27.11.15

A sacanice

A contratação já era do conhecimento público, pois o homem ainda  não tinha cessado as suas funções de membro do governo e já tinha sido chamado a novas funções, desta vez, ao serviço do banco de portugal para "vender" o novo banco.
O que não se sabia ou, pelo menos, não eram do conhecimento público os honorários (salários) de pessoa tão inteligente e de tanta relevância para o êxito de uma empreitada como a de vender o novo banco, o tal banco que, sendo novo, já custara milhões ao estado, como se o estado tivesse à sua disposição tanto milhão que não tivessem qualquer ujtilidade para outro elevado objectivo.  
Corria nos ecrans das televisões a notícia sobre os custos deste importante senhor: nada mais nada menos que trinta mil euros por mês, coisa correspondente ao valor da transação que se se propõe efectuar: a venda do novo banco a alguém que o queira comprar.
Se fizermos fé no que aconteceu com situações anteriores, isto é, com vendas anteriores em que esteve envolvido este "crack", poderemos deduzir que a coisa não terá grandes dificuldades em chegar a uma conclusão.
Contudo, restará saber se a conclusão será semelhante às soluções encontradas para situações em que este envolvida esta sumidade em vendas de património do estado a capitais estrangeiros.
Não será muito difícil pensar que os procedimentos não serão muito diferentes do que aconteceu noutros casos de venda de património do estado a quem se dispôs a negociar com este inteligente negociador.
A coisa que temos mais próxima e ainda a ressoar nos nossos ouvidos foi a venda da transportadora áerea nacional a um consórcio com um testa de ferro português dono de umas quantas empresas de transportes terrestres e um luso americano parcialmente dono de umas empresas de transporte aéreo meio falidas e com milhões de dívidas.
Mas este inteligente não teve qualquer dificuldade em "entregar" por uns quantos milhões uma empresa que valia bem mais que esses milhões, mesmo colocando de parte e de lado as dívidas aos bancos, que ficaram à responsabilidade do estado português.
Isto é, este senhor entrega quase de borla uma empresa área a privados sem incluir as respectivas dívidas, como se se tratasse de venda de um pacote de amendoins importados da china e deixando de lado os produzidos e cultivados no ribatejo e em transosmontes.
O país ficou altamente agradecido pelos reais favores devidos a esta personalidade e vai daí é contratado para  doar o novo banco a quem quiser dar uns milhõezitos pelos muitos milhões ali investidos pelo estado português.
Assim se reconhece e se premeia a sacanice de entregar Portugal ao capital estrangeiro.  
Lamento profundamente que Portugal não tenha uma boa meia dúzia de gente como esta para podermos acabar de vez com o que resta de valor nesta terra miserável.
Será que o novo governo ainda poderá ter uma palavra a dizer sobre este contrato milionário?

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