24.9.14

O debate

Com recurso às facilidades das gravações automáticas investi cerca de trinta e cinco minutos na audição e visualização dos dois craques candidatos a candidatos a primeiro-ministro nas próximas eleições legislativas pelo partido dos chuchas.

Cheguei a uma brilhante conclusão que só a mim diz respeito e que não compromete a mais ninguém nem pretende influenciar quem quer que seja, pois isto de opiniões políticas e sobre políticos pouco diferem das discussões sobre futebol ou sobre temas religiosos e filosóficos.

Para tal serve aquele velho princípio que em democracia toda a minha gente pode ter e proferir as suas opiniões sem que estas possam ou devam constituir uma referência, qual certeza absoluta ou dogma universal…

Fiquei plenamente convencido que não tive qualquer proveito no investimento efectuado, mas também não perdi coisa alguma por não me ter dedicado a ouvir aqueles dois craques nos dois debates anteriores.

De resto nunca tive qualquer entusiasmo por este tipo de debates, dadas as circunstâncias de que se revertiam e os objectivos a que se propunham.

O meu pouco ou nulo interesse em ouvir estas discussões políticas de candidatos a qualquer coisa política e ainda por cima do mesmo partido e candidatos ao mesmo cargo ou função tinha a sua razão de ser que se justificou pelo conteúdo do debate de ontem.

Ao fim destas três jornadas de afrontamentos pessoais com um cheirinho a problemas anteriores e pessoais mal resolvidos, fiquei sem perceber e sem entender como é que estes dois craques e seus seguidores e apoiantes mais próximos aceitaram e concordaram entrar em debates organizados com esta fórmula que não lembrava nem ao e que se estava mesmo a ver o seu resultado final.

Eles lá sabem, porque eles são os entendidos nesta matéria, mas reservo-me o direito de ter uma opinião que vai no sentido de considerar inútil a realização de debates de natureza política com a estrutura apresentada.

A não ser que o pessoal das televisões tenha visto com bons olhos que os craques se entendessem num modelo organizativo que só favorecia o ataque pessoal, a bagunça e o vazio quase total do contributo para o esclarecimento e percepção dos valores defendidos pelos dois craques socialistas, mas altamente apreciado pelas audiências televisivas

Alguém terá mudado de opinião depois de ouvir estes dois candidatos a candidato a primeiro-ministro?

Por mim…

19.9.14

A Federação Ibérica

Parece que o mundo e arredores deixaram a descansar o projecto de lei da cópia privada que o barreto quer ver aprovada rapidamente para retirar da miséria e da fome muitos artistas, autores e outros relacionados, para se preocuparem com os resultados do referendo na Escócia.

Já toda a gente tremia de medo com a hipótese de o wiskey subir de preço através da aplicação de uma taxa para pagar os custos da independência, quando os escoceses disseram que a coisa não mudava durante esta geração, pois que os reformados e todos aqueles que já estão próximos dessa situação e ainda aqueles outros que adoram as tradições monárquicas não estão para mudanças drásticas sem terem a certeza que o petróleo do mar do norte iria resolver todos os problemas presentes e vindouros.

Passado o susto, as coisas vão ficar centradas durante uns tempos no processo do referendo lá na Espanha, mais concretamente na Catalunha, que continua a teimar que os espanhóis não são boa companhia para o século vinte e um…

Por mim, estava-me redondamente nas tintas para as pretensões dos escoceses, sendo-me completamente indiferente se se tornassem numa nação independente ou se continuassem como até aqui.

Mas com os catalães já outro galo pode cantar.

Estou mesmo a ver o cenário: a Catalunha independente; o País Basco independente; a Galiza independente; a Castela independente; a Andaluzia independente; Aragão, Astúrias, Navarra, etc. e tal e com Portugal independente estaríamos a um passo da constituição da Federação de Estados Ibéricos…

Depois a coisa tomava o seu rumo: atiravam-se ao mar os ingleses de Gibraltar, embora alguns cidadãos da Federação dos Estados Ibéricos preferissem embarcá-los num navio de cruzeiro com destino a Inglaterra, e estabeleciam-se e fortaleciam-se os contactos sociais, culturais, económicos e financeiros com os estados magrebinos e a coisa estava feita.

Depois disto concluído mandava-se um recado àqueles senhores que actualmente mandam e desmandam na Europa dando a entender que a coisa está feia, se não tiverem um pouco mais de juízo e se não levarem um pouco mais a sério o pessoal cá debaixo e abandonarem a escravatura dos povos do sul.

De resto seria fácil fechar as fronteiras nos Pirinéus, se fossem necessárias algumas medidas mais drásticas…

Venha o referendo, este e todos os seguintes até à vitória final

18.9.14

A tinta ou a laser

Quem tiver a paciência de ler o anexo à proposta de lei sobre a cópia privada vai ter a oportunidade de encontrar coisas deliciosas só possíveis por serem provenientes das cabecinhas pensadoras daqueles inteligentes e burocratas e burocratas e inteligentes que vivem à sobra do orçamento de Bruxelas com as suas ramificações nos corredores do poder sediado em Lisboa.

Ainda não entendi lá muito bem qual é o papel e a respectiva importância de uma impressora na cópia privada.

Fiquei deslumbrado com os pormenores apresentados quando se preparam para determinar as taxas a praticar na compra/venda de uma impressora, considerando-se relevante a sua rapidez de impressão, se é de jacto de tinta, se é a laser, se é de agulhas (?), e não fixei e agora não vou ver se tem alguma importância o facto de ser a preto e branco ou se a cores, tendo presente que as cores das impressoras são produzidas via mistura das cores básicas, que não são citadas no referido projecto de lei.

Estou mesmo a ver que a cópia privada não ficará lá muito satisfeita se a sua qualidade for de segunda quando deveria ser de primeira, levando a mal que se possa utilizar o jacto de tinta em detrimento da impressão a laser e muito mais escandalosa que ainda se possa utilizar a antiquada e desprestigiante agulha…

E depois ainda temos a velocidade de impressão, dando-se a entender que a cópia privada não vê com bons olhos que se possam utilizar impressoras com uma velocidade considerada prejudicial à adequada fluência do tráfego quando estamos utilizando as auto-estradas da informação que não aceitam velocidades inferiores às necessárias para manter os nossos neurónios a trabalhar com toda a normalidade.

Agora que caminhamos rapidamente para a era do digital, quando tudo caminha para que a leitura se faça cada vez mais no écran do computador e equipamentos quejandos, quando o papel é bem mais caro que um arquivo na nuvem com espaço disponibilizado gratuitamente por diversas entidades, não sou capaz de entender esta taxa para as impressoras.

Vamos colocar na miséria e a passar fome uns quantos escritores, porque um dia nos lembramos de imprimir umas quantas páginas de um livro?

Que assim seja, porque deveremos estar sempre ao lado dos pobres e dos oprimidos mesmos que estes pobres e oprimidos sejam os escritores, principalmente os portugueses, que passam fome e andam na miséria sem um tusto para comprar um prego de carne mesmo que seja do rabo do boi…

 

17.9.14

A taxa e a fome

Dei uma vista de olhos pelo projecto de lei da dita cópia privada e fiquei quase totalmente esclarecido sobre os seus fundamentos e seus objectivos: defender os interesses de todos aqueles que produzem alguma coisa de natureza cultural, mesmo que esta natureza seja duvidosa que chegue para a por em causa.

