31.7.06

Reportagem

A desgraça e a miséria são uma dádiva de Deus para os jornalistas.
Se não, vejamos: já se lembraram de contabilizar o número de horas de “informação”, de “reportagem”, de “opiniões” e de “comentários” sobre o conflito do médio oriente nos seis canais de tv? E nós rádios? E nos jornais?
Comparado a isto só a campanha da Selecção Portuguesa de Futebol no Campeonato do Mundo da Alemanha.
Depois a maravilha de tudo isto é que só vimos o que de mais porco se verifica por lá, como se os jornalistas nada mais fossem que chacais à solta ou nada mais pudessem ser que enviados especiais da desgraça humana.
Mas eles gostam, de tal modo que não chega estar presente apenas um, uma vez que a grandiosidade do acontecimento exige muito mais recursos humanos. Daí que estão aos pares, aos trios, na frente de um lado, na frente de outro lado e ficam um tanto ou quanto chateados e aborrecidos quando não podem ir ao meio…
De vez em quando temos momentos fabulosos de reportagem…
Outro dia fiquei totalmente estarrecido e profundamente chocado quando tive a oportunidade de ver uma reportagem da tv pública sobre a descida das escadas da respectiva repórter para ir entrevistar o pessoal que se encontrava nos abrigos…Santa Maria dos Aflitos !!! As escadas nunca mais acabavam e ainda por cima havia curvas…”Como é que se sente”… …em segurança, pois claro, não vê que estamos no abrigo…
E aquelas reportagens fabulosas onde podemos admirar, contar e ver o perfeito alinhamento dos sacos de plástico, contendo, suponho, cadáveres de libaneses, dentro das carrinhas…!!!
A verdade é que se os nossos meios de informação, alguns pagos com a guita dos contribuintes, não tivessem enviado os seus enviados especiais ao coração do conflito não tínhamos o privilégio de estar tão bem informados como estamos, graças à voluntariedade e ao estoicismo dos nossos jornalistas.
Um pouco mais de dignidade, não fazia mal a ninguém e podiam continuar a rogar ao deus da guerra que não se lembre de influenciar os judeus no sentido de terminarem a sua acção criminosa…
Lá teriam que voltar a esta parvalheira, ainda por cima quando o pessoal está a banhos…

29.7.06

Perguntas

A vós, que sois intelectuais,
A vós, que sois inteligentes,
A vós, que tudo sabeis,
A vós, que olhais para as câmaras,
A vós, que tendes microfones,
A vós, que escreveis em jornais,
A vós, que sois chamados a opinar sobre todos os assuntos,
A vós, que sois especialistas de tudo,
A vós, a quem o mundo deve a inteligência,

apenas umas quantas perguntas:

Que povos habitam o Líbano?
Que povos habitam Israel?
Que povos habitam a Síria?
Que povos habitam a Jordânia?
Quem são as pessoas do Herzbollah?
Quem são as pessoas do Hammas?
Quem vende armas a Israel?
E quem as paga?
Quem vende armas ao Herzbollah?
E quem as paga?
Quem vende armas ao Hammas?
E quem as paga?
Que religiões são professadas em Israel?
Que religiões são professadas no Líbano? E na Síria? E na Jordânia?
Que povos habitavam toda a zona do médio oriente antes do estabelecimento das actuais fronteiras dos actuais países?
Há quantos séculos existem muçulmanos no médio oriente?
Há quantos séculos existem judeus no médio oriente?

