31.12.18

Ano Novo

 

 

Celebra-se o DIA MUNDIAL DA PAZ.

 

Que assim seja em todos os cantos do UNIVERSO.

15.11.18

A ajuda

Não pode ser.
Não têm o direito de me fazer isto.
Estou desesperado e estou desolado.
Não sei o que fazer da vida.
Tenham pena do sofrimento atroz em que me vejo submerso.
Não me tirem a rosa!!!.
Há quase quatro dias que não tenho notícias da rosa.
Há quase quatro dias que não tenho conhecimento da última entrevista e da última carta da rosa.
Agora a vida do mundo resume-se ao bruno e ao mustafá.
Não; isto não se resume à vida do mundo, trata-se antes da vida no universo próximo e afastado incluindo todos os paralelos e quejandos.
Que os deuses sejam capazes de transmitir algum bom senso às cabecinhas pensadoras dos jornalistas e dos comentadores que dedicam horas e mais horas e ainda mais horas a falar do bruno e do mustafá sem que se veja qualquer coisa de útil e de esclarecedor sobre o magno problema que preocupa milhões e milhões...
Contudo, falta alguma coisa para dizer: ainda não falaram da cor dos peidos do bruno e do mustafá nem sequer se colocou a hipótese de um trato entre os diversos canais de televisão para chamarem à razão e ao bom senso jornalistas e comentadores para se acalmarem durante quinze dias apenas...
Por mim e se me saísse o euromilhões convidava essa gente toda para um cruzeiro onde estivesse ausente discussão da bola, sobre a toupeira e sobre tudo o que cheirasse a parvoíce e idiotice...
Se todos esses jornalistas e comentadores estiverem interessados  na "pacificação" do futebol experimentem a esquecerem-se de transmitir essas programas vergonhosos onde o insultos, os berros, a má educação, a pouca vergonha e o clubismo mais ordinário imperam e fazem lei.
É pedir muito?
Ainda há uma solução: expliquem o que é o "Brexit".
Se não quiserem, digam, ao menos, quanto ganham para fazer aquela porcaria toda.
No fim, podem falar da bola durante dez minutos...

29.10.18

A pintura

 

Vendo como ma venderam, pelo que nela faço a devida fé.

Uns quantos batiam-se galhardamente pela defesa do seu produto.

Outros tantos empenhavam-se heroicamente a condenar o dito produto.

Outros ainda a dizer que sim, mas…

Outros nem se manifestavam, tão só porque no fim apenas interessa o voto.

Uns quantos afirmando que o produto era o possível e que respeitava os objectivos.

Outros tantos que a coisa não era mais que eleitoralista, que aumentava os impostos, que não respeitava as promessas, que mais do mesmo, que engava o pessoal, que isto e mais aquilo, etc…

Para uns valia a aprovação.

Para outros valia a reprovação.

Cada um à sua maneira fazia valer os seus argumentos, mesmo que alguns fossem contraproducentes e outros tivessem alguma dificuldade em convencer.

Nestas coisas de análise de produtos que são feitos por uns e destinados a todos existe sempre uma margem de injustiça relativa, quando uns são penalizados ou até esquecidos e outros são beneficiados, mesmo que o benefício não seja lá grande coisa.

Por outro lado, estará sempre presente a "posição de princípio", a ter em conta na apreciação da matéria.

Como não tenho qualquer grau de poder de reivindicar seja o que for, já me dou como satisfeito se o benefício não acarretar qualquer prejuízo.

Mas enquanto decorre o evento, vamos tomando conhecimento de algumas situações deveras caricatas e que podem fazer rir o mais sério dos humanos existente à face da terra.

Nunca imaginei que fosse possível uma fotografia de uma  "senhora deputada" a pintar as unhas em pleno plenário da

Assembleia da República durante a apresentação do Orçamento de Estado para 2019.

Nem sei que dizer vindo de onde vem…

 

Enviado do Correio para Windows 10

 

21.10.18

O serviço público

 

Achei muita piada a uma observação de um comentador de futebol a propósito da transmissão do jogo entre o

Sertanense e o Benfica para a Taça de Portugal classificando-a como "serviço público".

O mesmo aconteceu a quando da transmissão do jogo de futebol entre o Loures e o Sporting, igualmente para a Taça de Portugal.

Nós, os que andamos por aí a escutar estas e outras coisas quejandas, não sabíamos que o serviço público de rádio e de televisão era da responsabilidade da RTP e não de qualquer outro canal de rádio ou de televisão…

Não fazíamos a mínima ideia que fosse possível classificar de "serviço público" a transmissão por um canal privado e do cabo do jogo de futsal da selecção portuguesa de sub 19 realizado na Argentina por ocasião dos jogos olímpicos da juventude.

Neste jogo de futsal estava em disputa a medalha de outro e a medalha de prata, tendo a nossa selecção, isto é, a selecção de Portugal e ainda a selecção de todos os portugueses saída vitoriosa com a medalha de ouro ao peito para dizer ao "serviço público de televisão", que estiveram na Argentina a participar nos Jogos Olímpicos da Juventude em representação de Portugal e que foram esquecidas por quem deveria estar presente…

O "serviço público de televisão" esqueceu-se do acontecimento ou não lhe deu a importância suficiente para ser considerado "serviço público".

Por coisas bem menos graves já se verificaram despedimentos e demissões de cargos e lugares do "serviço público".

Contudo e como os trabalhadores da RTP não se consideram "funcionários públicos", apesar de serem pagos pelo orçamento do estado e pelas taxas dos utilizadores de contadores de energia, sentem-se acima de qualquer suspeita, que nos leve a pensar que não são os únicos com dever de prestar um "serviço "público"… como é o caso da utilização do 960… e do prémio  em cartão…

Se fosse só isto...

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Enviado do Correio para Windows 10

 

17.10.18

A demissão

No meio de toda esta trapalhada que gira à volta de Tancos, "dá-me a ideia" que o grande problema do momento é saber-se se o chefe do exército se "demitiu" ou "se foi demitido".

É justo e sensato que assim seja porque está em causa a descoberta da verdade sobre o que aconteceu em Tancos.

Isto é: se o homem se demitiu houve um roubo de armas ou de material de guerra em Tancos; se o homem foi demitido continua a haver um roubo de armas ou de material de guerra em Tancos.

Assim sendo, é do maior interesse para a dignidade da pátria e de todas as instituições civis e militares que se preocupam com o bem-estar da nação portuguesa que se saiba a verdade da demissão.

Depois, mas não sei quando, haverá tempo para que os jornalistas se preocupem verdadeiramente com os factos ocorridos em Tancos  e nos arredores da Chamusca e se ponham a investigar a sério tudo o que aconteceu deixando-se de andar permanentemente a mandar palpites e a repetir as mesmas coisas em todos os canais de televisão, sem que sejam capazes de adiantar qualquer coisa nova.

Cá por mim entendo que não será necessário dramatizar tão enfaticamente o sucedido como se estivesse em causa e no horizonte o fim do Estado, a independência de Portugal, a honra e a dignidade do mundo português.

Aconteceu que alguém se deu conta de que faltavam armas e material de guerra num dos paióis situados no perímetro militar de Tancos, desconhecendo-se totalmente como tal tinha acontecido. Vai daí, sai uma guerra, cujo fim não se vislumbra, mas sabemos que todos os dias assistimos a uma enorme saraivada de balas que fazem recochete em todos os canais de televisão, dando trabalho e divertimento a comentadores e jornalistas.

Contudo, também me dá a ideia que a coisa não será assim tão difícil de decifrar; o problema está saber se o interesse no "deciframento" é do interesse de quem deveria ter o interesse.

Nós, que fomos militares, sabemos que naquele dia ou naquela noite em Tancos havia um "Oficial-Dia" e um "Sargento-Dia", militares de serviço com diversas responsabilidades, patrulhas, etc. e tal.