Mas aí está uma lei que à sombra da defesa dos direitos dos autores e artistas em geral e dos promotores e produtores de espectáculos visuais e fonográficos e ainda de uns quantos profissionais de outras tantas profissões em particular, vai atirar para cima dos consumidores mais uma taxazinha, para salvaguardar os direitos desse pessoal, que cuida da nossa cultura.

Não percebi como a coisa funciona, mas está pensada de tal maneira que põe de acordo os artistas e autores individuais com aqueles que sempre os exploraram quer na produção discográfica quer na promoção e organização de espectáculos audiovisuais.

Está bem de ver que a indústria produtora de todo o tipo de equipamentos e suportes que podem ser utilizados na feitura de uma cópia de um qualquer conteúdo vai abdicar da cobrança ao consumidor de uma "pequena" taxa e retirá-la da sua margem de comercialização com o supremo fim de matar a fome aos nossos artistas e autores e, como quem não quer a coisa, para dignificar um pouco uma boa quantidade de gente que se dedica à produção e promoção do novo nível cultural.

Para ficarmos cientes que as coisas não são assim tão desinteressadas relativamente ao governo, prevê-se que esta taxazinha que vai salvar da miséria muitos autores e muitos artistas e dar a oportunidade de os consumidores elevarem a sua bagagem cultural, lá teremos o iva sobre a tal dita.

Claro que o orçamento de estado vai continuar a aumentar significativamente as verbas para o apoio à cultura e ao desenvolvimento cultural, independentemente do que venha a arrecadar com este processo que se destina totalmente à distribuição por quem de direito.

O que mais espanto me causa não é a distribuição desta benesse pelos autores e artistas e produtores e promotores individuais e colectivos, mas sim a respectiva percentagem.

Ouvimos dizer que há muitos autores e artistas com fome e esta gente contenta-se com quarenta por cento da receita, sendo que os outros sessenta por cento revertem para os tais que sempre exploraram esses tais autores e artistas.

Com esta lei, o governo atira o odioso da taxa para a indústria produtora de equipamentos e suportes utilizados na cópia quer pública quer privada, fazendo-nos acreditar que não serão os consumidores a pagar esta coisa.

Já havia poucas e algumas bem escondidas que nem se notam, para agora estar aí mais esta.

Amanhã, certamente, que vai aparecer mais um secretário de estado ou um ministro com uma ideia semelhante e lá teremos mais uma taxa, sobre a qual vamos pagar iva.

Sempre a bem da justiça e da igualdade de oportunidades…

Abaixo todas as taxas, mesmo que para isso tenham que aumentar a carga fiscal.

Já vamos estando fartos de tanta vilanagem…


 


 

16.9.14

A cópia privada

E digam-me lá se o "zapping" não é o responsável pelo que ontem me aconteceu!

Não fazia a mínima ideia que uma pequena taxa a suportar na aquisição de equipamentos audiovisuais teriam tanta relevância para matar a fome de muitos dos nossos artistas, criadores, compositores, produtores, promotores e de não sei mais quantas pessoas e organizações envolvidas nesta actividade cultural.

Ficámos a saber que existe o conceito de "cópia privada", que ninguém conseguiu definir claramente e que vai ser taxada mesmo que não seja praticada por um qualquer cidadão que use um telemóvel.

Lembrei-me de repente da tal história do coelho e da raposa…

Ao fim e ao cabo, a maioria dos nossos criadores, artistas e outros e outras entidades relacionadas com a criação cultural estão totalmente de acordo com a implementação desta taxa, pois só assim se pode dar o devido valor a quem vive do seu trabalho intelectual ou contribui para a sua divulgação.

Pois que assim seja e deixemo-nos de lamúrias em discutir se quem vai pagar é a indústria ou os consumidores, como se não se soubesse logo à partida.

Deixemo-nos de tretas e coloquemo-nos tão só uma simples questão: é justo e solidário o pessoal (qual e quem?) participar na luta contra a pobreza e a fome dos nossos artistas e criadores juntamente com os seus promotores e produtores de artes e espectáculos?

É aceitável que alguém se negue a contribuir para a felicidade de uns milhares de portugueses que se encontram nas ruas da amargura porque existe a cópia privada?

De resto, quem se opõe por princípio ao pagamento de uma taxa para retribuir dignamente o criador de um determinado conteúdo cultural, deveria ter presente que ainda nos falta uma boa quantidade de taxas para retribuir muitas outras coisas que estiveram, estão e vão continuar a estar a amargurar uns bons milhares de portugueses que não têm a mínima hipótese de participar no melhor e mais destacado programa de todos os canais de todas as televisões do mundo e arredores, como aquele que ontem nos apresentaram para falar da cópia privada.

Trata-se da única solução possível porque o governo assim o quer e porque os criadores e todos os outros concordam inteiramente, sendo parte interessada.

Por fim o principal: todos somos parvos, cretinos e aldrabões, porque se não fazemos cópias privadas dos conteúdos comprados e que já pagaram "direitos de autor", deveríamos fazê-las, pois temos os meios que servem para fazer cópias privadas.

E se não as fazemos é porque não queremos, mas nunca poderemos responsabilizar os tais criadores e autores pelo nosso desleixo e incompetência.

Se pagares a taxa, eles deixam…


 

16.8.14

O incompreendido

Diz-se ou dizem que se tem o que se merece, pelo que todos devemos andar contentes e satisfeitos porque temos aquilo que merecemos.

O problema é quando se tem aquilo que se merece e o que se merece é totalmente incompreendido e até se não rejeitado porque quem merece desconhece o merecido.

Lamento profundamente que o pessoal não compreenda quem sacrifica toda a sua vida, quem dedica todas as suas capacidades, quem entrega toda a sua boa vontade e inteligência ao serviço de quem não o entende e de quem não reconhece todo o seu empenho e a sua dedicação ao serviço dos mais necessitados.

Daí que só podem ser denominados de ingratos todos aqueles que dependem da boa vontade do supremo poder na distribuição de uns quantos dinheiros, independentemente de terem sido, ou sejam resultado de uma vida de trabalho.

Não querem, não desejam, não respeitam quem se sacrifica pela felicidade terrena dos que ainda por aqui andam e já deviam ter marchado e deixado de ser encargo para o estado?

Pois muito bem!

A partir de agora não esperem que dedique mais alguma das minhas ideias para salvaguardar a dignidade dos últimos dias da vossa vida.

Não contem comigo, porque está provado que não me merecem.

Não contem comigo, porque estou farto de tanta incompreensão.

Não contem comigo, porque os amigos precisam de mais e melhor atenção!

10.7.14

Era uma vez

A tragédia continua…

Temos os teutões e os gaúchos lá no alto!

9.7.14

A lágrima

Com o mal dos outros podemos bem…

Mas aconteceu uma tragédia.