Ficaríamos menos ignorantes…

27.7.06

Clube de Jornalistas

Sou um adepto fervoroso da navegação na tv: tenho o poder total à mão usando e abusando da capacidade de manipular o telecomando por puro prazer de usar a minha liberdade de escolha.
Não é que esta escolha seja totalmente livre; o que acontece é que sou “forçado” a procurar outras ondas, porque já não suporto ouvir e ver determinadas coisas pelo nojo e pelo asco que me causam…
Tudo o que seja programa de notícias, programa de análise política, programa de análise económica, programa de opinião e outros mais ou menos do mesmo género não ocupam muito tempo da minha atenção.
Paro onde não me sinta ofendido pelo que se vê o pelo que se ouve: nem mais!!!
Às vezes demoro mais uns minutos até me aperceber do que se está a passar e entender os caminhos ali trilhados e constatar tratar-se de intelectualismo do mais fino recorte ou do mais anacrónico estadio da evolução política e até da luta pela afirmação de uma identidade que não existe.
Ontem, tive a oportunidade de parar cerca de quinze minutos num programa da 2 que dá pelo nome de “Clube de Jornalistas”.
Dissertavam três jornalistas (?) e um militar sobre o actual conflito do médio oriente. Não havia dúvidas de espécie alguma: os culpados de tudo o que acontece no médio oriente foram os judeus, são os judeus e serão os judeus, tão só porque estão a ocupar uma terra que não é deles e que é dos outros.
Estes outros, claro, são os palestinianos, são os árabes, são os…
Com estes intervenientes não havia discussão possível sobre os acontecimentos do médio oriente: todos olhavam para o mesmo lado…
Para mim é igual: as bombas dos judeus são assassinas, as bombas dos árabes são assassinas.
Não sabia que a 2 tinha confissão…
Já agora que nos preste uma simples informação: quem manda no Líbano?

25.7.06

Bem prega Frei Tomás

Houve por aí muita boa gente que ficou surpreendida pela reforma do impoluto deputado Manuel Alegre por uma carreira na RDP, onde foi colocado logo após o seu regresso do exílio pós vinte e cinco de Abril.
Para mim não houve qualquer surpresa, tanto mais que com coisas de políticos nada me surpreende, nem as relativas ao deputado poeta, que foi candidato a Presidente da República, merecendo o voto de mais de um milhão de portugueses por se tratar do candidato da ética na política…
Agora, tomem lá e pasmem-se, quem se pasmar, principalmente aqueles que o elevaram ao mais alto dos pedestais da moral e da ética.
Embrulhem com lenço de linho…
Mas o que a mim me espanta é a ignorância da matéria manifestada pelo interessado: então o homem era funcionário público da RDP, sempre descontou para a CGA e não se lembrava? Não constava do seu “curriculum vitae”, porque não se lembrava, ou se tinha esquecido ou, talvez, por vergonha…
Por outro lado, está na AR desde há uma porrada de anos com o seu vencimento, sobre o qual deve descontar para a CGA e não tinha consciência que havia qualquer coisa que não batia certo?
Dois ordenados, dois descontos, todos os meses, todos os anos, com pagamentos de impostos e não se lembrava?
Nós, os cá de baixo, nós, os que só recebemos uma reforma, nós os que só recebemos um vencimento, teríamos algum interesse em conhecer em profundidade esta história, que, para já, parece muito mal contada.
Não acredito, pura e simplesmente, que a poesia, a pesca, a caça e o trabalho no Parlamento sejam razões suficientes para um esquecimento desta matéria…
Havia dois vencimentos? Havia dois descontos? Havia impostos sobre tudo?
Nunca houve uma carta da RDP para o seu trabalhador? A AR não comunicou a eleição à RDP?
Tanta coisa para esclarecer…
Se fosse um deputado qualquer, não me daria ao trabalho de escrever uma linha…
Mas tratando-se do deputado Manuel Alegre…
Que se continue a investigar … e de muitas outras situações surpreendentes teremos conhecimento…

22.7.06

Empresas Municipais

Eu não conheço o Secretário de Estado da Administração Local, mas eu não gosto do Secretário de Estado da Administração Local.
Eu não gosto do Secretário de Estado da Administração Local porque ainda não me esqueci do “importante papel” que este senhor desempenhou no chumbo da regionalização no tempo do Primeiro que se foi.
Apesar de entender que o senhor tem razão quanto a algumas afirmações relacionadas com as empresas municipais, principalmente no que se refere à sua gestão garantida por autarcas eleitos com pelouros atribuídos, espero bem que, desta vez, faça algum trabalho de casa.
Espero bem que, desta vez, não se limite a mostrar o penacho e a mandar umas bocas, mesmo que verdadeiras, e não apresente com muita brevidade legislação adequada para considerar haver incompatibilidade entre o exercício de funções de autarcas eleitos na Câmara Municipal e ao mesmo tempo em empresas municipais.
Que autonomia e independência se pode exigir a um autarca eleito a exercer funções em simultaneidade na câmara e numa empresa municipal e ter que votar documentos importantes e determinantes para a qualidade da gestão da respectiva empresa municipal.
Claro que o eleito bem pode não participar na votação da matéria referente à sua empresa municipal. Mas quando todos os vereadores e até o Presidente exercem funções  nas administrações das empresas municipais é o bom e o bonito: agora é a minha vez de ir beber café; agora é a tua vez de ir beber água; agora é a vez do outro para ir atender um munícipe; agora é o Presidente que vai fazer uma pausa...
Se os autarcas estão mal pagos, não é bonito, não é transparente, não é digno o que agora se passa...
Venha de lá esse tal legislação...