Claro que isto é matéria dos militares, sendo certo que cabe aos militares resolver o problema, esclarecendo tudo e mais alguma coisa relacionada.

A nós, aos civis está reservado o papel de actuar logo a seguir…

 

 

Enviado do Correio para Windows 10

 

14.10.18

As notas

 

Apenas quatro notas sobre temas da actualidade, apesar do tempo que já lá vai:

 

Primeira: Talvez tenha chegado o momento de prestarmos mais atenção ao que, com alguma frequência e em determinadas épocas do ano, acontece ali para os lados das caraíbas e costa leste dos estados unidos. Sempre que acontece um evento meteorológico de trágicas dimensões, temos a tentação de pensar ou de imaginar que estamos devidamente resguardados de coisas semelhantes. Não é bem assim. E quando se anunciava que a coisa se dirigia para sul trazendo água abundante e ventos fortes alguém terá pensado que o Alentejo ia ter uma boa rega, mesmo que fosse para o galheiro alguma coisa de relativa importância. Ao fim e ao cabo, com água tudo se faz… mas não se aguenta uma repentina mudança de direcção seja do que for, tanto mais que as previsões do que aí vinha mereciam muita atenção e muito cuidado.

 

Segunda: Quando se pedia a cabeça do ministro da defesa por tudo e mais alguma coisa relacionado com o roubo e posterior devolução de material de guerra, eis que o primeiro resolve fazer uma remodelação governamental envolvendo quatro ministros e os consequentes secretários de estado, causando a maior surpresa pelo inesperado da situação. Quem se atreve a fazer uma remodelação ministerial e secretarial sem mandar uns zunzuns para a imprensa, para que esta tenha a possibilidade de mandar os seus palpites, alguns dos quais poderiam estar certos? Isto não se faz aos nossos adorados jornalistas, o que se pode e se deve considerar uma grande desconsideração.

 

Terceira: A remodelação governamental mandou para casa quatro ministros, um esperado a todo o momento, outro desejado por muitos e dois fora das previsões.

Curiosamente permanece o ministro da educação, cuja cabeça, tronco e membros são pedidos desde a sua nomeação. Porque será…?

 

 

Quarta: Apesar dos enormes prejuízos materiais causados pela passagem da tempestade tropical pelo centro do território continental, pode dizer-se que  nos deu a oportunidade de conhecermos mais uns quantos reporteiros dos nossos canais de televisão que nos concederam a rara oportunidade de apreciar a qualidade do português, principalmente na utilização sempre oportuna e em divido tempo do "então" e do "também", transmitindo a todos nós a convicção de que estamos perante guardas e salvadores da língua portuguesa. Não me esqueço dos "ash" e dos "osh", quando as palavras terminam em "as" "os"…

 

 

 

 

Enviado do Correio para Windows 10

 

12.10.18

A tropa

Sempre fui de opinião que  no dia em que foi conhecido o roubo de material de guerra dos paióis de Tancos Suas Excelências o Ministro da Defesa e o Chefe do Estado Maior do Exército deveriam ter apresentado a sua demissão ou terem sido demitidos imediatamente.

Os ilustres donos da verdade, os ínclitos portugueses fazedores, donos e senhores da opinião pública, conservadores e guardiães supremos da verdade, da ética e dos bons costumes formularam as suas opiniões, mas rapidamente esqueceram o assunto, porque outras coisas surgiram de maior interesse para as vendas e para as audiências.

Ainda se ouviu alguma voz a pedir as tais demissões, dada a gravidade da ocorrência, mas como não foi roubado qualquer avião, nem desapareceu qualquer submarino, nem ocorreu qualquer tragédia com a tropa destacada em missões internacionais, a coisa não teve grandes desenvolvimentos.

Mas o destino protege os audazes e os deuses não querem que falte nada aos jornais, às rádios e às televisões para cumprirem abnegadamente a sua suprema  missão de aculturar o pessoal cá do burgo.

Parte do material de guerra roubado e mais algum apareceu, como quem não quer a coisa, e foi levado para os destinos ocultos que lhe são reservados.

Foi um vendaval, não, foi um furacão de nível vinte que varreu a imprensa portuguesa.

Que sabia; que não sabia; se não sabia que devia saber; que devia isto; que devia aquilo; estava tudo; não estava tudo; que recebeu; que não recebeu; um desmente; outro diz que sim; quem mentiu; quem diz verdade…

Mas qual verdade?

O que importa é que o ministro não tem condições para ser ministro, pelo que…

O homem foi embora…

À falta de melhor, perguntou um inteligente a outro inteligente: porquê agora?

Mas não era o que queriam?

Contudo a coisa ainda não acabou.

É que ninguém sabe como foi o roubo, nem como foi o achamento…

Já se vai dizendo que se trata de um assunto dos militares e deve ser resolvido pelos militares.

Por mim tudo bem, mas já agora gostava de saber o que realmente aconteceu e se os militarem não se importarem muito e se não der muito trabalho, com pjm,  com pj ou só com uma ou só com outra, venha de lá a tal informação que os donos e senhores da verdade ainda não descobriram.

Certamente porque não é matéria de segredo de justiça, da responsabilidade de…

 

Enviado do Correio para Windows 10

 

22.9.18

O prémio

 

Foi anunciado o vencedor do prémio do "melhor" canal de informação, promovido por uma organização relacionada com os meios de informação televisiva a operar em Portugal.

Querem uma prova verdadeira da qualidade da informação e do merecimento do prémio?

Pois, aqui vai:

No passado dia catorze de Setembro deste ano da graça, o programa "expresso da meia noite" foi dedicado à discussão da recondução ou não da actual procuradora geral da república, que termina o seu mandato  nos primeiros dias de Outubro próximo.

Não vou indicar as minhas leituras sobre as atitudes e posições dos jornalistas coordenadores/moderadores do programa, porque posso, mesmo que involuntariamente, estar a invadir os critérios jornalísticos utilizados, mas tive uma ligeira percepção que se inclinavam com muita dignidade para a recondução da actual procuradora, porque…

Porque sim, dado o seu mandato… etc e tal.

Como habitualmente, no final do programa, é mostrada e lida a primeira página do jornal "expresso", a sair no dia seguinte.

Com coincidência ou sem coincidência e nem de propósito, a primeira página do jornal apresentava a sua grande caixa, revelando que o presidente e o primeiro, isto é, Marcelo e Costa, estavam de acordo com a recondução para novo mandato da actual procuradora geral da república.

Dois, três, quatro dias depois era tornado público o nome da nova procuradora geral da república, que  não era o nome da actual.

Na primeira página do jornal "expresso" de vinte e um de Setembro deste ano da graça, constava uma referência a um erro do jornal, remetendo a sua leitura para a página 32!!!.

Informação?

Paixão?

Manipulação?

Critérios jornalísticos?