5.6.14

O inverso

Ainda me restava uma ténue esperança de que os atuais inteligentes que dirigem as políticas caseiras tivessem um pingo de dignidade e se atrevessem a tomar algumas medidas que dessem sentido à sua governação.
Mas os acontecimentos dos últimos dias encarregaram-se de retirar alguma coisa que me restava e obrigam-me a considerar que estes senhores não merecem nem justificam qualquer atitude de benevolência ou de compreensão por tudo aquilo que andam a fazer.
De fato, podemos considerar que esta gente dá a entender que atingiu o cúmulo da pouca vergonha quando orienta as suas diatribes para quem ousa dizer-lhes que os valores éticos e políticos ainda merecem algum respeito mesmo daqueles que exercem as funções de governação.
Já não chega que descarreguem toda a sua boa vontade de destruir o que ainda resta do estado social para se atirarem com unhas e dentes como cães de fila contra uns quantos que, embora não sendo eleitos e que sejam uns privilegiados da democracia, ainda se atrevem a enfrentar o touro pelos cornos e dizer-lhe que a lei é para todos e que todos a devem respeitar.
E se houver alguém que não esteja disponível para acatar a lei e para respeitar quem tem a responsabilidade de a fazer cumprir, será certamente mais sensato que ou a altere ou se vá embora por incapacidade de viver em democracia.
Em última análise, que faça um golpe de estado e tome o poder e o entregue a um ditador, que até poderia ser um coelho, porque, nessa altura, já não haveria pessoas dispostas a aturar ou conviver com um regime desta natureza.
Parece haver alguma tendência numa quantidade de políticos da nossa praça de ver castelos de vento a pairar sobre as suas cabeças quando o que se pretende fazer não pode ser feito por as circunstâncias o não permitirem.
Estes tipos devem continuar a pensar que nós somos um bando de idiotas que não temos qualquer capacidade para entender que nem tudo o que dizem ou pretendem dizer e fazer é permitido pelo bom senso e estaremos sempre de braços abertos para aturar os desmandos desta gente.
Eu admito que haja uns quantos milhares de portugueses, por formação, por convicção, por despeito e por dependência e até por conveniência, que estejam de ac ordo com as políticas seguidas, principalmente todas aquelas que querem e pretendem colocar os funcionários públicos, os pensionistas e reformados na base da pirâmide social, como se fossem eles os empecilhos a eliminar para levar por diante a política de fazer dos portugueses uma mina de mão de obra barata para servir dignamente o capital.
Mas há muitos outros que não são capazes de entender como é possível o ter um governo que careça de orientações dos juízes do tribunal constitucional para serem estes a dizerem como se deve governar ou o que se pode fazer sem ofender a constituição.
Pretende-se alterar o processo: sejam os juízes a dizerem o que fazer e como fazer para que os governantes executem o que se deve executar sem ofender a dignidade dos cidadãos.
Podia perguntar-se, nestas circunstâncias. para que serviam os ministros, os secretários de estado e os milhares de moscas e mosquitos que os acompanham, quando temos os directores gerais e os presidentes de qualquer coisa.
Do mesmo modo, poderia por-se em  causa, a existência de deputados e dos respectivos custos numa democracia onde se pretende que sejam os juízes a dizem o que devemos fazer e não a salvaguardar os direitos dos cidadãos.
Isto não é uma comédia, isto é uma tragédia para um povo que é dirigido por esta gente que tem azedume na consciência e ódio nas palavras e insolência no comportamento, tão só porque sabe que, por enquanto, está seguro, porque o seguro é um tonto e um basbaque que não se dá conta, ou não quer dar-se conta, que as suas hipóteses estão fora dos nossos horizontes.
Mas os tempos mudam...

2.6.14

Estou...

Estou desconsolado.
Estou chateado.
Estou desiludido.
Estou...
Então não querem lá ver que as televisões portuguesas acompanharam em direto o autocarro da seleção portuguesa de futebol desde o hotel  até ao palácio de belém, estiveram presentes nos cumprimentos, onde se ouviu falar de "comprimentos", presenciaram as fotografias para memória futura, foram até ao aeroporto e seguiram o avião até se perder de vista e tiveram a lata de não transmitir o almoço oferecido por sua excelência e não por vossa excelência.
É imperdoável e impossível de admitir que um almoço desta natureza não fosse acompanhado em direto pelas televisões que se prezam dos seus espetadores.
Nunca pensei que tal pudesse acontecer, pois todos nós gostaríamos de saber se os pastéis de belém foram comidos de faca e garfo ou se apenas foram utilizadas as mãos sem que antes tivessem sido devidamente lavadas.
Depois não se queixem se algum elemento da seleção e se algum dos seus dignitários representantes e corpo técnico aparece com um vírus que o impeça de desempenhar  cabalmente as suas funções e não tragam para Portugal o diabo do caneco.
Por outro lado, também fiquei sem saber se sua excelência bebeu água e vinho, se apenas só vinho ou se apenas só água, porque a coisa tem um enorme significado político para todo o pessoal, que gosta destas coisas.
E ainda ficaria mais satisfeito se tivesse tomado conhecimento em direto se o cr7 mostrava ou não mostrava o seu joelho lesionado, pois esta matéria é bem mais importante que o chumbo do tribunal constitucional de algumas normas do orçamento de estado, tem muito mais relevo que as novas condições para despedir um trabalhador por extinção do posto de trabalho, e nem se fale nem se compare o problema do joelho do cr7 com os desventuras do seguro e seus rapazes na luta pelo poder interno quando está na mira qualquer coisa que cheire amesa farta e abundante.
Eles lá foram para a américa para se mostrarem aos imigrantes lusitanos participando nuns treinos um pouco mais a sério que as brincadeiras de óbidos e depois lá seguirão rumo aos brasis para mostrarem ao mundo inteiro de que é feita esta terra onde vivemos.
Pela amostra hoje vista e ouvida nas televisões portuguesas não será de espantar orebuliço e histerismo dos canais televisivos e das rádios se os nossos craques tiveram um bom comportamento na fase de grupos, que muitos duvidam que venha a acontecer.
Mas se se vier a verificar que a equipa técnica e os diretores presentes no brasil passem essa tal primeira fase, poderemos ficar descansados que alguns jogadores serão mencionados devidamente em declarações e entrevistas difundidas pelo universo para que todos reconheçam o seu real valor.
E fiquem sabendo que me estou realmente nas tintas para saber o custo desta tirada do brasil, porque estou convencido que tudo o que se venha a gastar e tudo o que possa custar cada um dos jogadores e cada um dos acompanhantes técnicos e institucionais, pois sei que nada do que acontecer custa um cêntimo ao orçamento de estado...
E ainda vai haver um lucro líquido de uns quantos milhões que não vão pagar impostos, porque são lucros obtidos fora de Portugal e são lucros ganhbos numa boa causa.
 

