26.2.16

A medalha

Desde há uns tempos a esta parte tenho mantido permanentemente o telemóvel dentro do bolso e, quando tal se torna impossível por qualquer motivo, saco do telefone fixo e faço-o meu companheiro e cúmplice de todos os meus atos.
Não posso e não quero perder a oportunidade de atender a tão esperada chamada com origem em belém para me dar a informação que, finalmente, chegou a minha vez de ser condecorado antes de o atual residente assentar arraiais lá bem para o sul onde não chateie ninguém.
Não tenho razões para duvidar do merecimento da atribuição de uma medalha à minha pessoa pelo simples facto de ver atribuídas as ditas a outros indivíduos que pouco ou nada fizeram para a merecer.
De modo que e bem vistas as coisas, o facto de se ser um cidadão normal, cumpridor de todas as suas obrigações sociais, morais, políticas, fiscais e tudo o mais, é motivo suficiente para ostentar ao peito a merecida medalha atribuída por quem de direito.
Tenho na minha coleção de medalhas umas quantas que me foram oferecidas  por muito menos mérito do que me é agora devido pelo simples motivo de nunca ter fugido ao pagamento de impostos e nunca ter aldrabado o estado em tudo e em mais alguma coisa.
Certamente que o que acabo de afirmar não será, não tenho muitas dúvidas disso, o caso de muito dos felizes contemplados com uma medalha que aguarda pacientemente até ao limite do tempo.
É verdade que já tenho umas recordações também deveras importantes como sejam uma lembrança oferecida pelo glorioso passados os vinte e cinco anos de sócio, o mesmo sucedendo com o acp.
Mas isto  nada tem a ver com uma medalhinha atribuída por tão eminente personalidade da nação.
Continuo a aguardar, porque ainda faltam uns dias para que o pessoal se veja livre desta fabulosa criatura que vamos deixar de ver de vez em quando ao serviço do povo para  nos fazer lembrar que os nossos pecados não foram perdoados e que continua a sua dolorosa expiação...
Vou lamentar profundamente a ausência de uma medalha e juro, aqui e agora, que nunca perdoarei tamanha afronta ao mérito de quem merece...

25.2.16

A experiência

Não sei o que mais fazer para resolver o meu magno problema.
Não se trata da discussão do orçamento; não se trata de saber se a austeridade acabou, se a austeridade continuou; não me interessa discutir seja o que for que ponha em causa esta obra magistral de homens mais magistrais ainda que dá pelo nome de "União Europeia".
E também não se trata de estar preocupado pela saída ou permanência dos ingleses na união.
A bem dizer estou-me perfeitamente nas tintas para tudo isto e também me estou totalmente nas tintas para a falência do maior banco privado alemão.
Por muito menos caiu o carmo e a trindade aqui em portugal e eu nem soube do que se tratou.
O que realmente me preocupa é ser ou não ser capaz de enviar para este sítio os meus textos escritos a partir do editor habitual, isto é, o meu editor habitual...
Este assunto dá-me a volta aos intestinos de tal modo que ando permanentemente chateado com esta matéria. e com umas fortes dores de cabeça, que me indique de prestação ao enormíssimo problema da ética na arbitragem do futebol português.
Na verdade não sei se ando chateado com esta dificuldade se com o facto de a europa continuar a ser inundada com pessoal a fugir da guerra alimentada pelos fabricantes e vendedores europeus de armas que tornam a guerra possível ali para aqueles lados.
Mas como o mundo é um mundo de hipocrisia total, que tudo continue na mesma, apesar de não ser capaz de publicar mensagens a partir do meu editor preferido.
Até quando?
Até quando for...