a dialogar com o Jerónimo de Sousa para combinarem todas as nacionalizações que era necessário fazer para dar ao Povo o que é do Povo, isto é, tratar os malandros dos capitalistas como eles merecem por tudo o que já fizeram contra este malfadado País.

Gostava e adorava…

A outra foi ouvir o Professor Marcelo a comparar esta coisa a uma corrida de fórmula, que treinos, que a partida da primeira fila…

Ao Professor Marcelo era exigido comentário mais sério e mais honesto e não estas patranhas e estas comparações idiotas que nada têm a ver com o caso; vê-se mesmo que o prazo de validade da sua "comentarice" já está expirado…

Como eu também tenho direitos, não sei o que se passa na cabeça de muita gente atenta à política ou a viver da política desde políticos a jornalistas e comentadores para se falar logo no dia seguinte sobre a mudanças de rumo, sobre as mudanças das políticas, sobre a ingovernabilidade do País, sobre a subida do BE e da CDU e os perigos que isto representa para a democracia portuguesa (?), como se o objetivo das eleições tivesse sido a eleição da Assembleia da República e não o Parlamento Europeu!

Do mesmo modo e apesar de alguns argumentos poderem ser tidos em conta, que dizer de todos aqueles que declaram, afirmam e escrevem e decretam que o Governo já não tem legitimidade para continuar a governar, nos termos do seu programa lá porque o partido que o sustenta perdeu as eleições para o Parlamento Europeu?

Parece que já se esqueceram que até ao lavar dos cestos é vindima…

Claro que o Manuel Alegre, o Medeiros Ferreira e o Henrique Neto até já querem caras novas…


 

8.6.09

Foi ontem

Desde ontem à noite que a ciência política se mostra em todo o seu esplendor nas nossas televisões, parecendo mentira que tenhamos agora tantos entendidos, para não dizer "espertos" de modo a não ofender ou depreciar ninguém, pois agora é que isto está no rumo certo com as coordenadas e azimutes bem fixados.

Agora todos mandamos, ou sabemos mandar, "os bitaites" que não se diziam uns minutos antes das vinte e uma horas de ontem.

E não se diziam porque todos estavam à espera pelos resultados reais, não fora o diabo tecê-las, como se veio a verificar.

Mas rapidamente de adotou uma estratégia para lançar as linhas de orientação política para os próximos tempos, conforme determinaram os resultados, isto é, conforme se colocam do lado do perdedor ou dos lados dos vencedores, mesmo que se trate de uma vitória pouco significativa, muito embora se trate sempre de uma vitória.

O que é curioso no meio disto tudo é que poucos minutos ainda não tinham passado do decreto do cartão vermelho ao Primeiro e ao Governo, significando a sua expulsão, e já as sondagens aí estavam a baralhar o pessoal.

Todos os vencedores afirmavam que se tratava de uma derrota do Primeiro e do seu Governo, todos diziam que se tratava de uma condenação clara e contundente das políticas do Governo, mesmo se tratando de umas eleições para o Parlamento Europeu e já as sondagens aí estavam para contrariar os argumentos dos vencedores.

Claro que com a experiência adquirida nesta e em outras eleições, a orientação das sondagens passará a ter interesse apenas a quem delas beneficia: aos seus fazedores e aos seus utilizadores, porque ao pessoal da baixa pouco significado e interesse terão, dada a sua validade face ao resultado final…

Vamos passar uns tempos interessantes: uns a querer andar, outros a querer parar, outros ainda a empurrar para a frente, outros talvez a dar um jeitinho para o lado e poucos a falar a sério sobre o que interessa ao pessoal que vive a vida real.

Vai falar-se muito da legitimidade dos que estão, da legitimidade dos que querem estar, das posições pragmáticas dos que não estão e não querem estar e das enormes expectativas dos que têm sérias hipóteses de estar.

Cada um à sua maneira vai dizer que os resultados de ontem têm dois significados: os resultados só se aplicam à Europa e os resultados só têm um significado possível e estão relacionados com as práticas desastrosas levados a cabo pelo Governo em Portugal.