Enviado do Correio para Windows 10

 

5.9.18

O dia da borga

Hoje terá sido o dia do benfica.
Parece que as televisões se preocuparam muito com a bomba do ministério público a propósito de um assunto que já ocupou muitas horas a comentadores e jornalistas sem que se tenha chegado a um acordo.
Pelos vistos, a coisa agora chia mais fino porque surgiram as acusações de terem sido cometidos muitos crimes por parte de...
Da minha terei dedicado a este assunto, nas últimas vinte e quatro horas, cerca de vinte minutos, pelo que não tenho qualquer tipo de informação que me permita ter uma opinião sobre o assunto.
Contudo, tive a oportunidade de ouvir um especialista a mandar umas bocas bem foleiras, que me deram que pensar.
Não sei se as bocas do senhor eram a favor ou contra quem quer que fosse, mas iam no sentido de estar convencido de que esta coisa não ia dar nada, porque nem os juízes nem os políticos tinham a coragem para se meter com o futebol.
Nem sei se gostei, se não gostei de ouvir o senhor, mas também me "deu a ideia" sobre a matéria que não difere muito do que ouvi.
Há por aí uns quantos indivíduos  todos contentes porque a justiça, diga-se, está a meter-se com os grandes e com  os poderosos, pelo que a coisa está a mudar, a partir daquele tal momento em que a justiça entrou nos eixos por obra e graça da sua alma suprema.
Pois que assim seja e que meta na  prisão quem deve estar na prisão pelos muitos crimes cometidos e que tudo não vá pelo cano do esgoto abaixo por um mero erro processual, conhecido na hora por quem o cometeu.
É o que me  acontece quando  sei que estou a escrever uma palavra incorrectmente, mas não emendo o erro, porque no fim vou passar o corretor ortográfico que me resolve quase todos os problemas.
Só que nesta matéria do futebol não temos corretores de erros processuais que evitem a anulação de todas as acusações e continue tudo na mesma vida airada.
Vou adorar ver o glorioso jogar contra o avisense ou até contra o lusitano de évora ou com o estrela de  portalegre em pleno estádio da luz com cinquenta mil espectadores a dar vivas ao futebol...
Como os incêndios não dão "pica", os comentadores e os jornalistas têm que ocupar o tempo... e ganhar o seu...

4.9.18

As corporações

Eu não gosto das corporações.
Não gosto das corporações em geral e não gosto das corporações em particular, isto é,corporações consideradas individualmente.
Não gosto das corporações dos militares, quer sejam do exército, da força aérea ou da marinha e ainda dos respetivos braços direitos...
Não gosto das corporações dos juízes, dos procuradores, dos polícias, dos gnrs, dos das fronteiras.
Não gosto das corporações dos advogados e muito menos quando organizados em gabinetes.
Não gosto das corporações dos médicos, mesmo quando procuram diferenciar-se consoantes as funcionalidades e as especializações.
Não gosto das corporações dos enfermeiros, principalmente porque o seu estatuto não é aceite pelas outras corporações, considerando-os corporações de segunda.
Não gosto das corporações dos professores, porque são os únicos que se consideram uma corporação e só querem para si o que seria devido a todos.
Não gosto da corporação dos estivadores, porque querem ser os donos daquilo que é dos outros.
Não gosto de eventuais corporações de engenheiros, de cientistas, de investigadores, de escritores,de arquitetos e de mais umas quantas profissões que queriam mas não são capazes de o ser.

Mas gosto da corporação dos reformados, dos pensionistas, dos aposentados e dos idosos e das idosas por três razões fundamentais:

Se fizerem manifestações, ninguém lhes liga alguma;
Se pensarem em fazer greve rapidamente virá alguém a dizer e a convencer que será inútil.
Se tiverem em mente dizer mal de alguma coisa, logo virá alguém a lembrar-lhes que vivem das pensões e mesmo que sendo baixas a servirem apenas para uma semana,e que são dadas pelo Estado Social e por isso...

Não falo dos políticos porque estes, desde a base até ao topo, não têm capacidade de juntar vinte deles com o mesmo pensamento que esteja desligado do seu interesse pessoal...
 Parece que "quem não chora não mama" está perder o seu significado básico, levando os adultos a pensar que os bebés já não têm grandes motivos para desatar a berrar quando estão com fome... desde que haja alguma coisa à mão...

30.8.18

O meu bairro I

Tive outra ideia, desta vez, por demais espetacular.
Pensei em dar uma voltinha pelo meu bairro e arredores e fazer umas pequenas observações de modo a construir um mapa das críticas e reparos  a mandar ao senhor presidente da câmara da capital.
E pensei contar os objetos que, teoricamente, estariam fora dos seus lugares naturais, tais como: garrafas de vidro, garrafas de plástico, pedras da calçada soltas, buracos nos passeios, buracos nas vias, buracos nas ciclovias placas de pavimento soltas, placas do pavimento partidas, desníveis nos passeios, desníveis nas vias, passeios cheios de ervas, papeleiras cheias de lixo e mais um sem número de coisas que chamassem a atenção aos meus olhos.
Bem me esforcei por encontrar qualquer coisa atrás citada, mas qual quê!!!
No meu bairro não encontrei nada que justificasse  mandar um recado ao senhor presidente da câmara criticando-o duramente por deixar todos os seus munícipes entregues à bicharada.

Nada encontrei.

Não fiquei furioso, mas apenas transtornada dos miolos, pois não tinha qualquer justificação para lamentar profundamente viver em Lisboa e no bairro que vi nascer...
Quando não temos motivos e razões para criticar, para denegrir, para exigir, para mandar umas bocas, ficamos sem trunfos para maldizer seja quem for e muito menos o presidente da câmara, nascendo dentro de nós ódio e a raiva por viver uma vida tão pouco atraente... que nada deixa para que a nossa iniciativa se manifeste para bem da sociedade...
Ao fim e ao cabo acaba-se-nos os fundamentos para pensar em alterar a nossa posição quanto ao exercício da democracia nas alturas eleitorais.
Se tudo está bem, se tudo caminha às mil maravilhas, se nada a apontar que valha a pena o esforço, se tudo funciona como deve funcionar, se...

O meu bairro é o máximo!!!


28.8.18

O meu bairro

Hoje tive uma ideia deslumbrante:
"deu-me a ideia" de mandar um recado ao senhor presidente da câmara de lisboa a propósito da higiene e limpeza do meio ambiente do meu bairro e dos arredores muito arredores.
Por favor, não mude nada, pois o que acontece no meu bairro e arredores no que diz respeito à higiene e limpeza, isto é, ao meio ambiente não pode ser estragado com o desconhecimento das coisas.
Todos os dias me passa pela cabeça começar a despejar lixo por todo o lado para ver se o pessoal começa a protestar contra a degradação dos serviços de higiene urbana.
Não consigo encontrar uma cagadela de pombo; por mais que tente não vislumbro um cagalhão de cão nos passeios ou na relva dos jardins; um saco de plástico, nem pensar; um papel? um cartão, uma embalagem? Nem por sombras...
As faixas de rodagem para os automóveis, as pistas para bicicletas, os passeios para os peões, a relva dos jardins para cães e gatos, tudo uma autêntica maravilha, onde não se vê razão para qualquer reparo.
Até mesmo o passeio entre a central dos transportes públicos e a avenida do marechal t r oferece-nos um magnífico perfume proveniente dos dois acessos às hortas sociais junto à quinta da granja, mas que não é produzido pela agricultura ali praticada, mas pelo sistema biológico das dezenas de taxistas que aguardam vez para chegarem à praça de táxis do colombo...E que dizer da fronteira entre a quinta da granja e a pista de bicicletas? Pois trata-se um jardim maravilhoso, que nos deslumbra e encanta profundamente...
Senhor presidente da câmara, mantenha este estado de coisas, pois caso contrário a sua próxima eleição pode estar em causa, a não ser que isso pouco lhe importe.
Pelo sim e pelo não, trate de arranjar um lugarinho nas listas do seu partido para as próximas eleições legislativas...
Não vá o diabo tecê-las.

28.5.18

As televisões

Recebo com alguma frequência na minha caixa de correio eletrónico diversos documentos, nomeadamente petições públicas sobre os mais diversos assuntos, muitos dos quais com o seu interesse.

Mas ontem, recebi um documento deveras curioso: trata-se de uma espécie de petição pública, de pedido coletivo, de sugestão, de alerta para que os canais televisivos abrandem um pouco o seu empenho nas discussões sobre o mundo do futebol português, genericamente falando e resumindo muito resumido o conteúdo do documento.

