4.6.16

Outras vistas

Aproveitando uma ida a Viana do Castelo para partilhar lembranças de outros tempos, planeei um passeio pelo norte galego e asturiano.
Dei uma vista de olhos a Santiago de Compostela onde revi a Praça do Obradoiro com milhares de "peregrinos"; debandei La Corunha; fiz um desvio ao Ferrol do ditador; cheguei a Gijón; parei em Oviedo; deliciei-me com León;; lembrei-me do Afonso Henriques quando descansei em Zamora; revisitei a Praça Mayor de Salamanca; olhei para Ciudad Rodrigo e entrei no paraíso a beira-mar plantado.
Durante cinco dias os meus ouvidos não foram bombardeados com as  expressões bem portuguesas preferidas pelos jornalistas, repórteres e comentadores da especialidade áudio como são o "então", o "tamém", o "e também", o "digamos" e ainda o "ele que..."... ditas a propósito umas vezes e a despropósito quase sempre...
Percorri cerca de mil e duzentos quilómetros de autoestrdas espanholas, pagando menos do que me processaram os pórticos dos cerca de cento e cinquenta quilómetros de Vilar Formoso até à saída para a Barragem do Fratel.
Só quando passei a linha imaginária da fronteira é que me apercebi do diferencial dos preços dos combustíveis lá e cá, como se estivéssemos entrado num país de multimilionários indiferentes ao valor das coisas.
Cheguei a Lisboa e logo tive a sensação que era um mundo do outro mundo, habitado por selvagens que não sabiam nem queriam saber o que é ter uma rua limpa, asseada, sem merda, sem lixo e tudo o mais que os humanos atiram para fora de si mesmos.
Tinha passado por umas quantas cidades onde não se via uma lata, um papel, um saco de plástico, cagadas de cão, cheiro nauseabundo a mijo e logo que saio da viatura deparo com a porcaria por todo o lado como se tivesse chegado a aterro sanitário...
Querem saber o que uma cidade limpa?
Visitem as espanholas...