Nós, os que votamos e que não sabemos "amandar" faladura, cá estaremos para dedicar a devida atenção ao que se vai passar lá mais para o fim do ano…

Mesmo que eu tenha a minha preferência já determinada há muitos anos, não seria mau que os eleitores fossem coerentes, dando uma maioria absoluta seja a quem for…, embora eu duvide, o que me faz pensar no general da antiga Roma que andou pela Ibéria…

A RTP já começou a disparatar com uma mega discussão sobre a leitura dos resultados eleitorais…

7.6.09

Eleições PE

Aí temos os resultados quase finais das eleições para o Parlamento Europeu: conforme consta o PSD ganhou, o BE ganhou, o PP ganhou, a CDU empatou e o PS perdeu, como já se esperava…

Parece que todos os máximos responsáveis partidários já declararam que o grande derrotado não foi propriamente o PS mas sim o José Sócrates, porque importa que seja o José Sócrates a pagar as favas desta maluca situação que se vive em Portugal.

Por mim já está tudo dito e redito e afirmado e escrito e determinado e decidido: o Partido Socialista pode começar a preparar a sua saída do Governo lá para o fim do ano e esperar que a tempestade se acalme e que os outros se envolvam na mesma porcaria, para que apareça outra vez, talvez com nova gente e novas ideias, deixando de lado o bafio…

Por mim espero bem que o pessoal que agora votou, vote da mesma maneira e aqueles que não votaram o façam com coerência e sentido do dever patriótico que deve ser apanágio de todos os portugueses de bom senso e de amor pela sua Pátria… (isto soa-me mesmo bem). Nunca seria frase a atribuir ao cabeça de lista que o Secretário Geral arranjou para estas eleições…

Apenas mais umas palavras para essas tais coisas a que chamam "sondagens": pois se o PS perdeu o que não dizer das sondagens realizadas antes e durante a campanha eleitoral? Foi tudo um primor de veracidade das percentagens que foram sendo publicadas, parecendo que o pessoal se entretém a fazer estudos de opinião para alimentar as vaidades dos comentadores e dos jornalistas e para dar emprego a uma quantidade de pessoas que no fim se diverte à brava para nos oferecer a antevisão dos resultados finais.

Ainda estou para ver alguém vai por em causa a idoneidade e a moralidade e a ética e talvez até a capacidade técnica das empresa e centros de sondagens para nos darem as previsões dos resultados finais…

Parabéns a todos, menos àqueles que não votaram.

Ah, uma última palavra: nem um feijãozinho cabe ali no BE!!!...


 

22.5.09

Cinco por cento

Lamento profundamente que os administradores do Banco de Portugal tenham recusado o aumento de cinco por cento nos seus vencimentos, contrariando a tendência geral de todos os outros trabalhadores por conta de outrem, que esperam ansiosamente que os seus vencimentos aumentem nem que seja um cêntimo…

Lamento profundamente que os administradores do Banco de Portugal não se sintam merecedores de um aumento de cinco por cento nos seus vencimentos, tanto mais que já não são aumentados desde dois mil e cinco, o que parece ser uma pouca vergonha.

Como é que é possível que as pessoas responsáveis pela gestão do Banco de Portugal não se sintam à vontade com um aumento de cinco por cento nos seus vencimentos, se tivermos presente que desde dois mil e cinco que não são aumentados?

Como é que é possível que se peça e se exija tanta responsabilidade a estes gestores e os privem de um justo aumento dos seus vencimentos?

Fora eu ministro das finanças e não haveria lugar a recusa a um justo aumento, sob pena de processo disciplinar com vista a despedimento sem qualquer indemnização por incumprimento dos deveres de obediência…

Fora eu ministro das finanças e não haveria um aumento de cinco por cento, mas um aumento de pelo menos vinte por cento, porque estas pessoas, que assumem a responsabilidade de gerir o banco do nosso País, bem merecem tudo o que se lhes dê e se lhes ofereça, porque se trata de uma tarefa bem difícil em todas as circunstâncias para não falar das actuais e que poucos estão preparados para tal...