Genericamente falando, porque falando sobre a realidade trata-se apenas e tão só do futebol da segunda circular de lisboa e bem pouco mais e de vez em quando.

Mas estou totalmente em desacordo.

Até vou mais longe sendo de opinião que os canais de televisão deveriam instituir a obrigatoriedade de um programa com pelo menos uma  (1) hora de duração durante a manhã, outro durante a tarde e os tais à noite com pelo menos três horas (3) de emissão.

Só assim ficaríamos devidamente informados sobre tudo o que se passa no mundo do futebol da segunda circular e, muito provavelmente, devidamente vacinados para carregar no botãozinho do comando e demandar outras coisas, mesmo que menos interessantes, logo que aparecesse as fantásticas introduções aos referidos.

Estou realmente convencido que o papel dos canais de televisão no desenvolvimento intelectual, social, cultural e profissional do "povo" só seria devidamente cumprido com mais estas horas dedicadas ao mundo da bola da nação portuguesa...

PS: Para além do mais, seria interessante conhecer os rendimentos auferidos por tão eminentes e credenciados comentadores...

9.5.18

O sério

Pelos vistos, não tiveram dúvidas nem problemas de consciência quando decidiram emitir em canais de televisão o som e a imagem de gravações feitas nas audições a arguidos bem conhecidos da praça pública.
Nessa altura não tiveram problemas nem deram ouvidos nem cumpriram o que a lei determinava e continua a determinar.
Estava tudo conforme porque o interesse público e o dever de informar se sobrepunha aos interesses individuais e à própria lei.
Nestas situações não deveriam ser tidas em conta as normas do direito nacional e internacional e muito menos o tal segredo que é segredo mas tem pouco de segredo porque é do conhecimento público.
Nem sequer houve a preocupação de citar a tal figura do "advogado do diabo" por se entender que não era necessário estar com essas palermices, pois estavam em causa evidências reconhecidas por toda a gente.
Reconhecidas por toda a gente, ponto e vírgula, porque continua em vigor aquela coisa do direito ao julgamento nos tribunais e não na praça pública, conforme se quer e se faz.
Entendo tudo.
Só não entendo os fundamentos, os motivos, as razões, as preocupações e até os medos e as citações das normas nacionais e internacionais quanto à divulgação dos devedores às entidades bancárias.
Agora já se precisam de comissões de inquérito para inquirir tudo até ao último cêntimo não propriamente de quem o recebeu mas principalmente, mas quem o concedeu.
Neste sentido torna-se mais importante ser do conhecimento público os nomes de todas as pessoas que num determinado banco emprestaram dinheiro a alguém, podendo não estar em causa a necessidade de se saber o nome dos devedores.
Isto é tanto mais estranho quanto já se sabe os nomes de quem deve, pois a lista dos mais importantes  circula na internet e não me venham agora com as tretas de o banco de portugal e o banco central da união europeia não permitirem tal divulgação.
Os tais canais de televisão bem podem atirar com o barro à parede, mas podem ficar com a certeza de que o "zé povo" entende perfeitamente onde eles querem chegar.
Por mim, acredito e estou convencido que varas há muitas e sacanices muitas mais...
Não pensem que nós acreditamos que os "critérios jornalísticos" justificam tudo o que se faz por detrás de uma câmara de televisão
...
A bem da Nação.

5.5.18

O osso

Nunca como agora me pareceu tão verdadeiro o dito popular "são sete cães a um osso".
Trata-se de uma guerra sem quartel: de um lado a corporação, do outro o osso que passa de mão em mão como se fora uma folha ao sabor do vento.
É a um, é a três, é a quatro, é a cinco, é a seis, é a sete e é a oito.
Todos a todas as horas  lutam abnegadamente pelo posse do osso e não o largarão enquanto não sugarem tudo até ao tutano.
Não haverá tréguas.
Não descansarão enquanto o osso tiver qualquer coisa onde se agarrarem.
Primeiro utilizam os caninos para desgarrar tudo, para partir tudo, para desfazer tudo.
Depois entram em funções os molares para fazerem em papas e em massa o osso até que não se veja coisa alguma para recordar.
A corporação não tem outra fonte de alimentação que não seja as suas vítimas mesmo que essas vítimas se tenham colocado à mão de semear, que é como quem diz, tenham dado o seu flanco, que é como se estivessem mesmo a pedi-las.
Não contavam com as diligências, com a fome, com a vontade de comer, com a necessidade absoluta de se alimentarem todos os dias mesmo que seja à custa de carne putrefata, malcheirosa e imprópria para consumo.
A corporação não dorme pelo que quem quer que seja não pode correr o risco de se descuidar seja do que for, pois a corporação está atenta ao mais ínfimo sinal de cheiro a comida e, se for fresca, tanto melhor.
Não importa saber donde vem a comida; não importa saber se a comida provém de animal em vias de extinção ou de animal em fase de crescimento.
Para a corporação o que importa é quem come, mas não quem dá de comer.
Seja quem for não tem o direito de enfrentar a corporação, porque esta é o poder supremo.
Assim, quem não tiver em conta o poder da corporação não terá oportunidade de passar anónimo durante muito tempo: a corporação pode demorar, mas chegará a seu tempo.
Assim sendo: a vocação da corporação é o exercício do poder para julgar tudo o que for do seu interesse.
Contudo, está fora do seu âmbito e não demonstra qualquer interesse pela aplicação da pena.
O resto é mera conversa.
  

4.5.18

A reunião

Se fosse uma reunião com o mestre supremo do universo para preparar uma viagem sem regresso a uma das luas satélites de júpiter para ali depositar todos os aldrabões, vigaristas, gatunos, corruptos, ladrões e todos os semelhantes ainda admitia uma senha de presença no valor de duzentos e vinte e sete mil euros, acrescentando cinquenta e dois cêntimos para que a conta não fosse certa.
Se fosse uma reunião com o carvalho sem v para tratar de uma vitória na primeira liga de futebol cá do burgo dos lagartos nos próximos dez anos estaria disposto a pagar uma senha de presença de cem mil euros e trinta e cinco cêntimos para os mesmos efeitos.
Se fosse uma reunião com os importantes ali do outro lado para justificar à nação respectiva a falência da equipa de futebol e a perda do penta estaria igualmente disposto a pagar uma senha de presença de cento e cinquenta mil euros e onze cêntimos.
Se fosse uma reunião com o pessoal da pesada dos azuis e brancos para explicar ao mundo conhecido e arredores que os mouros já saíram das nossas aldeias, vilas e cidades, dos montes e dos vales há umas centenas de anos e que agora o que resta neles só se vislumbra na cor da pele da malta a sul do tejo fixaria a senha de presença no montante de dez euros e quarenta e cinco cêntimos, por se tratar de uma reunião com baixo nível de dificuldade.
Se fosse uma reunião com quem quer que fosse para tratar de salvar Portugal de toda a porcaria que por aí abunda e limpar o bom nome dos portugueses que descobriram o mundo, então estaria disposto a fixar uma senha de presença de um milhão de euros sem acrescento de cêntimos, porque se deve tratar de uma missão cuja dificuldade se pode comparar com a indicação do número de grevistas por parte dos sindicatos e das empresas.
Agora pagar ou cobrar duzentos e vinte e sete mil euros...!!! 

