Tive outra ideia, desta vez, por demais espetacular.
Pensei em dar uma voltinha pelo meu bairro e arredores e fazer umas pequenas observações de modo a construir um mapa das críticas e reparos a mandar ao senhor presidente da câmara da capital.
E pensei contar os objetos que, teoricamente, estariam fora dos seus lugares naturais, tais como: garrafas de vidro, garrafas de plástico, pedras da calçada soltas, buracos nos passeios, buracos nas vias, buracos nas ciclovias placas de pavimento soltas, placas do pavimento partidas, desníveis nos passeios, desníveis nas vias, passeios cheios de ervas, papeleiras cheias de lixo e mais um sem número de coisas que chamassem a atenção aos meus olhos.
Bem me esforcei por encontrar qualquer coisa atrás citada, mas qual quê!!!
No meu bairro não encontrei nada que justificasse mandar um recado ao senhor presidente da câmara criticando-o duramente por deixar todos os seus munícipes entregues à bicharada.
Nada encontrei.
Não fiquei furioso, mas apenas transtornada dos miolos, pois não tinha qualquer justificação para lamentar profundamente viver em Lisboa e no bairro que vi nascer...
Quando não temos motivos e razões para criticar, para denegrir, para exigir, para mandar umas bocas, ficamos sem trunfos para maldizer seja quem for e muito menos o presidente da câmara, nascendo dentro de nós ódio e a raiva por viver uma vida tão pouco atraente... que nada deixa para que a nossa iniciativa se manifeste para bem da sociedade...
Ao fim e ao cabo acaba-se-nos os fundamentos para pensar em alterar a nossa posição quanto ao exercício da democracia nas alturas eleitorais.
Se tudo está bem, se tudo caminha às mil maravilhas, se nada a apontar que valha a pena o esforço, se tudo funciona como deve funcionar, se...
O meu bairro é o máximo!!!
Sem comentários:
Enviar um comentário