21.7.06

Directores-Gerais

Parece que o Governo se prepara para não gastar, isto é, para poupar um punhado de milhões de euros pela supressão de um bom punhado de directores-gerais.
Parecendo ser uma boa poupança, todos nos perguntamos o que vai acontecer aos tais directores-gerais: se deixam de ser directores-gerais, se passam à situação de reforma ou se voltam à sua situação profissional anterior.
Para quem está longe de entender o que se passa na Administração Pública poderá pensar que estes senhores não são precisos, pelo que os seus lugares estavam ocupados por interesses ocultos e sem qualquer justificação.
Admitindo que este juízo esteja errado e seja injusto para os tais directores-gerais, a medida do Governo levanta outros problemas. Então o que acontece aos chefes de divisão? Então o que acontece aos directores de serviços e, eventualmente, aos directores de departamento? Fica tudo na mesma? Não há mudanças? Não há poupanças? E todos os trabalhadores destas tais direcções gerais? Cá o pessoal do burgo gostaria de ser informado sobre essa matéria.
Causou espanto a muita gente uma afirmação do Ministro das Finanças: no primeiro semestre do corrente gastou-se menos dinheiro com os trabalhadores (empregados?) da administração pública, apesar da admissão de mais de dez mil novos funcionários.
Só os incautos e aqueles que fazem barulho por sistema, por vocação e por obrigação é que não entendem mais esta poupança, parecendo que a mais funcionários mais dinheiro gasto.
Pois! Basta pensar que entrou gente nova para o início das respectivas carreiras e saiu gente velha no topo dessas ditas carreiras, com a grande vantagem de ser gente com vontade de trabalhar e não pessoal à espera de reforma.
Sempre disse e sempre afirmei: se fosse Ministro das Finanças não haveria trabalhador da administração à espera de reforma…
Não se poupava só nos salários: então as comunicações, então o papel, então as fotocópias, então a internet, então as esferográficas, então o papel higiénico ????????
Sem ofensa para ninguém…A minha carreira contributiva durou trinta e nove anos e mais uns quantos meses.

20.7.06

Finalmente

Finalmente !!!
Depois de tantos anos passados, eis que, finalmente, um ministro, neste caso, o das Finanças vem anunciar, informar e comunicar o número total de funcionários públicos: os homens e as mulheres que são culpados de toda a porcaria que inunda este Portugal.
Sempre pensei, sempre afirmei e sempre estive convencido que não era conhecido por ninguém o número exacto de funcionários públicos. Mesmo agora e já depois do anúncio do Ministro das Finanças, continuo convencido que aquele número não é o número…
Não nos foi dito se naquele número estão incluídos os números das Câmaras Municipais, os números das Juntas de Freguesia, os números dos Institutos Públicos, os números de serviços autónomos, etc…
De qualquer maneira já se falava de mais de setecentos mil, cerca de oitocentos mil e se incluíssem todos os que são pagos com as guitas provenientes do OE, como todo o pessoal da TV pública, que não ganha para pagar os programas, então o número… o Ministro das Finanças teria que corrigir o número à maneira de um Primeiro, que já foi…
Mas que importa se o número é de quinhentos e oitenta mil e duzentos e noventa e um !!!
Ninguém vai a creditar no que o Ministro disse. Pela minha parte vou fazer que acredito, mas desde já afirmo que o número está errado, pois nele está incluído o inocência coelho, que hoje se finou…
Por outro lado a política do contra não tem qualquer interesse no número total: para eles só importa os dez mil que entraram no primeiro semestre deste ano da graça de dois mil e seis, sendo negligenciável a cor do cartão partidário ou até mesmo a sua existência.
Senhor Ministro, uma coisa é certa: o Senhor não contou com os avençados da Câmara da Capital…

