Tal como acontece a quando da morte de uma personalidade de projecção nacional ou internacional aparecem as homenagens acompanhadas dos mais vulgares lugares comuns, de umas quantas histórias e de umas tantas palavras com significado que dignificam quem as profere e dão sentido à vida do homenageado.
Foi o que aconteceu durante todas as cerimónias do funeral do Eusébio da Silva Ferreira, conhecido e reconhecido aqui e além fronteiras como uma pessoa merecedora de todas as homenagens que lhe foram prestadas.
Fora as lágrimas de crocodilo de uns quantos que o sacanearam e o aldrabaram e o maltrataram em tempos idos, fica a intervenção de uma cidadã, com cabelo de cor de burro fugido à noite, de penteado à gladiador romano e a imperador de terceira categoria, com uma fácies pronta a receber botox ou à espera da devida intervenção estética, que desempenha altas funções na estrutura do estado português a falar dos elevados custos, na ordem das centenas de milhares euros, mais tarde corrigidos para umas quantas dezenas, que representaria a transferência dos restos mortais do Eusébio para o Panteão Nacional.
Achei a dita intervenção de mau gosto tanto mais que foi proferida ali mesmo quando muitos milhares de portugueses viam ou ouviam tudo o que se passava à volta do Eusébio da Silva Ferreira.
De vez em quando ouvimos as coisas mais a despropósito que nem nos choca, mas estas mereceu da minha parte a minha mais profunda repulsa, pelo miserabilismo que significaram.
Pois aqui ficam duas sugestões para que a senhora presidente possa ter na devida conta: fale com o Vieira e no próximo domingo pede-se um euro aos presentes no estádio da luz para pagar a transferência do Eusébio para o Panteão Nacional ou então, se entender que isto é um bocado mesquinho e pobretanas e indigno, aumente um euro as refeições servidas no palácio de são bento e dois euros os whiskis velhos, as aguardentes velhas, os cognacs e o champanhe francês e o caviar e todos os mariscos durante seis meses e logo terá suportados todos os custos de levar os restos mortais do Eusébio da Silva Ferreira para o local onde repousam alguns dos maiores de Portugal, sem fazer figuras tristes e lamentáveis.
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