27.10.21

E agora?

 Aí está: o chumbo do Orçamento de Estado para 2022!!!
Quem esperava o contrário estava a ver miragens e esperava que no último segundo lá estaria um determinado número de votos que permitisse passar à próxima etapa, isto é, a discussão na especialidade.  
Os dados estavam lançados, as declarações partidárias estavam feitas e só as especulações dos jornalistas e dos comentadores, manipulados pelas acções com origem em belém, permitiam desenhar outros cenários.
A única coisa curiosa que eu ouvi durante este debate, embora apenas um terço da sua duração total, foi a constatação de ser criticado por ser demasiado à esquerda e por ser demasiado à direita.
Equidistante destas duas posições o proponente, que saiu derrotado.
Para mim não haverá qualquer inconveniente em novas eleições, dado que a minha pensão não será aumentada e os impostos serão iguais aos de todos os outros; tenho votado sempre e em todas as circunstâncias e nas próximas se não estiver totalmente impedido lá estarei.
Para alguns haverá alegrias, para outros haverá tristezas.
Contudo haverá um determinado número de pessoas, quase todas bem colocadas na vida, para as quais esta situação só traz benefícios: comentadores políticos e jornalistas estarão nas suas sete quintas dadas as oportunidades de ganhar umas guitas razoáveis com comentários e reportagens sobre tudo o que vai acontecer antes, durante e depois das eleições legislativas, contando ainda com o tempo da formação do governo, da elaboração de uma proposta de orçamento e da respectiva discussão na assembleia.
De modo que há muita coisa para analisar e comentar, mesmo que a grande maioria dos comentários e das análises se baseiem nas suposições e especulações dos jornalistas e dos comentadores...
A culpa???
É do POVO...!!!


21.10.21

A Injustiça

 Foi uma injustiça muito injusta o que as televisões fizeram ao presidente da segunda maior cidade do país e a mais importante logo a seguir à primeira.
Esperava-se que, depois daquele espectáculo estratosférico que envolveu a tomada de posse do presidente eleito da câmara da capital e da primeira e mais importante cidade do país muito para lá da importância real da segunda maior cidade, houvesse umas imagens em directo do acto semelhante do presidente da câmara municipal lá do norte.
Não sei se foi por esquecimento ou por má vontade, a verdade é que o este meteu no bolso o aquele, quando deveria ser ao contrário, porque o lugar natural de um é mesmo no ... e o do outro só pode ser no alto da torre dos clérigos... pelo que as televisões entenderam que um merecia e o outro não merecia, devido tão só e apenas a critérios jornalísticos...
Seja como for, é preciso ter em conta que na capital tratava-se do primeiro mandado conquistado a ferro e fogo, isto é, contra tudo e contra todos e lá no norte já lá vão não sei quantos, pelo que a festa podia limitar-se ao salão nobre da câmara, sem necessitar de fechar a avenida dos aliados à semelhança do que aconteceu com a praça do município da capital.
Por outro lado, tenha-se na de vida conta, que lá no norte cheira a independência dos poderes dos partidos e aqui na capital estava a fina flor da idade média, do renascimento, do século das luzes, da época contemporânea com algumas mostras de  modernismo...
Pensem agora como seria possível fazer deslocar à segunda maior e mais importante cidade do país nem que apenas metade das altíssimas individualidades que estiveram presentes na capital...!
A verdade é que a segunda maior e mais importante cidade do país não tinha, não tem nem nunca terá a capacidade, a possibilidade, a disponibilidade para sentar com toda a dignidade as estrelas mais brilhantes do firmamento da república portuguesa...
Pelo que.

16.10.21

A Glória

 Tenho andado a perguntar-me de quem será a glória por acertar no desfecho da crise orçamental.
Não tenho certezas nem absolutas nem relativas, porque as absolutas são dos comentadores e dos jornalistas e de alguns políticos e as relativas serão de todos aqueles que se querem resguardar para fazer os prognósticos depois da votação... 
Mas tenho a certeza absoluta que a glória está reservada para mim tão só porque me estou verdadeiramente nas tintas para o desfecho da crise orçamental: se o desfecho for aprovação do orçamento tudo bem uma vez que vou deixar de ouvir por uns tempos esta gritaria diária de jornalistas e de comentadores e de alguns dirigentes políticos que se aproveitam de todas as oportunidades para se fazerem ouvir; se o desfecho for o chumbo do orçamento fico muito contente e satisfeito por dois motivos: vou ter a oportunidade de ir votar outra vez e ver novas caras a proferir os mesmos bitaites que agora são proferidos por todos.
Eu sei que em qualquer da situações haverá para alguns choros e lamentações porque ainda não é chegada a hora do seu tacho ou tachinho que sempre dará muito jeito por uns tempos e para outros uma alegria reservada por se manter a situação, porque isto de alternativas democráticas no que se refere a "boys" e  "job" não têm pressa de acontecer...
Estou verdadeiramente satisfeito com o desenrolar dos acontecimentos, pois tenho notado que a maioria dos comentadores e jornalistas fundamentam as suas afirmações no famoso e sempre presente "se"... sen se atreverem a afirmar um resultado como se este, seja qual for, queimasse a garganta...
Outros valem-se do "se" para se questionarem ou para perguntarem o que vai ser o mais favorecido pelo chumbo... o que não deixa de ser curioso, uma vez que a pergunta deveria incidir fundamentalmente sobre quem será mais prejudicado, sendo certo que poucos pensam que o mais prejudicado seria... 
Não sou comentador, nem jornalista, nem político, nem governante, nem presidente... pelo que gozo de liberdade de omitir os meus bitaites...
 


15.10.21

O Chumbo

 É um "ego" maior que o mundo.
Maior que o mundo? Não!!! Maior que o Universo e arredores.
Não faço a mínima ideia do "viagra" utilizado que possa justificar a sua fantástica resistência.
Aparece em todos os lados não havendo convite que seja rejeitado seja para uma festa, seja para uma homenagem, seja para uma reunião, nacional, internacional e até mundial, etc.
Sempre pronto para mandar umas setas para tudo que se movimente.
Discursa sobre tudo e sobre mais alguma coisa nunca deixando que alguém ou alguma coisa fique sem o seu quinhão de contentamento, embora nunca o tenha ouvido a pronunciar-se sobre o processo de reprodução das lesmas e dos caracóis... mas com o tempo lá chegaremos...
Nunca faltou tempo para coisa alguma.
Agora deliberou que chegara a hora de lançar o caos nesta pátria desgraçada a cargo com graves problemas de todas as naturezas, sendo que o objectivo se centrava em pôr na ordem do dia a discussão sobre o  chumbo do orçamento e as eleições antecipadas.
Vai daí jornalistas, jornalistas/jornalistas, comentadores, comentadores/ comentadores, comentadores/jornalistas, políticos amadores e políticos profissionais, altas figuras dos partidos e do governo reagiram de imediato, qual reflexo condicionado, instalando uma crise que ninguém sabe se é real ou se é fictícia.
Toda a minha gente não quer eleições antecipadas, mas todos parecem querer votar contra o orçamento, porque é um orçamento que não presta...
Uns porque sim, outros porque talvez, outros ainda que não, porque... não.
As coisas estão assim: o caos está instalado, pois todos querem e todos não querem.
No meio desta tragédia a serenidade, a moral, a ética, a credibilidade, a estabilidade, o desenrolar e o fim da tragédia deslocam-se ali para os lados de Belém.
Por uma razão apenas: está ali o antídoto...
A glória!!!