19.7.06

2035

Sempre ouvi dizer que um dos grandes defeitos dos portugueses residia na nossa incapacidade para o planeamento a médio prazo e, muito menos, a longo prazo. Estávamos vocacionados para ver ao perto e nunca para olhar lá para a frente onde muito pouca coisa se vê com a nitidez dos dez metros.
Era uma maldição! Ninguém podia acreditar que falasse sério quem afirmasse qualquer coisa que demorasse mais de um ano a acontecer. Daí que ninguém acredite nos orçamentos anuais e muito menos nas grandes opões do plano, que obrigam a olhar para lá dos cem metros.
Mas as coisas estão a mudar: nos últimos tempos muito gente vem falando do que se vai passar daqui a uma boa dúzia de mais anos: a falência da segurança social, o crónico défice e muitas mais coisas, nomeadamente a incapacidade da aprendizagem da matemática…
Mas o que mais me espantou nestes últimos dias sobre a tal visão foi um estudo elaborado por um jornal da especialidade no qual se afirmava que as pensões dos portugueses perderiam 23% no ano de 2035… … …
Estou convencido que o autor (es) do estudo está (ão) a falar a sério e verdadeiramente convencidos das teses e das conclusões.
Como não li o estudo, (apenas ouvi a notícia) não faço a mínima ideia dos argumentos apresentados para fundamentar tais conclusões. A bem dizer, nem sequer me interessa ter conhecimento de tais argumentos: se me quiserem dar alguma informação sobre a matéria, para mim bastaria saber qual o preço do barril de petróleo no ano de 2035, se é que ainda haverá petróleo nessa altura…
Em 2035 ??? Tenham dó !!!
O pior disto tudo é que o Governo levou a sério esta brincadeira!!!
Fiquem descansados, pois as pensões serão mais elevadas em 2035 …

17.7.06

Avenças

Uma notícia de primeira página de um jornal de hoje dava-nos conta que o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa ia cortar nas avenças… Como só li o título fiquei sem saber se ia cortar no número se nos custos de cada uma…
Mas eu acho que as intenções do Presidente não são as mais correctas: estou convencido que seria bem melhor colocar muitos desses avençados a tratar da limpeza dos jardins da Cidade, para não falar da limpeza das ruas e repintura da sinalização horizontal. Para aquela, já temos uma boa quantidade de trabalhadores especializados, que agora se vão confrontar com a alteração do máximo de horas extraordinárias fixado pelo Governo; para esta, a cargo do sector privado, desde que o serviço seja contratado…
Já não damos a devida importância à limpeza do espaço público: ele está tão degradado, tão porco, tão nojento que temos alguma contenção em pisar a relva com fundado receio de nos vermos no meio da m…
Por outro lado, que falta nos faz a sinalização horizontal nas ruas da nossa Cidade: nem os peões a cumprem nem os automobilistas se importam coisa alguma, pelo que não faz diferença a actual situação. Pela minha parte, não é que me faça alguma falta; apenas entendo que os arruamentos ficam mais bonitos com umas linhas brancas nas bermas, no meio e às vezes e em determinados pontos às riscas como que a indicar alguma coisa de importante…
Se nós e eles nem aos sinais luminosos obedecemos pode questionar-se a utilidade dos riscos brancos e amarelos, que, às vezes, ainda descortinamos…
Será que alguém me poderia dizer quantos metros eu poderia pintar com a guita de uma avença…? Será que valeria a pena…?

14.7.06

Horas Extraordinárias

Se não me engano, foi ontem aprovada nova legislação para regulamentar as horas extraordinárias. Parece que o total anual de horas extraordinárias passou de 120 para as 100.
O Governo deve estar com uma vontade tremenda de nos oferecer mais uma regulamentação destinada ao caixote do lixo.
Todos nós sabemos que o limite de 120 horas extraordinárias por ano era ultrapassado nos primeiros seis meses, senão em menos. Com este sistema as aldrabices vão iniciar-se logo lá para o fim do primeiro trimestre.
No meio disto tudo, não faço a mínima ideia se o Governo faz alguma ideia do que se passa na Administração Pública no que se refere a horas extraordinárias.
Assim, se não for proibido também o trabalho em dias de descanso e em feriados tudo continuará como dantes, sem que alguém se preocupe com a despesa. Haja boa vontade para gramar tudo isto e entender que muita da legislação produzida é boa, tem óptimas intenções, mas a realidade é bem diferente.
De resto tudo vai continuar na mesma a recomeçar pelos gabinetes de todos os responsáveis políticos. Para nos convencerem do contrário, façam publicar a relação de horas extraordinárias, de trabalho em dias de descanso e os respectivos custos para que o pessoal não pense que se trata apenas de boas intenções...