2.5.18

O gosto

Gosto muito dos jornalistas.
Gosto muito dos comentadores.
Gosto muito dos jornalistas-comentadores.
Gosto muito dos comentadores-jornalistas.
Gosto muito dos canais grátis de televisão.
Gosto muito dos canais pagos de televisão.
Gosto muito de ver e ouvir as notícias.
Gosto muito de ver e ouvir programas informativos.
Gosto muito de ver e ouvir programas desportivos.
Não gosto mesmo nada de ver e ouvir a mesma notícia várias vezes ao dia, nos diversos canais de televisão, com o mesmo texto e as mesmas imagens, embora em alinhamentos diferentes.
Assim sendo e como não pretendo a falência da edp, vou para os canais pagos onde encontro toda uma série de programas que se podem ver a qualquer hora do dia ou da noite e que não me torturam com notícias já velhinhas mas ainda actuais...
Por outro lado, já estou verdadeiramente cansado de saber que há bandidos e gatunos à solta, que os tribunais não fazem julgamentos, mas que se limitam a aplicar as penas...
Duzentos e vinte e sete mil euros por uma reunião...?!!!

11.4.18

Mais festa

Não há nada para entender: o que está em causa ou para dizer o que os comentarista dizem o "problema é o seguinte" é que não há causa alguma para justificar seja o que for.
O que estará passando pela cabeça do bruno quando levanta e mantém levantada toda esta barafunda em que meteu o pessoal?
O homem deve andar a pensar no que o terá levado a escrever aquela coisa que está a dar origem a horas e horas de discussão nos canais de televisão, envolvendo dezenas de inteligentes, sem que se saiba verdadeiramente o que queria.
Bem vistas as coisas até parece que o bruno entendeu que tinha a obrigação e o dever de contribuir com as suas posições imbecis para dar um pouco mais de trabalho a uns quantos comentadores que ainda não se tinham feito ouvir e precisavam de umas horitas para embolsar mais umas notinhas que sempre serão bem-vindas.
Contudo, parece que o objectivo não foi lá muito bem escolhido: meteu tudo ao molho e a coisa não correu bem.
Bem podia ter atribuído as responsabilidades de um resultado normal num jogo de futebol a um qualquer apanha bolas lá da terra ou até mesmo cascar nos dirigentes do clube adversário por terem falsificado o peso das bolas ou ainda atirar umas flechas às linhas do campo por estarem mal colocadas e pelo tamanho da baliza da sua (dele bruno) equipa que estavam claramente acima do estabelecido pelas regras da suprema autoridade da bola...
Mas não: isso seria pouco para a real vontade de tão importante investidor no clube de alvalade, pelo que se sentia no direito de julgar, culpar e punir aqueles que lhe dão ou deram a oportunidade de ser conhecido por meio mundo que nem sabia quem era tal personagem.
Mas a festa continua porque temos aí umas dezenas de importantes personagens do mundo da bola que diariamente se ocupam em julgar, julgar não, porque esta gente só comenta e só dá opiniões pessoais e só falam em seu nome e nunca no nome dos outros, se ocupam em comentar com contornos tragicómicos o que se passa ali no lado norte da segunda circular.
Preparem-se todos: se o bruno não acabar ou se o bruno continuar não sabemos o que nos pode acontecer.
Haverá tragédia maior que lamentar a perda de tantas horas de comentários nos canais de televisão se a solução da "crise leonina" terminar amanhã à noite?

6.4.18

E viva

Pensam que foi a prisão do lula?
Pensam que foram os incêndios do próximo verão?
Pensam que foram as manifestações dos agentes culturais?
Pensam que foi o fim da guerra da síria?
Pensam que foram as guerras comercias dos américas e dos chineses?
Pensam que foi isto?
Pensam que foi aquilo?
Pois não; não foi nada disto!
O momentoso assunto do momento nacional foi nada mais nada menos que a situação do clube de futebol do lado norte da segunda circular!
Foram programas especiais; foram presenças em estúdio de inteligentes da bola; foram intervenções via telefone e foram sobretudo aberturas dos telejornais dos canais de televisão!
De todos? Não porque um dos canais da televisão pública estava a cumprir o serviço público transmitindo em directo um jogo de futebol para a qualificação de um campeonato da europa...
Gostei muito do que vi e ouvi e fiquei deveras encantado porque o mundo girou à volta de um presidente, embora este mundo esteja circunscrito a um cantinho do continente e o presidente seja...
Se alguém tiver a paciência de continuar a ouvir toda esta gente que se dedica a falar e a comentar o futebol nos vários programas quase diários de várias horas nos vários canais de televisão vai ficar muito mais informado, muito mais rico de conhecimentos e muito mais apetrechado para enfrentar os graves problemas com origem na camada do ozono...
E viva!!!

29.3.18

O desejo

Afinal o meu desejo formulado antes da famosa e espectacular acção de limpeza das matas pelos nossos importantes não se confirmou: foram umas pinguinhas que não chegaram para formar umas poças de água nas estradas de terra batida de acesso aos locais escolhidas para fazerem a festa.
Foi uma pena.
Não a não satisfação do meu desejo, mas principalmente a pouca chuva que caiu naqueles locais, pois que ainda continua a fazer muita falta às muitas barragens que estão longe de deitar pelas bordas fora, que é como quem diz: ainda não estão cheias.
Mas a vida é assim: foi a festa, alguns deitaram os foguetes e outros foram apanhar as canas para ficarem com uma recordação.
Pode perguntar-se se valeu a pena a despesa que foi feita com os custos dos equipamentos utilizados e combustíveis gastos para transportar e pôr a trabalhar umas dezenas de importantes.
Bem vistas as coisas e se quisermos ser justos, deveríamos estar satisfeitos porque andamos sempre a dizer e a queixar-nos que os de cima nada fazem em prol dos de baixo e quando e aqueles nos dão o exemplo e se põem a trabalhar, nada mais salutar que ficarmos contentes e satisfeitos pelo exemplo dado pelos nossos governantes a fazerem uma coisa que nunca tinha sido feita: roçadora nas mãos e vai daí que o trabalho é para se fazer e não para se ir fazendo.
Por mim gostei de ver o pouco que vi e tive a oportunidade de sentir nas profundezas do meu ser que o INTERIOR, no sentido mais amplo do termo, incluindo território, pessoas, cultura, economia, matas, arvoredo, bichos, e tudo o mais que por ali se pode encontrar, deve acreditar que o ar condicionado jamais o esquecerá.

23.3.18

A roçadora

Estou a imaginar o marcelo, o costa e mais vinte importantes de roçadora na mão, de galochas calçadas, de impermeável contra a chuva vestido, de chapéu ou boina ou carapuço na cabeça a "operar" na limpeza da mata algures no centro do País.
Vai ser bonito e engraçado vê-los, quais combatentes heróicos a dar cabo do lixo das matas que rodeiam as casas e as estradas e que foram a "causa" de tanta desgraça e fundamento de tantos clamores.
Continuo a imaginar o marcelo, o costa e mais vinte importantes a beberem água por um cantil da tropa quando a garganta de cada um ficar seca por causa da poeira e da serradura proveniente da acção das roçadoras e das serras mecânicas, operadas por tão ilustres portugueses.
E atrevo-me a imaginar o marcelo, o costa e mais vinte importantes a sentarem-se na beira da estrada ou encostados a uns eucaliptos para sacarem da marmita e atreverem-se a ingerir o seu almocinho bem rápido, porque ainda falta muito lixo para retirar da mata.
Talvez a coisa não se passará conforme imagino, uma vez que a metereologia está prever chuva para continuar a regar os campos e a dar força aos arbustos cortados e aos eucaliptos queimados nos nos incêndios do verão passado.
E quando os ponteiros dos relógios indicarem que o tempo disponível para a tarefa está quase a esgotar-se, lá se ouvirá uma voz para mandar parar o sol e aguentar mais uns tempinhos para que nada fique por fazer dos propósitos destes portugueses ilustres: demonstrar que é possível fazer o que não foi feito e que deveria ter sido feito há muito tempo e continuar a ser feito todos os dias do ano: limpar Portugal.
Agora o meu desejo: espero bem que os canais de televisão, as estações de rádio locais, regionais e nacionais, jornais e toda a espécie de pasquins, jornalistas de pena, jornalistas de microfone, fotógrafos e portadores de telemóveis estejam ausentes desta brincadeira de mau gosto, que se vai realizar no próximo sábado.
Se isto não for possível, que os céus abram as portas e deixem passar água, granizo e neve quanto baste para obrigar a que este pessoal se meta nos carros e volte a suas casas, porque espectáculos tristes já vamos tendo por aí quase todos os dias.
Ao menos, que descansem ao fim de semana...