31.5.14

É hoje

Durante os últimos dias os homens dos meios de informação ou, se quiserem, os homens da comunicação social têm vindo a fazer crer que o Portugal dos cidadãos está altamente preocupado com o que se passa no campo socialista.
Por obra e graça de não sei de quê, a política portuguesa está pendente e até dependente do que se passa e do que se vai passar com os próximos e as próximas acções dos socialistas, parecendo que o mundo está situado no largo do rato e aguarda ansiosamente pela conclusão da reunião do dia trinta e um de maio.
Tenho as minhas dúvidas se o fenómeno político dos socialistas tem o significado que lhe é dado imprensa escrita, falada e visual, mas não deixará de ser curioso constatar nos próximos dias que terá muito mais relevo do que as decisões do tribunal constitucional sobre a lei do orçamento para dois mil e catorze e do que as medidas que irão surgir em muito pouco tempo para compensar o que foi declarado insconstitucional.
No fim de contas, muitos e muitos de nós já sabíamos que uma crise geral não pode ser resolvida nem pode estar dependente do contributo de apenas uma parte, mesma que essa parte seja relevante para os efeitos.
E também já sabíamos ou, pelo menos, estamos a ter cada vez mais consciência de que a crise foi forjada algures por uns quantos senhores do mundo que querem comer tudo e tudo querem abocanhar.
Por isso, terá que haver quem seja obrigado a suportar os devaneios de uns quantos que resolveram atirar-se a uns tantos países mais à mão, cujos defeitos se fundamentavam no desejo de uma  vida melhor, tendo presente a que se vinha levando nas últimas décadas.
Por outro lado, pode considerar-se que estes desejos não saíram do nada, pois foram sugeridos e prometidos em troca da doação e da entrega da nossa liberdade ao serviço da criação da união europeia.
Pela parte que me toca, estou plenamente convencido que não foi lícito trocar a nossa independência  pela promessa de dias melhores nem deixar tudo nas mãos de outros em troca de umas migalhas que rapidamente desapareceram ficando agora a factura para pagar.
Digam tudo o que disserem, ninguém poderá desmentir que a grande maioria dos cidadãos portugueses estão mais pobres e mais dependentes e que até o próprio País está muito mais perto da borda do precipício do que estava em dois mil e dez.
Eu não me considero culpado do que aconteceu e do que está a acontecer pelo simples facto de não ter sido julgado, o que deveria ter acontecido para todos os que andaram com as mãos na massa desde que os milhões da europa começaram a chover em Portugal.
Seria salutar pedir que os responsáveis de todas as desgraças e misérias dos portugueses fossem claramente identificados, mesmo que não tivessem que ser submetidos a julgamento.
E quando digo todos, estou a incluir todos aqueles que levaram para os paraísos fiscais quer os milhões ganhos com o trabalho e todos aqueles que levaram para outros países as sedes das grandes empresas que exercem a sua actividade em Portugal e que deixaram de dar o seu contributo para vencer a crise e servir o progresso e o desenvolvimento.
Mas o que importa agora e o que está no cerne das nossas preocupações é nada mais nada menos o que hoje vai ser decidido no largo do rato.
Pela minha parte não vou esperar porque seja o que for, vai condduzir a um congresso e à eleição de um outro secretário geral.
Quem ganha?
Quem perde?
Os resultados eleitorais para o parlamento europeu são conhecidos...

28.5.14

Tudo na mesma

Afinal de contas, continuamos todos na mesma: tiveram lugar as eleições para o parlamento europeu com os resultados conhecidos e tudo segue com as velas desfraldadas beneficiando ou aproveitamento os ventos elísios...
Parece que os resultados eleitorais dos diversos partidos e agrupamentos políticos em todos os países que integram a união europeia pouco ou nada importam para os actuais governos, como se todos tivessem saído airosamente e com vitórias históricas ou menos históricas ou apenas vitórias de pirro.
É estranho que apenas tivéssemos tido conhecimento de umas quantas declarações de políticos dos governos da união no sentido de que os resultados eleitorais deveriam ser tidos em conta para que os problemas suscitados fossem resolvidos.
Até parece que só agora se entendeu que os programas de austeridade indispensáveis para a luta contra o défice orçamental e contra a dívida pública de todos os países merece uma atenção que vai em sentido contrário ao rumo tomado até aqui.
Até parece que todos os políticos de todos os governos que impuseram aos seus cidadãos estas políticas de vara pau e de chicote estão totalmente inocentes e não sabiam que estavam a escravizar meio mundo a favor de um meia dúzia de iluminados que sempre viveram por conta da miséria e da desgraça alheia.
Até parece que a aceitação de que a austeridade não é caminho para o progresso e para o desenvolvimentos dos povos já é de si um pedido de desculpas e concessão de perdão para toda a porcaria que se tem feito por essa europa fora.
Até parece que todos os inteligentes destes países europeus nem sequer pensaram uma única que vez que os seus procedimentos não iam beneficiar os cidadãos nem iriam resolver os problemas que pretendiam debelar.
Até parece que a união europeia tem uns quantos que sabem tudo e tem uma grande maioria que nem governar-se a si mesma sabe e deseja.
Afinal de contas tudo o que se passou nestes cinco anos não redundou em proveito da grande maioria dos cidadãos e muito menos serviu as economias de cada um dos países.
Afinal de contas para que se serve esta união europeia senão para manter uns tantos lá no alto e a grande maioria a trabalhar para eles e a tentar sobreviver sob o peso do poder e da sabedoria.
Afinal de contas para que se quer a união europeia se a convergência é cada vez mais um mito e a divergência é cada vez mais uma realidade.
Afinal de contas para que se quer uma moeda única se a união bancária está cada vez mais longe e cada vez mais afastada de uma hipótese de concretização a curto ou até mesmo médio prazo.
Afinal de contas para que se quer uma união europeia se nela não encontramos dois países que tenham as mesmas leis que regulamentam a carga fiscal das empresas e dos cidadãos.
Afinal de contas como é possível uma união europeia que tenha no seu seio uns quantos paraísos fiscais totalmente fora de controlo dos governos quer da união quer dos países que a integram.
Talvez que os resultados desta eleições para o parlamento europeu possam ter como resultado prático e programático de iniciar a abordagem e discussão de alguns dos problemas básicos indispensáveis para que se possa continuar a pensar que existe na Europa uma União Europeia, digna da confiança e merecedora do respeito dos milhões de cidadãos que acreditam que os milagres acontecem.
Quem está a perder o sentimento de pertença a uma união política e económica pouco interesse tem em discutir se as vitórias são de pirro ou se representam tão só uma posição de princípio determinado por uma percentagem ou por um número absoluto.
A verdade é que todos temos consciência que os poderes instituídos nos países da união europeia levaram uma tareia, pouco importando se as vitórias foram históricas ou se apenas foram vitórias sem merecimento de um copo de vinho por mais ordinário que fosse...

26.5.14

Agora...

Não ligavam puto ao que se passava com os protestos contra estas políticas que massacravam e escravizavam milhares e milhares e milhões de cidadãos por essa Europa fora.
Estavam convencidos que esses tais protestos não passavam de protestos que duravam uns tempos e passavam rapidamente.
Mostravam-se convencidos que as pessoas acabam por aceitar sem contestação que as necessidades criadas artificialmente e os sacrifícios impostos para as superar eram apenas um mal menor quando comparados com as desgraças que estariam eminentes.
Criam-se os salvadores do universo e seus arredores porque só eles sabiam o que era melhor para todos os seus súbditos que mal sabiam destrinçar uma batata de uma cenoura, como se a sabedoria fosse a qualidade suprema dos supremos senhores que mandam na europa.
Nunca pensaram que o pessoal da pesada, quer dum lado quer doutro, não se atreveria a pensar que era possível iniciar um movimento de protesto contra os poderes instituídos até às últimas consequências.
Ignoraram as vozes que se iam fazendo ouvir  nos cantos e nas esquinas como se elas estivessem totalmente debaixo do controlo dos senhores que mandam nas nossas vidas.
Estavam longe de pensar que seria possível um voto de protesto com algum significado que não fosse esquecer as urnas e ficar em casa ou passear-se ao sol, que parece ser uma das poucas coisas que não nos podem retirar totalmente.
Mas estavam enganados!!!
E agora?
Agora, todos os governos de todos os países da união europeia tomem nota do que aconteceu e pensem nas suas consequências.
Agora, todos os partidos políticos da governação e todos os partidos políticos da área do poder tomem nota do que aconteceu e pensem nas suas consequências.
Agora, não é aceitável que os senhores das instituições políticas, económias, sociais e financeiras da união europeia se atrevam a continuar a impor à plebe e aos seus escravos a austeridade, como se a culpa de todas as crises fosse desta imensa massa de povo que ainda tem a capacidade de se rebelar contra a injustiça e a degradação das suas vidas.
Agora, não vale deitar água na fervura para tentar acalmar os ânimos e continuar a utilizar os mesmos procedimentos por conta do controlo das contas públicas e do equilíbrio orçamental que têm ditado a imposição da austeridade aos pobres e aos remediados, deixando de lado aqueles  que se orgulham de não precisar de benesses de quaisquer governos, porque eles e seus comparsas mandam e controlar todo e qualquer governo.
Agora, vai ser necessário mais tato e mais cuidado na gestão das coisas públicas e privadas, uma vez que as costas começam a arrefecer e a coisa começa a ficar um tanto ou quanto feia para que se ignore pura e simplesmente.
Agora, devem ter presente que as vozes dos esquerdistas, dos anarquistas e de todos os "istas" podem juntar-se as vozes, aos gritos e aos protestos dos que se colocam do lado oposto com práticas muitas semelhantes e complementares.
Agora, toda aquela gente que tem vivido sob a capa do orçamento e a coberto da crise; toda aquela gente que tem estado no poleiro sem se dignificar a olhar para a miséria e a desgraça cá de baixo, deve tirar o azimute e estabelecer as coordenadas para ir a tempo de emendar alguma da porcaria feita nestes últimos anos.
As massas, quando em rebelião, são perigosas...

