Eram umas dezenas...
Eram umas centenas...
Eram uns milhares...
Eram milhões e milhões e milhões...
Ocuparam o alto do parque...
Tomaram o parque eduardo sétimo...
Chegaram às barbas do marquês...
Arrasaram a avenida da liberdade...
Passaram pelos restauradores...
Encheram o rossio...
Percorreram as ruas da baixa...
E quase que se esqueciam que ainda tinham a praça do comércio, antes do rio...
Mesmo assim, dois quiseram abraçar o cristo rei lá na outra banda e...
Lá foram para dizer ao mundo inteiro, ao ceus e aos infernos e a todos os univesos conhecidos e paralelos que o dia dezassete de maio do ano da graça de dois mil e catorze era proclamado como o "DIA DA LIBERTAÇÃO".
Por mais anos que se tenha vivido, por mais que se venha a viver, jamais se verá tamanha multidão a proclamar o dia da libertação.
Os centros comerciais ficaram para as moscas, os estádios de futebol continuaram v azios, as ruas totalmente desertas, enfim o povo acorreu em massa e na totalidade para realizar a maior de todas as manifestações para celebrar e instituir o dia da libertação, a vigorar para todo o sempre e por toda a eternidade até ao dia da ressurreição dos mortos.
"O DIA DA LIBERTAÇÃO" ? !!!
Ficámos livres da miséria e da probreza...
Ficám os livres da demagogia...
Ficámos livres da corrupção...
Ficámios livres da burocracia...
Ficámos livres dos ladrões...
Ficámos livres da dívida...
Ficámos livres...
Ficámos livres dos passos...
Ficámos livres das portas...
Ficámos livres dos seus meninos...
Não!!!
Porquê?
Não podemos ficar livres da democracia...
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