21.3.18

O prognóstico

Se não houvesse fósforos,
Se não houvesse isqueiros,
Se não houvesse gasolina,
Se não houvesse petróleo,
Se não houvesse trovoadas,
Se não houvesse relâmpagos,
Se não houvesse incendiários,
Se não houvesse malucos,
Se não houvesse estradas,
Se não houvesse pinheiros,
Se não houvesse eucaliptos,
Se não houvesse mato,
Se não houvesse carros,
Se não houvesse aldeias na mata,
Se não houvesse casas,
Se não houvesse pessoas,
Se eu soubesse de antemão,
Se eu fosse capaz de prever,
Se eu fosse capaz de ver o futuro,
Se eu tivesse tempo para...
Se Portugal se localizasse dentro do círculo polar ártico ou antártico...
Quase de certeza "absoluta"
Que não haveria incêndios...

Pois claro: " prognósticos só no fim do jogo."
 
 

16.3.18

A seca

Nos anos em que as águas da barragem do maranhão passavam além da ponte vinte e cinco de abril entre o Ervedal e Figueira e Barros ouviam-se algumas vozes de alentejanos empreendedores a quererem extrair terra do leito da referida barragem, que era, é e continuará a ser mais que muita.
Serviria essa terra para muitas coisas, pois a sua riqueza em resíduos orgânicos viria mesmo a calhar para adubar e fertilizar outras terras, nomeadamente, jardins, hortas, olivais, vinhas, etcetera e tal...
A chamada "hidráulica" nem cavaco lhes dava, pois era proibido mexer no leito das barragens para tirar fosse o que fosse, chegando ao ponto de, na actualidade, proibir o pastoreio e o acesso dos animais, à água para saciarem a sede.
Agora os inteligentes lembraram-se da necessidade, conveniência e ocasião de "limparem" o leito das barragens para aumentar a sua capacidade de armazenamento de água.
A seca, que já vem de longe, agora denominada de "extrema", vai de encontro ao que alguns alentejanos vêm desejando fazer a alguns anos a esta parte: aceder ao leito descoberto das barragens para dali extrair a terra de aluvião de muita utilidade em muitas situações.
Agora até chegaram a mobilizar a  "tropa" para fazer o serviço...
Mas tal decisão pecou por ser tardia e a más horas, porque pouco tempo decorrido passaram por Portugal duas tempestades que quase acabavam com a seca "extrema" e deixavam as barragens quase na sua capacidade máxima.
E ainda não acabou.
Por este andar não tarda que os inteligentes comecem por aí a bradar aos céus que "nunca mais acaba de chover" e "já estamos fartos de tanta chuva" e muito mais dos ventos que a acompanham.
Somos uns ingratos.
Mas isto é mesmo assim: quando temos os pés molhados queremos sol; quando temos os pés secos queremos chuva.
Mesmo que as barragens do alentejo cheguem à sua capacidade máxima, no fim do verão do ano corrente teremos a oportunidade de ver e ouvir os tais inteligentes a ordenar a limpeza do leito das barragens utilizando todos os equipamentos disponíveis, como agora pretenderam fazer com os "tropas", mas já não foram a tempo...
O tempo o dirá...

7.3.18

Não entendo

Já não faço a mínima ideia do que vai passando nesta santa terrinha.
Parece-me que tudo isto anda ao contrário: anda-se pela esquerda quando se deveria andar pela direita; fala-se verdade quando se deveria falar mentira; discutimos quando deveríamos andar alegres e contentes com a nossa vizinhança; amamos quando deveríamos odiar; somos felizes quando deveríamos andar trombudos e insatisfeitos por tudo e por nada; cantamos quando deveríamos berrar alto e bom som para que todo o mundo nos ouvisse; enfim, já não entendo nada disto.
Bem vistas as coisas não tenho confiança em coisa alguma que acontece no burgo: tudo me faz desconfiar porque nada me parece sair do coração e tudo me parece indicar que a falsidade é o maior lugar comum que me é dado observar.
Já não confio em ninguém porque ninguém me dá garantias de que falar verdade e só a verdade e aos costumes diz nada.
Mas nem tudo anda pelas ruas da amargura.
O que resta, ainda me deixa ver uma luzinha lá no fundo mesmo lá no fundo do túnel, o que me oferece uma ligeira consolação, porque nem tudo está perdido.
Salvam-se umas boas horas diárias dedicadas ao futebol pelos diversos canais de televisão, sendo protagonistas  jornalistas e comentadores, que investem toneladas de conhecimento a demonstrar que o mundo está perdido e próximo da extinção, mas que eles, defensores máximos da dignidade, da ética, da moral e da verdade verdadinha ainda estão ali para as curvas e não vão deixar que um punhado de energúmenos e de malfeitores levem ao descalabro total o nosso glorioso futebol.
Nunca na vida irá acontecer, disso estou convencido, desde que pelo menos se mantenha ou se aumente como seria desejável o número e a duração dos programas dedicados ao futebol dos nossos canais televisivos e, se tal for possível, pois aconselhável é de certeza, com mais jornalistas e mais comentadores, para que a nossa cultura suba um degrauzinho mais...
Às vezes pergunto-me como é possível haver quatro opiniões diferentes em quatro possíveis perante umas imagens passadas mais de vinte vezes...
Consciente de que a ciência não é para todos e que a certeza absoluta só existe na convicção de comentadores e de jornalistas, limito-me a colocar-me no meu devido lugar e agradecer tudo o que esta gente está fazer por todos nós e a bem da nação.  

2.3.18

O engano

Nos últimos dias os diversos canais generalistas de tv têm prestado  a devida atenção aos efeitos da tempestade "emma" que vai passando pela europa, deixando atrás de si um rasto bem visível de desgraças, que fazem a delícia dos jornalistas de microfone.
É um ver se te avias para mostrar as imagens do que vai acontecendo por  esse país fora dando voz aos pobres que sofrem algum prejuízo por perda ou estrago de alguns dos seus haveres.
Contudo, quem se der ao cuidado de prestar a devida atenção às muitas imagens que nos vão mostrando não deixará de verificar e de constatar que as mais das vezes são imagens repetidas e constantemente repetidas sem se darem ao cuidado de introduzir uma qualquer diferença que nos permita pensar que se trata de coisa nova.
De vez em quando lá vem uma coisa diferente para que os mais atentos fiquem a saber que a actualidade actual é apanágio dos canais generalistas de televisão.
Para cúmulo do engano por diversas vezes podemos constatar que as imagens passadas nos diversos canais são as mesmas e ainda por cima fartas vezes com o mesmo texto.
Também, se assim não fora, a lusa não teria qualquer utilidade... e não valia a pena a sua existência a não ser para garantir o pão e o emprego a uma quantas pessoas... independentemente das funções desempenhadas.
A tragédia continua: a tal tempestade "emma" nada mais faz que desgraças e tragédias e vítimas  e poucos ou nenhuns benefícios para o território nacional.
Bem vistas as coisas, que coisas boas nos pode trazer uma tempestade que se limita a derrubar árvores, a atirar ao chão postes de telefone e de electricidade, a trazer para as ruas toneladas de areia das praias, a escavacar estruturas de apoio a diversas actividades, a destruir residências, molhes e guardas e outras coisas mais...?
Poucos jornalistas se lembram de referir que têm caído algumas pingas que não fazem mal a coisa alguma e proporcionam uma boa regadela e contribuiem para que o campo satisfaça a sua enorme e grande sede... eliminando dalgumas regiões a famigerada e desgraçada "seca".
Lembro-me de algumas grandes inundações de outros tempos e até me atrevo a afirmar que tenho saudades...

