14.10.18

As notas

 

Apenas quatro notas sobre temas da actualidade, apesar do tempo que já lá vai:

 

Primeira: Talvez tenha chegado o momento de prestarmos mais atenção ao que, com alguma frequência e em determinadas épocas do ano, acontece ali para os lados das caraíbas e costa leste dos estados unidos. Sempre que acontece um evento meteorológico de trágicas dimensões, temos a tentação de pensar ou de imaginar que estamos devidamente resguardados de coisas semelhantes. Não é bem assim. E quando se anunciava que a coisa se dirigia para sul trazendo água abundante e ventos fortes alguém terá pensado que o Alentejo ia ter uma boa rega, mesmo que fosse para o galheiro alguma coisa de relativa importância. Ao fim e ao cabo, com água tudo se faz… mas não se aguenta uma repentina mudança de direcção seja do que for, tanto mais que as previsões do que aí vinha mereciam muita atenção e muito cuidado.

 

Segunda: Quando se pedia a cabeça do ministro da defesa por tudo e mais alguma coisa relacionado com o roubo e posterior devolução de material de guerra, eis que o primeiro resolve fazer uma remodelação governamental envolvendo quatro ministros e os consequentes secretários de estado, causando a maior surpresa pelo inesperado da situação. Quem se atreve a fazer uma remodelação ministerial e secretarial sem mandar uns zunzuns para a imprensa, para que esta tenha a possibilidade de mandar os seus palpites, alguns dos quais poderiam estar certos? Isto não se faz aos nossos adorados jornalistas, o que se pode e se deve considerar uma grande desconsideração.

 

Terceira: A remodelação governamental mandou para casa quatro ministros, um esperado a todo o momento, outro desejado por muitos e dois fora das previsões.

Curiosamente permanece o ministro da educação, cuja cabeça, tronco e membros são pedidos desde a sua nomeação. Porque será…?

 

 

Quarta: Apesar dos enormes prejuízos materiais causados pela passagem da tempestade tropical pelo centro do território continental, pode dizer-se que  nos deu a oportunidade de conhecermos mais uns quantos reporteiros dos nossos canais de televisão que nos concederam a rara oportunidade de apreciar a qualidade do português, principalmente na utilização sempre oportuna e em divido tempo do "então" e do "também", transmitindo a todos nós a convicção de que estamos perante guardas e salvadores da língua portuguesa. Não me esqueço dos "ash" e dos "osh", quando as palavras terminam em "as" "os"…

 

 

 

 

Enviado do Correio para Windows 10

 

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