26.2.14

O cartão de crédito

Lá do assento etéreo onde foi colocado por obra e graça das forças escatológicas que governam o universo, o inefável, o sublime, o incomparável, o único monstro dos economistas portugueses a servir o seu senhor, botou faladura para alertar e chamar a atenção dos seus súbditos que deveríamos estar muito atentos à fraudes pelo uso de cartões de crédito na web.
Nós todos os que usamos os cartões de crédito para gastarmos o pouco dinheiro que nos restos depois de cobrados todos os impostos, vamos ter em conta os conselhos desta enorme personalidade dos meios financeiros europeus para que não caiam em saco roto e não tenham qualquer utilidade prática.
Vamos dedicar o nosso melhor a seguir estes conselhos, porque se estivermos à espera que este eminente senhor faça alguma coisa por nós estaremos em breve bem tramados mais uma vez, como ficámos tramados pela sua vigilância que dedicou às aldrabices do bpn e do bpp e de mais umas quantas que ainda não se souberam.
Mas fiquemos tranquilos porque alguém com esta dimensão está a olhar pelos nossos cartões de créditos e enquanto ele estiver naquele lugar teremos a certeza que nada de mal nos irá acontecer, podendo continuar a utilizar a guita de cada um para movimentar a economia, para salvar a rentabilidade do sistema financeiro europeu e continuar a pagar os ordenados desta boa gente que vela por nós.
Nada teremos a perder se confiarmos nas boas intenções deste de outros grandes economistas de semelhante calibre e idoneidade e reputação, porque enquanto as instituições económicas financeiras da união europeu estiverem a ser dirigidas e governados por estas eminências pardas, não há mal que sempre dure nem bem que se não acabe.
Quem estiver à espera que estas advertências e chamadas de atenção surtam os mesmos efeitos que as supervisões dos reguladores e de todos aqueles que têm como dever e obrigação a honestidade, a ética e o profissionalismo, bem pode tirar daí o cavalinho da chuva se quiser continuar a desfrutar de uma boa utilização do cartão de crédito longe, muito longe, da possibilidade da fraude e da aldrabice.
Apesar das advertências deste monstro sagrado das finanças europeias, nós vamos continuar a pensar que as fraudes do bpn e do bpp e talvez de outras ainda desconhecidas ocorreram por desleixo e incompetência deste senhor que agora nos dá conselhos sobre o que pode acontecer ao uso do cartão de crédito quando se movimenta dinheiro de plástico.
Talvez que um dia as coisas venham a ter sentido e as fraudes e aldrabices sejam atribuídas a gente concreta e específica por acção dos tribunais.
Não faz mal desejar a verdade.

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