1.3.18

O tempo

Nos últimos dias temos ouvido falar do "mau tempo" como se o tempo que enfrentamos fosse uma desgraça e até mesmo uma tragédia.
Temos uns pingos de chuva e umas rabanadas de vento acompanhadas de umas ondas um pouco fora do normal para que o pessoal "entendido" nestas matérias, nomeadamente jornalistas de microfone, leitores de teleponto, alguns comentadores e a generalidades dos meteorologistas passem o "tempo" a classificar o tempo como "mau tempo".
Claro que nem todos estão de acordo com estas classificações.
Hoje mesmo e dos poucos momentos que vejo este tipo de programas ouvi um senhor lá dos lados da Covilhã a protestar com este tipo de linguagem classificando o tempo como "mau tempo" precisamente numa altura em que toda a gente estava à espera da chuva, que normalmente vem acompanhada de vento e de outras coisas mais que chateiam o pessoal das secretárias.
Numa altura em que se lamenta profundamente a falta de água por esses campos fora, quando as barragens estão muito abaixo dos níveis aceitáveis, quando se fala de seca severa por todo o país, quando se perspectiva um ano de fome  e de desgraça para o mundo agrícola, temos a lata de designar como "mau tempo" o tempo que nos tem dado umas quantas pingas de água, que mais não são que uma boa regadela e que pouca influência terá no enchimento das barragens quase vazias.
Por mim, sempre tive a convicção que o tempo da chuva merecia o maior respeito por parte de toda a gente, mesmo que essa mesma chuva levasse pela frente umas quantas casas, que alagasse ruas e que virasse uns quantos carros com verdadeiro prejuízos para alguns.
Para resolver esses problemas existem os seguros e diversos fundos e bancos que nadam em dinheiro e não sabem o que fazer dele a não ser distribui-lo pelos accionistas...
Mas para a seca, para a falta de chuva, para as barragens vazias, para a falta de comida para os animais, para a desgraça da agricultura não há coisa que valha a não ser a chuva que nos traz o "mau tempo".
Pois que venham muitos períodos de "mau tempo", desde que nos traga algumas gotas de água minimamente suficientes para as nossas necessidades.
Mas como nem tudo deve ser tempo de desgraças e de lamentações, gostaria muito de perguntar a todos os inteligentes que agora discursam e opinam em todo o lado, que estudos têm produzido para defender ou apoiar a construção de um sistema de "transvases" do rio douro e do rio tejo para responder com eficácia à carência de água de algumas regiões do nordeste, das beiras e do alentejo, como aconteceu com a construção da barragem do alqueva...

16.2.18

É uma alegria

Num destes dias passados recebi uma mensagem da caixa geral de  depósitos dando-me conta que dispunha de sete euros para gastar numa compra em qualquer loja do continente.
Convém esclarecer que não se trata de uma compra no Continente, designando Portugal Continental, mas do "continente" como sendo as lojas de comércio a retalho do grupo sonae.
Como não me davam mais explicações, aguardei por uma oportunidade para verificar se a oferta era válida e em que termos o seria, pois fiquei muito admirado por receber uma mensagem desta natureza com este  conteúdo ainda mais estranho.
Mas como estamos numa terra onde tudo parece ser possível até a recepção de mensagens de oferta de dinheiro sem se saber bem porquê e até se desconhecer o texto e o contexto de tais mensagens, nada mais tinha a fazer a anão ser constatar se se tratava de uma brincadeira ou de uma verdadeira oferta.
Dito e feito.
Fui a um supermercado "continente" e quando acabou o processo de registo e se passou ao processo de pagamento mostrei a dita mensagem no telemóvel e perguntei como era esta coisa.
"Tudo bem... vou descontar os sete euros...!!!
E foram descontados os tais sete euros e eu não paguei os tais sete euros como oferta da caixa geral de depósitos.
Claro que fiquei a matutar neste negócio entre o grupo sonae e a caixa geral de depósitos para que se justifique uma oferta da caixa
 para uma compra nas lojas de comércio a retalho do grupo sonae.
Pensando melhor: a coisa nem está mal pensada para fazer participar os depositantes nos lucros da caixa no ano de dois mil e dezassete, depois de uma injeção de muitos milhões, de terem saído umas centenas de trabalhadores, de terem encerrado vários balcões e de terem uma nova administração que pode aumentar como quiser as comissões pelas operações dos depositantes...na proporção dos seus salários: salários baixos, comissões pequenas, salários altos comissões altas.
E tudo a bem da nação...

Os milhões

Nos últimos dias circularam algumas notícias dando conta das actividades do nosso sistema bancário, isto é, de alguns dos bancos instalados em território português.
E não foi pouco.
Foram cobrados cerca de 100 milhões de euros em comissões.
Os lucros dos maiores rondaram os setecentos milhões.
Parece que a coisa está a voltar aos melhores tempos dos bancos.
Contudo, também circulavam notícias sobre os dois mil trabalhadores que deixaram o seu posto de trabalho num qualquer banco a actuar em Portugal.
Encerraram duzentas e sessenta e nove agências instaladas neste cantinha à beira-mar plantado que serviam e se serviam da guita do pessoal que confiava cegamente nos seus bancários.
Não sei quantos milhares de utentes do sistema bancária já não entram numa agência para tratar dos seus assuntos relacionados com pagamentos e levantamentos, porque recorrem aos seus meios informáticos para se substituírem ao pessoal bancário e porque são portadores dos seus cartões de débito e de crédito para milhentas operações financeiras e comerciais.
E tudo isto sem quaisquer custos para o sistema bancário.
Mas o sistema comporta-se como o monstro das sete cabeças que tudo devora à sua volta nada deixando para trás sem o devido tratamento.
E vai daí toca a aumentar o montante das várias comissões já em vigor e a criar outras para que nada se deixe ao cuidado dos utentes do sistema.
Querem ter uma conta no sistema bancário? Que paguem por ela.
Querem fazer pagamentos por cheques? Que paguem por eles.
Querem utilizar cartões de débito e de crédito? Aí vai a anuidade e mais alguma comissão.
Querem utilizar o seus meios informáticos para gerir a sua conta bancária? Não há problema, mas têm de pagar, apesar de libertarem o banco dos respectivos custos por atendimentos nos balcões da rede bancária.
Nunca entendi a história das taxas de juro negativas que os investidores pagam para comprar dívida pública, mas se prestarmos um pouquinho de atenção ao que vai acontecendo nas nossas relações com o sistema bancário rapidamente chegamos à conclusão que os pagamentos que fazemos por uma conta bancária onde temos a guita que ainda não gastamos têm o mesmo significado que as taxas de juro negativas.
Pagamos para que os senhores continuem a ser os senhores...
O nosso grande problema é que os os colchões já não são o que eram...