18.5.14

O dia seguinte

Logo que acordaram aqueles milhões todos da celebração do dia da libertação olharam para todas as paredes, madeiras e panos e móveis e máquinas e aparelhos de áudio e de vídeo para encontrar qualquer sinal de mudança entre o dia da escravidão e o dia da libertação.
Olharam para tudo e com os olhos esbugalhados e como que envergonhadamente atreveram-se a abrir as portas do frigorífico e da arca congeladora e, por espanto, tudo estava na mesma, não se notando qualquer mudança por mais ínfima que fosse.
O dia a seguir ao dia da libertação não tinha mostrado qualquer alteração no interior da habitação de todos aqueles milhões, excepção para todos aqueles que não tinham habitação ou que habitavam a casa dos outros e mesmo assim nada de novo naquelas bandas.
Se não houve qualquer mudança aqui dentro, certamente que lá fora e à vista de todos os milhões o dia após o dia da libertação ofereceria o ambiente mais deslumbrante que se poderia imaginar.
Os jardins da cidade estariam completamente floridos e limpos de toda a porcaria, incluindo a porcaria deixada pelos humanos; as avenidas da cidade não apresentariam buracos nem falta de pedras na calçada; os passeios estariam a brilhar; as árvores estariam devidamente podadas e tudo o que os olhos pudessem fixar apresentaria aquele aspecto etéreo com que a natureza brinda todos aqueles que a veneram e a conservam.
Certamente que lá fora, nos transportes públicos, nos transportes privados, nos serviços públicos, nos serviços privados, nas empresas públicas, nas empresas privadas todos aqueles milhões que celebraram o dia da libertação veriam e sentiriam que o tratamento dado estava acima de qualquer crítica, onde a boa educação primava, fazendo esquecer todos os maus tratos e todas as desconsiderações que os tais milhões encontravam em todos os lugares que eram obrigados a frequentarem para tratarem das suas vidas, dos seus deveres e dos seus direitos.
Certamente que tudo teria alguma mudança que se visse, principalmente nos novos recibos de salários e de pensões com mais alguns cêntimos, para que todos aqueles milhões que celebraram o dia da libertação ficassem a saber que alguma coisa mudara, mesmo que pouco ou quase nada se fizesse sentir, pois não era lícito esperar que logo após um dia apenas pudesse ser devolvido tudo aquilo que fora roubado durante os anos anteriores.
Muitos ficaram a analisar um pouco melhor as suas casas para ver se lhe tinha faltado alguma; outros saíram para rua à procura das novidades do dia após o dia da libertação para constatarem que tinha havido boas e decentes e válidas razões para celebrar o dia da libertação.
Ninguém pensava que no dia a seguir ao dia da libertação seria possível pendurar um novo conde andeiro; ninguém pensava que no dia seguinte ao dia da libertação pudesse ser possível dar cabo de um monárquico nem sequer alguém pensou em apanhar algum informador da polícia política que se fazia disfarçar e agora era todo revolucionário e andava de mãos no ar a dar vivas aos militares de cravo no cano da espingarda.
Ninguém esperava isso e talvez, por isso, ninguém estranhou que no dia seguinte ao dia da libertação não encontrasse qualquer novidade, qualquer coisa que diferenciasse o dia de hoje do dia de ontem.
Estava tudo na mesma até os mesmos gritos das mesmas pessoas nas acções da campanha eleitoral para o parlamento do poder supremo do expoente máximo da democracia universal...
Mas nada foi suficiente para fazer desanimar o desgraçado: se não se nota agora, haverá de notar-se no futuro, porque deuses há muitos e céus e infernos abundam por aí.
 

17.5.14

O dia da libertação

Eram umas dezenas...
Eram umas centenas...
Eram uns milhares...
Eram milhões e milhões e milhões...
Ocuparam o alto do parque...
Tomaram o parque eduardo sétimo...
Chegaram às barbas do marquês...
Arrasaram a avenida da liberdade...
Passaram pelos restauradores...
Encheram o rossio... 
Percorreram as ruas da baixa...
E quase que se esqueciam que ainda tinham a praça do comércio, antes do rio...
Mesmo assim, dois quiseram abraçar o cristo rei lá na outra banda e...
Lá foram para dizer ao mundo inteiro, ao ceus e aos infernos e a todos os univesos conhecidos e paralelos que o dia dezassete de maio do ano da graça de dois mil e catorze era proclamado como o "DIA DA LIBERTAÇÃO".
Por mais anos que se tenha vivido, por mais que se venha a viver, jamais se verá tamanha multidão a proclamar o dia da libertação.
Os centros comerciais ficaram para as moscas, os estádios de futebol continuaram v azios, as ruas totalmente desertas, enfim o povo acorreu em massa e na totalidade para realizar a maior de todas as manifestações para celebrar e instituir o dia da libertação, a vigorar para todo o sempre e por toda a eternidade até ao dia da ressurreição dos mortos.
"O DIA DA LIBERTAÇÃO" ? !!!
Ficámos livres da miséria e da probreza...
Ficám os livres da demagogia...
Ficámos livres da corrupção...
Ficámios livres da burocracia...
Ficámos livres dos ladrões...
Ficámos livres da dívida...
Ficámos livres...
Ficámos livres dos passos...
Ficámos livres das portas...
Ficámos livres dos seus meninos...
Não!!!
Porquê?
Não podemos ficar livres da democracia...
 

