3.1.16

Os desejos

Por estes dias, toda a minha gente desata a formular desejos e a fazer pedidos quase todos no sentido de acentuar o egoísmo universal.
Desta vez, vou pedir duas ou tgrês coisas para o bem de todo o mundo e arredores, ficando desde logo convencido da nulidade dos seus efeitos.
Contudo, a esperança em dias melhores não se desvanece pelo facto de se perder  uma batalha quando a guerra continua.
Aqui vai:
Em primeiro lugar, desejo que os comentadores, os politólogos, os especialistas e todos os outros que botam faladura  não se esqueçam de continuar a brindar-nos com a expressão "digamos assim", pois não queremos ficar privados de uma das melhores coisas quje essa gente nos pode oferecer:a transição para o esquecimento.
Em segundo lugar, peço aos deuses dos céus e das terras que continuem a iluminar as mentes dos nossos jornalistas e repórteres do microfone para que nunca se esqueçam de utilizar a cada cinco segundos das suas intervenções microfónicas a expressão "então". Sem ela estaremos privados do sentido, da clareza, da verdade, da certeza, da qualidade do jornalismo praticado nos nossos canais de informação. Já me chega que os jornalistas, leitores de notícias, me privem de ouvir aquela sonoridade musical do advérbio ainda pouco utilizado pelo pessoal, cujo instrumento fálico agora já colorido utilizado nas suas funções me faz lembrar um "bordalo de cabeça encarnada".
Por último e não menos importante queria chamar a atenção dos canais de televisão para uma carência inadmissível que não podemos suportar por muito mais tempo: precisamos urgentemente de mais uma hora de emissão, pelo menos, durante a manhã e durante a tarde, dedicada exclusivamente ao desporto rei, isto é, o "futebol". Pode parecer estranho, mas o que temos na segunda, na terça, na quarta, na quinta, na sexta, no sábado e ao domingo pela noite não satisfaz as necessidades do pessoal, tanto mais que nas manhãs e nas tarde de todos os dias estamos cheios daqueles programas altamente culturais que nos fazem mal à cabeça e que abusam do 760...

1.1.16

A chuva primeira

Já começou e com chuva!!!
É um dos  meus desejos:  que chova até que os regatos, os ribeiros, os rios, as barragens, as nascentes, os lençóis freáticos fiquem de tal modo cheios que satisfaçam todas as nossas necessidades.
Outros poderiam ser citados, mas ficam nos meus neurónios, esperando ansiosamente que se cumpram: o mundo ficaria melhor.
Mas se não forem cumpridos na totalidade, pelos menos que dois ou três se tornem realidade para que Portugal seja um pouco mais liberto de passarões...
Bem vistas as coisas eu já ficava satisfeito com ver na prisão dois ou três tipos que tornaram este país um dos mais miseráveis da europa.
Talvez que os deuses se entusiasmem de tal modo que esta terra comece a ter uma razão de ser,   de estar e de existir.
Amanhã a realidade da situação vai entrar na cabeça de cada um e todos iniciaremos mais uma caminhada, sem que se vislumbre o carreiro que se deve seguir, pois não temos um sinal nem uma estrela que nos mostre a direcção certa...
Veremos até onde vamos chegar...