9.2.18

Os Jogos da Paz

É!!!
Já se diz por aí que estes jogos olímpicos de inverno são "Os Jogos da Paz".
Serão, se as boas vontades do mundo inteiro tiverem a paciência e o interesse para que assim seja.
Mas haverá, certamente, muita argumentação para duvidar do que se vai dizendo sobre serem estes os jogos da paz.
Faz-me lembrar aqueles jogos olímpicos de munique, quando...
É verdade que se deslocou à coreia do sul uma delegação olímpica da coreia do norte, onde se incluía a irmã mais nova do senhor manda-chuva.
Mas não nos devemos esquecer que tal senhora não é mais nem menos que a "chefe" da propaganda do regime que ameaça meio mundo com o carregar no botão vermelho das bombas atómicas...
Não importa muito o que se passou na cerimónia de abertura dos jogos com as imagens fantásticas vistas por todo o mundo, que incluíam a tal senhora irmã do homem, com ar seráfico e inocente, como se a chefe da propaganda do regime mais fechado do mundo fosse julgada apenas e  tão só pelo seu aspecto físico e não pelas suas acções.
A ver vamos o que se vai passar durante os jogos e, principalmente, que atitudes e comportamentos se irão observar nos senhores do norte...
Estamos bem certos de já ter visto coisas desta natureza: num determinado momento temos beijos e abraços e logo a seguir sem que nada o faça prever, deparamos-nos  com um facalhão bem cravado nas costas de uma vítima...
Que sejam os "Jogos da Paz", mas sem incautos...

5.2.18

O mundo

Este pessoal entrou em paranóia pura: o bruno está a fazer birra, o seu clube leva uma tareia ali para os lados de belém e parece que o universo aquece demasiado e está próximo da explosão.
Eu bem sei que o mundo leonino já não cabe na galáxia, mas não é preciso que os jornalistas e comentadores desportivos levem a coisa demasiado a sério.
Bastou que o homem tivesse uma caganeira, atirasse umas quantas "bujardas" ao ar e todos os canais de televisão dedicassem umas quantas horas a discutir a "crise".
O que vai pelo mundo não interessa "puto".
O que se passa no "campus" ali no parque e em locais da mesma natureza não merece mais que uns minutinhos mal medidos.
A catástrofe ambiental do tejo, a seca e as barragens do alentejo quase vazias ditam uns segundos de dois em dois dias e é um pau, porque o tempo não estica e a bola tem prioridade.
Estamos perante uma verdadeira revolução no tipo de valores que orientam e condicionam o nosso desenvolvimento social: se um canal de televisão não dedicar pelo duas horas a discutir a grandeza, a magnitude, a relevância do futebol para felicidade dos portugueses não merece dispor de uma licença de emissão de televisão, pelo que deve cessar de incomodar o pessoal.
Não temos dúvidas sobre a qualidade de um canal de televisão que não tenha na sua programação a discussão do futebol visto pelos jornalistas e comentadores desportivos, cujos méritos se baseiam e se fundamentam na gritaria e até no insulto e pouco na cultura do futebol.
Existem para manter vivo o que mais prejudica o desporto em geral e o futebol em particular: clubite e inveja.
O mais curioso de tudo isto estará certamente no facto de toda esta gente ser paga para gritar e maldizer quanto mais e mais alto tanto melhor, sendo conveniente que não se entenda lá muito bem o que dizem durante todo aquele tempo, pois todos devem falar ao mesmo tempo para que se pense que percebem da poda...
O melhor de tudo é que ditam as audiências...
Assim vai o nosso pequenino mundo...

1.2.18

É assim mesmo

Queriam chatear o ministro das finanças e presidente do "euro" e levá-lo a nem sequer a aquecer a cadeira dos capitalistas do euro, mas não tiveram lá muita sorte, porque parece que alguém arquivou o processo, dando-lhe o seu real valor.
Que levem para a cadeia todos os aldrabões que por aí andam a gozarem dos rendimentos das vigarices é uma coisa que merecerá o acordo da grande maioria do pessoal, se exceptuarmos um pequeno número de advogados que se banqueteiam com estes manjares oferecidos pela prática democracia, mas por dever e obrigações de ofício.
Também concordo: são todos inocentes até prova em contrário e terminado o processo, diz-se, "transitado em julgado".
De qualquer modo tenho adorado estas andanças das leis portuguesas e toda a actividade das polícias, das várias classes de juízes e todos os que têm participado na realização destas novelas rocambolescas que mais parecem brincadeiras em que poucas pessoas acreditam.
Veja-se aquela da devolução a um banqueiro de sessenta milhões!!!
Devolver a um banqueiro sessenta milhões sem se saber lá muito bem do que se trata...
Afinal quem tinha os sessenta milhões?
Eram sessenta milhões do banqueiro?
Eram sessenta milhões supostamente do banqueiro?
A que propósito aparecem sessenta milhões devolvidos por um juiz a um banqueiro?
Esclareçam esta coisa bem esclarecida e depois digam ao pessoal de quem eram os sessenta milhões e o que andavam a fazer para que um juiz tivesse intervenção na sua devolução ao banqueiro.
Estou tentado a pensar que o tal primeiro não passava de um anjinho que se contentou com pouco... quando...
Para além do mais, eu gosto muito de banqueiros e não quero pensar sequer que pode haver por aí algum que não ponha o bem público acima dos interesses particulares e que se possa apropriar de qualquer coisa que não seja dele, não fossem eles as pessoas mais honestas existentes à face da terra, incluídos os arredores...


 

2.1.18

O ano

Se não tivéssemos quem temos como Presidente da República o ano que findou, não teria sido dividido em duas partes:uma que foi uma maravilha e a segunda que uma tragédia.
Nem mais: até o Presidente da República baseia e utiliza a sua argumentação e manda os seus recados utilizando o "se".
Pensava eu que se tratava de uma figura gramatical usada apenas pelos comentadores, jornalistas, economistas e toda aquela minha gente que bota "faladura" nos rádios e nas televisões para justificar as respectivas avenças e os seus empregos...
Já toda a gente se esqueceu (tenham presente que este "se" não é da mesma categoria gramatical dos "se" referidos anteriormente) dos papeis desempenhados pelos incendiários e "quejandos", da falta de limpeza das matas, da carência de caminhos na floresta, do péssimo ordenamento florestal, das desequilibradas plantações de espécies e de todo um se número de variáveis "influenciadoras" dos incêndios.
De modo que temos na nossa frente o que resta: os bombeiros tão só porque foram mal coordenados, a protecção civil porque não percebe nada do assunto, o governo, incluindo primeiro, segundo e todos os terceiros e respectivos secretários de estado e até alguns chefes de gabinete, porque estavam nos gabinetes de Lisboa com o seu ar condicionado e esqueceram-se dos calores abrasadores que se faziam sentir por todo o lado.
E não vou agora esquecer os autarcas de todas aquelas regiões que tinham acabo de ser eleitos em eleições democráticas, mas que deixaram tudo na mesma na maior da paz e da tranquilidade até dia em que um raio incendiou Portugal...
Ardeu muita coisa? Pois sim.
Poderia não ter ardido? Se...
Morreu muita gente? Lamentavelmente.
Poderia não morrido? Se...
Nada mais me interessa saber a não ser um pequeno pormenor: para onde irá a grandiosa solidariedade do POVO PORTUGUÊS...?
Não sei "se" mais alguém, mas os MORTOS merecem... porque são dignos da nossa tristeza...

1.1.18

O Primeiro

Está quase a terminar o "primeiro" dia do ano da graça de dois mil e dezoito.
Apesar de se desejar "paz, saúde e amor" para todas as pessoas conhecidas, desconhecidas, amigas e "inimigas?" e para o mundo e seus arredores, estou convencido que de tudo isto pouco ou nada se vai realizar.
Mas não faz mal que tal aconteça, porque vamos estando preparados para o pior e a habituação a qualquer coisa passada faz com que a nossa certeza de sobreviver e a nossa vontade de vencer é e será bem mais forte que qualquer coisa que aí venha.
Sempre foi assim e já não saberíamos viver de outra maneira se as coisas se tornassem boas demais.
Faz parte das  nossas vidas a existência permanente de um motivo como razão fundamental para acordar todos os dias com os pés quentes, mesmo que se nos depare o mesmo que se nos deparou
Para além do mais, ainda vamos tendo alguma água para um banho com a frequência possível...
Dizem por aí isto vai ser uma maravilha...
Que mal haverá em acreditar...