19.6.15

Os bilhetes

Está feito.
Todas as minhas preocupações de ontem foram todas lançadas para o "galheiro" de tal modo que me sinto totalmente "aliviado" e certo com todas as certezas do mundo.
Afinal o homem está bem se saúde e, pelos vistos, recomenda-se a sua audição.
Não tive a bênção e o privilégio de o ver nas televisões, mas tive a sorte de o ouvir numa das rádios falando como de costume: seguro nas suas afirmações como se se tratassem de verdades como punhos bem torneados e cheios de potência e energia para dar e vender e até emprestar.
Não foram afirmações sobre aviões, não foram afirmações sobre o capital português que vai tomar conta dos aviões com bandeira portuguesa.
Desta vez tratava-se dos transportes rodoviários e de carris da zona de lisboa, os quais vão ser subconcessionados a privados, mas com a garantia de que não haverá aumento do preço dos bilhetes a não ser o que possa surgir da inflação, mesmo que seja negativa...
Estamos todos de acordo em duas coisas fundamentais: o homem está em pleno uso das suas capacidades físicas e mentais e vamos ter melhores transportes ao mesmo preço, porque a iniciativa privada assim o garante com a garantia do secretário de estado dos transportes.
Podemos estar totalmente descansados e aliviados de que estamos perante a realidade e perante a verdade verdadinha, pois, se assim não for, teremos durante o dia de hoje o primeiro e o segundo a corrigirem os terceiros sobre o que queriam dizer e não sobre que realmente disseram.
Vamos ficando habituados a estas coisas, na certeza de que o que vale, como explicou o comentador oficial do regime, é o que se diz em último lugar, para dar crédito e veracidade ao adágio popular "... o último a rir".
Se assim não fosse, teríamos os cofres verdadeiramente cheios de poupanças e economias próprias e não cofres cheios de empréstimos para pagar os juros de empréstimos anteriores para que os senhores do mundo possam continuar a emprestar de modo a que se mantenha aquela coisa de "... a dívida não é para pagar" nem os emprestadores querem que a dívida seja paga, mas tão só que se peça mais para aumentar a dívida e pagar os respectivos
Estamos convictos de que o capital precisa de circular para juntar mais capital... e a 
única maneira de isto acontecer é continuar a emprestar para que os juros sejam pagos...

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