 

26.2.14

O cartão de crédito

Lá do assento etéreo onde foi colocado por obra e graça das forças escatológicas que governam o universo, o inefável, o sublime, o incomparável, o único monstro dos economistas portugueses a servir o seu senhor, botou faladura para alertar e chamar a atenção dos seus súbditos que deveríamos estar muito atentos à fraudes pelo uso de cartões de crédito na web.
Nós todos os que usamos os cartões de crédito para gastarmos o pouco dinheiro que nos restos depois de cobrados todos os impostos, vamos ter em conta os conselhos desta enorme personalidade dos meios financeiros europeus para que não caiam em saco roto e não tenham qualquer utilidade prática.
Vamos dedicar o nosso melhor a seguir estes conselhos, porque se estivermos à espera que este eminente senhor faça alguma coisa por nós estaremos em breve bem tramados mais uma vez, como ficámos tramados pela sua vigilância que dedicou às aldrabices do bpn e do bpp e de mais umas quantas que ainda não se souberam.
Mas fiquemos tranquilos porque alguém com esta dimensão está a olhar pelos nossos cartões de créditos e enquanto ele estiver naquele lugar teremos a certeza que nada de mal nos irá acontecer, podendo continuar a utilizar a guita de cada um para movimentar a economia, para salvar a rentabilidade do sistema financeiro europeu e continuar a pagar os ordenados desta boa gente que vela por nós.
Nada teremos a perder se confiarmos nas boas intenções deste de outros grandes economistas de semelhante calibre e idoneidade e reputação, porque enquanto as instituições económicas financeiras da união europeu estiverem a ser dirigidas e governados por estas eminências pardas, não há mal que sempre dure nem bem que se não acabe.
Quem estiver à espera que estas advertências e chamadas de atenção surtam os mesmos efeitos que as supervisões dos reguladores e de todos aqueles que têm como dever e obrigação a honestidade, a ética e o profissionalismo, bem pode tirar daí o cavalinho da chuva se quiser continuar a desfrutar de uma boa utilização do cartão de crédito longe, muito longe, da possibilidade da fraude e da aldrabice.
Apesar das advertências deste monstro sagrado das finanças europeias, nós vamos continuar a pensar que as fraudes do bpn e do bpp e talvez de outras ainda desconhecidas ocorreram por desleixo e incompetência deste senhor que agora nos dá conselhos sobre o que pode acontecer ao uso do cartão de crédito quando se movimenta dinheiro de plástico.
Talvez que um dia as coisas venham a ter sentido e as fraudes e aldrabices sejam atribuídas a gente concreta e específica por acção dos tribunais.
Não faz mal desejar a verdade.

25.2.14

Os cegos

Ando verdadeiramente entusiasmado com a perspectiva de se sair do programa de empobrecimento de uma maneira "limpa", isto é, de uma maneira que se veja que a água ainda corre pelos os nossos rios, principalmente durante o inverno e nestes últimos tempos, que têm sido altamente bafejados com carradas de chuva.
Este entusiasmo é deveras merecido porque deixarei de dar a minha contribuição financeira para pagar os custos da vinda de uns quantos inteligentes e avaliadores da porcaria que se faz por aqui.
Ficaremos um pouquinho menos pobres uma vez que nos vão sobejar umas quantas centenas de milhares de euros para pagarmos os juros da nossa dívida e que não vão entrar nos bolsos de meia dúzia de mercenários que não vivem de outra coisa que não seja de sacar algum a uns poucos que caíram na esparrela de pedir um programa de ajustamento.
Ficaremos todos satisfeitos porque os troikos vão embora e não teremos que disponibilizar as nossas contas para que sejam vistoriadas a pente fino por estes cérebros, porque os de cá não têm categoria para tal fazer com alguma dignidade e até seriedade.
Ficarmos livres e libertos de tal gente vai demonstrar que o facto de estarmos mais pobres do que há uns anos atrás não desmerece nada do que significamos como povo nobre e valente, que nunca virou costas a quem veio para nos ajudar.
Ficaremos muito contentes porque vamos reinicar uma longa travessia do tempo com mais confiança nas nossas capacidades, porque saberemos que valeu a pena ficarmos mais dependentes de terceiros, mais obedientes aos desígnios do destino, mais seguros dos caminhos a percorrer e saberemos sempre e em qualquer momento que a presença dos nossos senhores é a certeza de que estamos bem e seguros e protegidos.
De resto, os sinais de que tudo vai correr pelo melhor, que o capital vai estar presente, que os investidores vão continuar atentos, que os mercados não deixarão de investir, que as exportações continuarão a ter um crescimento meritório muito para além das previsões dos sábios, contrariando sempre as que todos fizeram e fazem, sem esquecer as do gasparzito, pois esses tais sinais estão aí para que todos os vejam e fiquem a saber que os muitos sacrifícios dos portugueses estão a dar os seus frutos: a economia está no bom caminho.
Só os pobres e os remediados é que estão mais pobres e menos remediados...

24.2.14

Tanta fartura

Já ando cansado de ter esperança em melhores dias com a rapidez suficiente para ter alguma possibilidade de deles desfrutar.
O mais grave de tudo isto é que já não tenho paciência para ter alguma paciência para continuar a ver e ouvir esta cambada de rufias que nos governa às claras e que manda em nós às escondidas.
E o que é mais grave ainda é que a sua grande maioria foram nados e criados pela minha geração, a geração que lhe deu quase tudo, desde a educação ao carro e à boa vida, apesar de todos os sacrifícios que foi preciso fazer para levar estra gente aos sítios e locais onde agora se encontra.
Ainda havemos de lamentar, se é que não o estamos a fazer agora mesmo, a má sina de levar esta gente à universidade e aos empregos, nunca faltando os comes e bebes e mais alguma coisa para que fique demonstrado que o homem e a mulher também não vivem só de barriga cheia.
Demos a esta gente tudo aquilo que agora eles nos estão a tirar.
Colocámos nas mãos desta gente todo o poder para fazerem e desfazerem a seu  bel-prazer sem qualquer obrigação assumida de prestarem contas ainda nesta vida e não no juízo final.
Como contributo e reconhecimento estão a fazer de nós os pobres, os tontinhos, os inúteis, que não merecem sequer o que ainda comem sem que haja a sorte de se marcharem muito rapidamente.
Demos ao mundo, isto é, demos a Portugal a geração mais capacitada da nossa história, a geração mais bem formada de todas quantas por aqui passaram, a geração que mais rapidamente assumiu o controlo e o exercício do poder, mas uma geração que não soube, não sabe e não sei se alguma vez saberá, exercê-los com dignidade e sabedoria.
Parece que tudo isto caiu do céu aos trambolhões como se fora granizo do grosso e bem grosso para gáudio e alegria de uns quantos que estavam no lugar certo e na hora certa com as mãos devidamente abertas e preparados para abraçar o destino sem se saber o como e o porquê.
Mas se tivermos um pouco de consciência dos movimentos sociais logo veremos que as coisas são assim mesmo e alguém será o bafejado da sorte mesmo que se encontrem injustiças tamanhas de bradar aos céus, tanto mais que elas vieram precisamente lá de cima.
Apesar da minha grande frustração e do mais alto desagrado pelo estado da coisa, ainda vislumbro lá no horizonte muito longínquo uma ténue luzinha que me alerta para a possibilidade de tudo isto ser varrido, qual onda gigante, bem para lá do alcance da nossa vista.
Entretanto, também já não tenho paciência para ver e ouvir actuais e ex de qualquer coisa a mandarem bocas e palpites sobre tudo e mais alguma, principalmente quando se sentem com a carteira bem recheada, sem que se saiba muito bem de onde vem tanta fartura.