Por minha parte não seriam impedimento de um generoso aumento as trapalhices verificadas na fiscalização do sistema financeiro português, que estiveram na base ou "facilitaram" os episódios dos dois bancos privados que já custaram ao Estado uns quantos milhõezitos de euros e não se sabe quantos mais irão custar.

Por outro lado devemos reconhecer que se estes homens não estivessem permanentemente em cima do acontecimento, muitas mais coisas já teriam acontecido às instituições bancárias que operam em Portugal, pelo que estes homens merecem mais que o seu peso em ouro.

Em vez de andarmos a chorar e a lamentar o nível de vencimentos dos gestores públicos, ou melhor, dos gestores das empresas públicas ou de capitais públicos, estaríamos a prestar um óptimo serviço à nossa terra se tivéssemos a coragem de organizar e participar em manifestações com uma periodicidade pelo menos trimestral, para que o Governo mostrasse mais e melhor atenção às condições de trabalho dos homens e das mulheres que se responsabilizam pela gestão das respectivas empresas em situações tão dramáticas como as actuais…

Eles ganham milhares…, mas deveriam ganhar milhões…

Para esta gente o que representam duzentos e cinquenta mil euros por ano em salários… nem chegam para pagar os medicamentos antidepressivos… necessários para gerir o que seja, quanto mais o Banco de Portugal.

17.5.09

Um novo partido…

Pois é!

Bem tentaram os seus amigos mais próximos. Isto é, aqueles que se dizem e se fazem e se apresentam como seus amigos mais próximos, aqueles que queriam uma sombra para não apanhar sol e, eventualmente, um carrito para caminhar até à idade de reforma, ou até aumentar o seu montante ou mesmo viver um tanto ou quanto descansados e à sombra da bananeira e a fingir que detinham ou tinham alguma coisa que se relacionasse com o poder ou até que lhes desse mais uma oportunidade de aparecer nos jornais, nas rádios e nas televisões, ficaram tristes com a decisão do Manuel Alegre.

Queriam um novo partido, mas o homem não é tolo e muito menos tonto para entrar numa aventura dessa natureza. Quanto mais não fosse porque tem presente o que aconteceu ao General e ao seu acólito que, não fora a Companhia das Lezírias, nem sei bem por onde andaria.

Os seus amigos, os amigos da onça, mais precisamente, parece que desconheciam que o Manuel Alegre nunca participaria na aventura de constituir um novo partido político para navegar à vista e a contar os votos para ver se chegavam para eleger meia dúzia de deputados provenientes não se sabe donde: se do BE, se do PCP, se do PS, se do PSD, se do CDS, se dos Verdes, se da abstenção, se dos novos votantes, dado que a matemática dos amigos, que pressupunham que todos viriam da área socialista, não era certa, nem objectiva e não tinha sustentação possível.

O facto é que o Manuel Alegre tomou a decisão que melhor lhe convém actualmente saindo airosamente de uma enrascada em que se tinha enleado e cuja solução não era segura e apresentava mais riscos negativos que coisas positivas.

Ele sabia e sabe, mas os seus amigos, aqueles que andavam a seguir o rasto dos seus sapatos e a cheirar o odor das suas meias, parece que andavam embalados pelo sonho baseado naquele tal milhão de votos das anteriores presidenciais, sem curar de saber que aquilo já tinha passado.

E se o Manuel Alegre tem, deve ter, alguma pretensão política para o "resto" da sua carreira também política não era certamente na base daquela meia dúzia de individualidades e inteligentes que o circundavam nos últimos tempos.

O homem sabe muito bem que qualquer projecto político em que se possa envolver não está relacionado com o ser deputado mais quatro anos e eventualmente ser presidente da AR, o que poderia conseguir sem os votos dos socialistas.

Mas o outro sonho, aquele por que vale a pena alguma dedicação só com o apoio massivo dos socialistas, muitos dos quais já estiveram com ele aqui há uns anos antes, não contanto para nada aqueles amigos que se preparavam para pertencer á comissão política do novo partido que queriam impingir ao Manuel Alegre.

Por mim, acho que tinham razão, mas a política e quem dela vive tem sempre presente a irracionalidade das coisas…