6.11.09

Ainda o caso

Durante as minhas deambulações pelos canais de televisão por cabo fui "surpreendido" pelo jornal nacional de sexta-feira da tvi, sem a MMG mas com o caso "freeport": tudo continuava na mesma como se nada tivesse acontecido neste País durante este tempo todo.

Para além do mais e do que me foi dado perceber nada de novo no referido caso, parecendo que se pretende aplicar aquele velho provérbio de "água mole tanto dá até que fura", que é, no caso presente fazer "provar" que o Primeiro está implicado no processo de licenciamento daquele projecto.

A tvi lá continua na sua cruzada e pessoalmente espero que chegue ao fim concluindo o que tiver que concluir, mas que conclua qualquer coisa e não nos ande a maçar com a repetição das mesmas coisas semana após semana até às próximas eleições legislativas.

Fiquei surpreendido não tanto por se manter o caso "freeport" em antena com clara intenção de atingir o Primeiro, mas porque entretanto surgiram coisas novíssimas tão ou mais importantes que o licenciamento do dito, as quais mereceriam certamente alguma atenção por parte do pessoal do jornal nacional com ou sem a mmg.

Só que, bem vistas as coisas, estas coisas novíssimas estão a envolver pessoal de segunda como se de peões de brega se tratasse e não da figura suprema da política…

O que são varas e penedos e não sei o que mais a tratarem de sucata, ferro velho e lixo e toda a porcaria que gira nessa onda, comparados com a figura principal da política portuguesa dos últimos cinco anos?

Que bom seria se o agarrássemos bem de frente…!!!

Pois coisa nenhuma e por isso não tem interesse e quem se interessa por isso é porque não tem categoria de se interessar por quem realmente é importante.

Nós, os que vamos lendo, vendo e ouvindo todo um vasto conjunto de notícias que nos oferecem diariamente, também temos o direito de saber o que se vai passando de especial nesta santa terrinha , nem que seja o conhecimento ou o esclarecimento sobre quem passa todas estas notícias para os jornalistas que as fazem publicar nos seus respectivos objectos de trabalho.

Que o Primeiro "foi apanhado" a telefonar para o Vara? Tudo bem, foi apanhado a telefonar para o Vara, mas quem apanhou? Como foi apanhado? Por escutas telefónicas? Porque o telefonema foi feito na via pública? Quem fez chegar isso aos jornais? Sigilo profissional? Mas de quem? Do jornalista? Da Fonte? Quem é a fonte? Ninguém sabe…

Mas todos nós, que continuamos a acreditar na democracia que nem uns patinhos, estamos convencidos que o conhecimento só pode ser transmitido a outrem por quem tem esse conhecimento que transmite…

Quem tem conhecimento do telefonema do Sócrates ao Vara?

Eu digo: o Sócrates, o Vara e quem ouviu…

E agora as últimas perguntas:

O Sócrates informou os jornais?

O Vara informou os jornais?

Quem ouviu informou os jornais?

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