24.6.09

O Manifesto

Ontem tive a oportunidade de ler em jornal de papel umas notas sobre o famoso "Manifesto" dos 27 sobre os projectos das grandes obras públicas defendidas pelo actual Governo.

Parece que estas "eminências pardas" descobriram que se tornava necessário lançar para a praça pública a discussão da oportunidade destas obras públicas, dado que o País, as gerações futuras, a crise, as crises, o emprego, o desemprego, os fundos, a viabilidade, a rentabilidade…

Já se conhecia a posição de alguns daqueles nomes que assinam o Manifesto e podia mesmo depreender-se que outros teriam a mesma posição, mas que não seriam pessoas deveras importantes e sem a "auréola" da intelectualidade em matérias económicas para serem chamados a assinar tão importante documento, cujo objectivo fundamental era pedir uma maior e melhor apreciação dos projectos em curso.

Nós, as pessoas, que não fomos convidadas para assinar tal documento, ficamos satisfeitas por tal acontecimento, pois que não nos deram a oportunidade de contribuir para a definição dos novos projectos de obras públicas que venham a substituir as maluqueiras dos actuais ministros do actual Primeiro-Ministro.

Por isso ficamos à vontade para não disponibilizar a nossa vontade e até os nossos conhecimentos para se encontrar, definir e implementar uns quantos projectos de obras públicas que não venham a comprometer o futuro glorioso dos nossos netos e, muito menos, a impossibilidade de o título de campeão nacional de futebol de onze fixar-se ali para os lados da segunda circular em Lisboa durante, pelo menos, uma época…

Além do mais, sentimos que o nosso valor não ficará comprometido com o que se venha a fazer a partir e como resultado das teses dos "manifestantes" do Manifesto, uma vez que todos nós ainda nos lembramos um pouco do que aqueles senhores fizeram por este País quando estiveram investidos do estatuto de "ministros", de "secretários" e de administradores de importantes estruturas e empresas públicas.

Também muitos de nós podemos afirmar que não temos a mínima lembrança do que fizeram alguns destes senhores quando estiveram no "poder" a exercer funções governamentais e outras de igual importância, parecendo que o seu objectivo actual é fazer com que o mesmo aconteça nas gerações futuras a propósito do papel dos actuais…

Todos nós sabemos que estes economistas são os mesmos que levaram este País para a cauda da Europa e agora dão-se ao desplante de querer discutir o que outros já decidiram ou estão prontos para decidir.

Todos nós sabemos que foram estes senhores que não foram capazes de fazer uma única reformazinha que as gerações actuais tenham considerado relevante ou que as gerações futuras venham a orgulhar-se dos seus avós…

Desta vez o Bloco de Esquerda está à vontade: ainda não produziu um único grande economista que merecesse ter sido convidado a assinar o "Manifesto"…, pelo pode considerar-se "não responsável" pela "m…" produzida pelos manifestantes do Manifesto…

Já ouvi dizer que a política é demasiado importante para ser exercida pelos militares, mas agora atrevo-me a pensar que a economia é demasiado séria para ser exercida pelos economistas…


 

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