Tive hoje conhecimento da decisão dos juízes italianos sobre aquelas coisas escandalosas do futebol italiano...lembrei-me do apito dourado...!!!

13.7.06

Assinatura

Foi hoje anunciado que o conselho de ministros deliberou que não há mais contratos de admissão de trabalhadores na administração pública sem a assinatura do ministro das finanças.
Muito bem. Haverá certamente muita gente que ficou com as barbas de molho e se não foram as barbas foram, pelos, os pelos do nariz...
Por mim, que não tenho intenções de me candidatar nem sequer a assessor, pouca diferença me faz que haja ou que não haja a assinatura do ministro das finanças...
Será que o homem não vai perder a paciência nos primeiros quinze dias da entrada em vigor da medida?
Será que o homem tem força e poder para resistir?
Será que o homem estará na disposição de enfrentar aquela gente toda, incluindo o nosso Primeiro?
Ou tratar-se-á de mais uma medida pautada e orientada pelas boas intenções e para calar o pessoal?
Não sei que dizer e também não tenho qualquer intenção de olhar todos os dias para o DR e tentar verificar o cumprimento da medida...
Oh minha gente!!! Pelo menos temos as boas intenções!!!
Como as do simplex...
No dia 30 de Junho paguei, via Internet, o imposto municipal sobre veículos; nesse mesmo dia o banco retirou-me a massa da minha conta, como seria de esperar...
Hoje, dia 13 de Julho, o sistema informático da DGI ainda não emitiu o respectivo selo, constando que ainda não foi pago...
Não há-de ser nada...

12.7.06

Assessores

Serão 100? Serão 200? Serão 300? Custarão 1 milhão? Custarão 5 milhões? Custarão 10 milhões?.
Aos que disserem que são, somem mais uns quantos e terão um número sempre superior.
Mas isto não acontece apenas nas câmaras municipais. Então os gabinetes dos secretários de Estado? Então os gabinetes dos ministros? Então os institutos públicos? Então as empresas públicas? E isto não é de agora; foi de sempre e de sempre será, até que queiram fazer uma “reforma” da administração pública no terreno e não apenas no papel.
Estes “escândalos” nem sequer são muito importantes!!! Importante seria se alguém nos dissesse quantos assessores legais e ilegais estão a viver à custa do orçamento e, princi palmente, quantos na realidade estão a contribuir com o seu trabalho para “merecerem” o emprego e a guita.
Desde já afirmo que nunca saberemos quantos são e muito menos se vão aos respectivos postos de trabalho pelo menos para receber a massa naqueles dias do fim do mês.
Como é que será possível pensar fazer uma reforma da administração pública se não se é capaz ou não se quer resolver o problema destes assessores (problema para quem…)? Mas não serão estes assessores (alguns) os peritos que dão os pareceres e fazem grandes estudos sobre a extinção de serviços e de lugares?
Comecem por acabar com cinquenta por centos do número de assessores actualmente existentes por desnecessários porque não trabalham e também cinquenta por cento de todos os dirigentes…que os contratam…
Quando alguém for capaz de fazer isto, tem feita cinquenta por cento da reforma da administração pública !!!
E olhem que não devo estar a exagerar…

11.7.06

Estou de volta

Estou de volta…
Não aconteceu nada de extraordinário… apenas montanhas de nada fazer, que é como quem diz, torrentes de preguiça e de muita vontade fazer coisa alguma !!!
Se para muitos isto seria um “pecado”, para mim não passa de um privilégio, que importa salvaguardar uma vez por outra para que toda a gente saiba que ainda existem pessoas livres e independentes…
Já me perguntaram como sou capaz de fazer destas coisas, isto é, como me dou o direito de nada fazer em proveito da humanidade.
Para estas perguntas tenho uma resposta límpida e transparente: agora já não tenho direitos próprios dos trabalhadores; agora tenho deveres devidos aos aposentados…
Quem quiser que entenda.
Para mim só existe um prazer e uma contradição: então agora será o Alentejo a resolver o problema da falta de água a algumas povoações da Andaluzia?
Para que saibam que a Alqueva já tem água…
De qualquer modo já ando mais descansado: já não tenho que ouvir o “professor” a falar do jogo da bola…
Parece que não o vou ouvir nos comentários aos jogos de hóquei em campo, que decorrem algures na Europa…