Os coelhos

Andava eu muito preocupado em levantar umas grandes barreiras contra a invasão da propriedade material, intelectual, pessoal e imaterial, quando fui surpreendido por um enorme buraco que permitia todas e mais algumas das violações possíveis que andam por aí sem respeito por quem quer que seja.
Apesar de não termos grandes hipóteses de encontrar um esconderijo bem escondido para evitar que seja observado por tudo e por todos ou que me seja dada a oportunidade de não aparecer onde não quero aparecer e não ser olhado por quem tenho receio de alguma "vendetta", começo a pensar que isto não é possível e que tenho de sujeitar-me às normas e às regras definidas por quem as define ao serviço da comunidade e não do indivíduo.
Está bem de ver que isto não representa mais do que a vida coletiva que nos está sendo imposto, pois que não estamos em condições de pensar ser conveniente ou até possível viver numa cabana lá no deserto mesmo que seja sem amor.
Parece que começamos a estar fritos de verdade para evitar escrever uma palavra mais vernácula, apesar de representar e significar bem melhor o ponto da situação e todos os nossos sentimentos.
Andava eu a pensar que me livrava de ser contemplado com as ofertas, com as promessas, com as ideias, com os ditos , com as esperanças, com as convições, com as políticas, com os desejos, com os actos do coelho acabado de ser eleito para mandato como presidente do clube dele, mas enganei-me miseravelmente e caí na esparrela de ouvir umas vozes celestiais e melífluas que me chegaram aos ouvidos como que provindas  do espaço etéreo e como se tivessem sido mandadas por ANJOS E ARCANJOS PARA ALÉM DE TODOS AS VIRGENS que habitam os espaços celestiais de todos os universos ,mesmo dos universos paralelos.
Falava-se da social democracia, que já tudo estava melhor, que as exportações, que os capitalistas portugueses já investiam o seu dinheiro na criação de novos empregos, que os capitalistas já estavam a trazer para Portugual o dinheiro que tinham levado de Portugal, que as dívidas das empresas já estavam a ser pagas, porque os paraísos fiscais já não aguentavam mais capitais portugueses; que os bancos estavam a nadar em dinheiro que já se destinava comprar dívida pública mas e a pagar a sua própria dívida e a entrar na economia financiando novas fábricas e a criação de novos postos de trabalho, que já não havia novos despedimentos, que o serviço nacional de saúde já estava de saúde porque já não tinha dúvidas e até que os salários já estavam a ser aumentados mesmo contra o pensamento dos nossos ditadores, que a coisa estava a mudar tão rapidamente que os coelhos trabalhadores já estavam em vias de extinção e os coelhos da engorda estavam cada vez mais gordos, prometendo muitos e bons anos de trannsquilidade e de paz para estas bandas, mesmo que os contras se mordam de inveja.
Ainda não é desta, porque a vida é assim.
Há muita gente que gosta de levar em qualquer sítio desde que a dor se suporte e outros ainda não estão em condições de virar tudo de pantanas até que tudo se transforme de vez.

10.1.14

O Panteão

Fiquei altamente surpreendido com a quadratura da última quinta feira, tão só porque não esperava que aquela gente gastasse cerca de cinquenta minutos a falar sobre a mesma coisa que outros canais e outros grandes comentadores, políticos e jornalistas a propósito da transferência dos restos mortais do Eusébio para o Panteão Nacional.
E tanto mais surpreendido fiquei pelo facto de o primeiro dedicar quase cinco minutos para dizer que não ia nesse caminho como se já tivesse dado tudo para aquele peditório.
Reforcei a minha surpresa quando o segundo se preparava para dizer que ainda é cedo e que depois tudo, mas que agora, bom, o emocional e o racional... etcetera e tal...
Mas o meu espanto atingiu as alturas mais altas quando o pacheco dedica quase quinze minutos a desancar na imprensa em geral e na televisão em particular como responsável por quase tudo o que aconteceu nos últimos dias a propósito das cerimónias do funeral do Eusébio, tecendo considerações de um conteúdo altamente sofisticado, como se tudo se resumisse a um factor de pobreza cultural dos portugueses, que carecem de enaltecer até ao infinito as grandezas de dois ou três para compensar as misérias de uns quantos milhões.
Pensava eu que a conversa sobre o tema acabava ali, mas qual não foi o meu espanto quando tudo continuou no mesmo sentido levando-me a pensar que desta vez o jornalista deu mesmo a volta ao pacheco fazendo com ele e os outros incorressem no mesmo devaneio de todos os outros quando passaram horas infindas a dizer lugares comuns que toda a gente já tinha ouvido milhentas vezes.
Pensava eu que pelo menos o filósofo e o pensador e o historiador não se deixava enredar pelos malabarismos de um jornalista, mas desta vez, querendo justificar uma posição já de si perfeitamente justificada no que se refere ao Panteão Nacional, não resistiu a continuar na lenga-lenga de todos os outros, facto que me deixou verdadeiramente surpreendido por ter caído na esparrela e na armadilha que lhe foi colocada.
Estou perfeitamente convencido que, se o homem se deu ao trabalho de visionar o programa a posteriori, terá ficada arrependido de se ter deixado ir na maria vai com as outras, cantando e rindo como se tudo se resumisse ao Eusébio e ao Panteão Nacional.
Confesso que não aguentei os últimos oito minutos, porque considerei ter havido ali mais uma mistificação de uma personalidade considerada e respeitada por muita gente, utilizando-se o caminha da facilidade de do lugar comum sem acrescentar nada de novo aos factos em análise e se tivermos presente que nada fazia prever que todo o programa fosse dedicado à magna questão do Panteão SIM e Panteão NÃO.
No fim daquilo tudo quem se ficou a rir terá sido o jornalista moderador por ter conseguido levar o pacheco a percorrer caminhos que este não desejava e que tanto criticou quem os percorreu anteriormente.
Não levei a mal o procedimento do jornalista moderador nem tampouco o procedimento dos comentadores, mas achei tudo aquilo uma imensa fragilidade e incoerência dos interve nientes quando não se pouparam a criticar todos aqueles que tinham dito o mesmo durante os quatro dias anteriores.
Vem a propósito aquela do "bem prega frei tomás..."




7.1.14

O miserabilismo

Tal como acontece a quando da morte de uma personalidade de projecção nacional ou internacional aparecem as homenagens acompanhadas dos mais vulgares lugares comuns, de umas quantas histórias e de umas tantas palavras com significado que dignificam quem as profere e dão sentido à vida do homenageado.
Foi o que aconteceu durante todas as cerimónias do funeral do Eusébio da Silva Ferreira, conhecido e reconhecido aqui e além fronteiras como uma pessoa merecedora de todas as homenagens que lhe foram prestadas.
Fora as lágrimas de crocodilo de uns quantos que o sacanearam e o aldrabaram e o maltrataram em tempos idos, fica a intervenção de uma cidadã, com cabelo de cor de burro fugido à noite, de penteado à gladiador romano e a imperador de terceira categoria, com uma fácies pronta a receber botox ou à espera da devida intervenção estética, que desempenha altas funções na estrutura do estado português a falar dos elevados custos, na ordem das centenas de milhares euros, mais tarde corrigidos para umas quantas dezenas, que representaria a transferência dos restos mortais do Eusébio para o Panteão Nacional.  
Achei a dita intervenção de mau gosto tanto mais que foi proferida ali mesmo quando muitos milhares de portugueses viam ou ouviam tudo o que se passava à volta do Eusébio da Silva Ferreira.
De vez em quando ouvimos as coisas mais a despropósito que nem nos choca, mas estas mereceu da minha parte a minha mais profunda repulsa, pelo miserabilismo que significaram.
Pois aqui ficam duas sugestões para que a senhora presidente possa ter na devida conta: fale com o Vieira e no próximo domingo pede-se um euro aos presentes no estádio da luz para pagar a transferência do Eusébio para o Panteão Nacional ou então, se entender que isto é um bocado mesquinho e pobretanas e indigno, aumente um euro as refeições servidas no palácio de são bento e dois euros os whiskis velhos, as aguardentes velhas, os cognacs e o champanhe francês e o caviar e todos os mariscos durante seis meses e logo terá suportados todos os custos de levar os restos mortais do Eusébio da Silva Ferreira para o local onde repousam alguns dos maiores de Portugal, sem fazer figuras tristes e lamentáveis.

3.1.14

A vingança

Uma destacada e reputada comentarista da área do maior partido do poder dizia não entender a política do governo para com os reformados e pensionistas mostrando-se profundamente magoada com as medidas já tomadas tendo por alvo os funcionários públicos e os aposentados, às quais se vão somar estas agora anunciadas em substituição da chumbada convergência das pensões.
Não há muita coisa para entender na política do governo para com os aposentados se tivermos presente a fúria com que se atirou aos funcionários públicos, aos pensionistas e aposentados com vista ao ajustamento das contas públicas e à redução do défice para níveis impostos pelos nossos donos e senhores.
Ficou logo patente que tudo se ia resumir ao corte das despesas e ao aumento das receitas, sendo que naquelas estavam incluídas as reduções dos salários e pensões e nestas o aumento de taxas e de impostos, o que para os pagantes é tudo a mesma coisa. 
A política desta gente reduz-se simplesmente à consideração que estes governantes têm para com os pensionistas e aposentados, que não passam de um fardo e de uma carga para os cofres do estado, geridos por estes governantes de meia tigela.
Para o governo os pensionistas e os reformados não passam de uns indivíduos com o prazo de validade já ultrapassado, não passando de uns produtores de lixo e de porcaria, que ainda por cima custa dinheiro ao estado em limpar esta imundície toda.
Para o governo, gente que nada produz, gente que se manifesta, gente que protesta, gente que nada faz e gente que custa um balúrdio não tem razão de existir ou, pelo menos, não tem razão em levar uma vida como se se tratasse daquele indivíduo que passa o dia a trabalhar e a produzir e a contribuir para o produto interno bruto de uma maneira positiva e não como uma sanguessuga.
Mas estes craques estão a esquecer-se propositadamente e a ocultar informação importante à grande maioria dos portugueses quando se escuda na insustentabilidade do actual sistema de pensões e de aposentações.
De uma vez por todas e para que os portugueses possam manifestar algum respeito por este grupo de aldrabões seria interessante que nos dissessem o que fizeram estes e outros aos dinheiros da segurança social referente aos descontos dos trabalhadores e das entidades patronais e o que fizeram aos descontos dos funcionários públicos e dos aposentados e dos devidos pelos organismos oficiais.
Digam lá de uma vez por todos se a utilização destes muitos milhões de milhões de descontos foi sempre colocado ao serviço do pagamento das pensões e já agora que tanto falam dos custos do  sub-sistema de saúde dos funcionários públicos e dos aposentados digam também para onde foram e para onde vão os largos milhões de euros com origem nos descontos dos salários e das pensões destinados exclusivamente a esse sub-sistema de saúde, descontos que se somam aos referentes à aposentação.
É estranho que o governo não diga nada sobre este assunto?
Pois é, mas nós não esquecemos e não esqueceremos que o ódio gera ódio e a vingança serve-se fria na altura certa.
Ao fim e ao cabo, temos razões para considerar que a política do governo referente a este processo de austeridade não tem outra finalidade que não seja apressar a transferência da maior quantidade possível de capital da base para o topo, aumentando cada vez mais o fosso existente entre os pobres e os ricos pela eliminação pura e simples de uma classe média, que está quase a desaparecer, para gáudio e alegria destes governantes.

1.1.14

A noite

Fiquei altamente surpreendido, pela positiva, claro está, pela programação do canal público de televisão  na noite de passagem de ano.
Foi uma maravilha, porque tivemos a oportunidade de constatar como o canal público está a contribuir para a eliminação do défice e consequente ajustamento das contas públicas.
Assim deveriam ser todos os gestores das empresas públicas e todos os governantes relativamente às suas despesas, porque quem não tem capacidade para gastar não pode gastar e deve socorrer-se dos seus meios disponíveis e não entrar na mania das grandezas.
No mesmo sentido caminharam os outros canais generalistas livres que não alteraram a sua programação por causa da noite de passagem de ano, continuando com os seus programas de top de audiências, um com as cantorias e outro com uma coisa qualquer que eu nem sei classificar ou, melhor, nem quero dar-me ao trabalho de classificar, mas  que e apesar disto será o recordista de audiências como o é  de javardice.
Contudo, o canal público não deixou de entusiasmar o pessoal pela alta qualidade do seu programa de noite de passagem de ano com uma boa mão cheia de excelentes cómicos que deram todo o seu esforço e deram o seu máximo para que uns milhares de portugueses passassem uma noite deslumbrante.
Claro que não temos em conta o facto de se tratar de um programa em diferido querendo fazer crer que se tratava de um directo o que terá sido notado por muito boa gente, quando soube que o cómico máximo estava naquela hora a actuar em Lisboa, mas lá para os lados do terreiro do paço.
Este facto sem importância em nada desmereceu a noite televisiva do canal público, pois não tivemos que suportar aquelas imagens horríveis dos fogos de artifício de Lisboa, do Porto, do Funchal e de uma boa quantidade de outros locais quer em Portugal quer no estrangeiro, como o dubai, moscovo, londres, nova york e por aí fora.
Razão teve o canal público de televisão para nos poupar a este vergonhoso desperdício de milhares e milhares de dólares e de euros que poderiam ser poupados para alimentar milhares de pessoas que nesta noite morreram de fome e de sede por esse mundo fora sem ter a possibilidade de assistir à programação da nossa televisão pública para a noite de passagem de ano.
Fiquei muito contente por esta lição de economia dada pelos gestores da nossa televisão pública, pois ninguém poderá esquecer e ignorar que eles estão a gastar o dinheiro de todos aqueles que dispõem de um contador de energia eléctrica mesmo que não tenham rádio ou televisão e mostrar a todos os gastadores que é possível fazer coisa boa sem se importar seja o que for lá das estranjas ou do vizinho do lado, pois a prata da casa é paga para isso mesmo e não para ganhar uma pipa sem dobrar a espinha.
Por outro lado, não entendo nem percebo o atrevimento daquele canal por cabo que se deu ao luxo de estar em toda a parte com a sua gente em directo a mostrar tudo o que acontecia numa quantidade de locais onde o espectáculo era rei e senhor dos ecrans, havendo razão para perguntar de onde teria vindo a guita gasta naquele devaneio de jovem intrometido.
Aguardo, por isso, com alguma curiosidade o destino do aumento dos quarenta cêntimos por mês que vamos entregar ao nosso canal público para garantir estas maravilhosas transmissões dos próximos acontecimentos nacionais e mundiais sempre em diferido como se de directos se tratasse.
Já agora os gestores do nosso canal público poderiam dar a receita à ministra das finanças e ensinar-lhe como se governa uma casa gastando apenas o indispensável...