17.5.09

Um novo partido…

Pois é!

Bem tentaram os seus amigos mais próximos. Isto é, aqueles que se dizem e se fazem e se apresentam como seus amigos mais próximos, aqueles que queriam uma sombra para não apanhar sol e, eventualmente, um carrito para caminhar até à idade de reforma, ou até aumentar o seu montante ou mesmo viver um tanto ou quanto descansados e à sombra da bananeira e a fingir que detinham ou tinham alguma coisa que se relacionasse com o poder ou até que lhes desse mais uma oportunidade de aparecer nos jornais, nas rádios e nas televisões, ficaram tristes com a decisão do Manuel Alegre.

Queriam um novo partido, mas o homem não é tolo e muito menos tonto para entrar numa aventura dessa natureza. Quanto mais não fosse porque tem presente o que aconteceu ao General e ao seu acólito que, não fora a Companhia das Lezírias, nem sei bem por onde andaria.

Os seus amigos, os amigos da onça, mais precisamente, parece que desconheciam que o Manuel Alegre nunca participaria na aventura de constituir um novo partido político para navegar à vista e a contar os votos para ver se chegavam para eleger meia dúzia de deputados provenientes não se sabe donde: se do BE, se do PCP, se do PS, se do PSD, se do CDS, se dos Verdes, se da abstenção, se dos novos votantes, dado que a matemática dos amigos, que pressupunham que todos viriam da área socialista, não era certa, nem objectiva e não tinha sustentação possível.

O facto é que o Manuel Alegre tomou a decisão que melhor lhe convém actualmente saindo airosamente de uma enrascada em que se tinha enleado e cuja solução não era segura e apresentava mais riscos negativos que coisas positivas.

Ele sabia e sabe, mas os seus amigos, aqueles que andavam a seguir o rasto dos seus sapatos e a cheirar o odor das suas meias, parece que andavam embalados pelo sonho baseado naquele tal milhão de votos das anteriores presidenciais, sem curar de saber que aquilo já tinha passado.

E se o Manuel Alegre tem, deve ter, alguma pretensão política para o "resto" da sua carreira também política não era certamente na base daquela meia dúzia de individualidades e inteligentes que o circundavam nos últimos tempos.

O homem sabe muito bem que qualquer projecto político em que se possa envolver não está relacionado com o ser deputado mais quatro anos e eventualmente ser presidente da AR, o que poderia conseguir sem os votos dos socialistas.

Mas o outro sonho, aquele por que vale a pena alguma dedicação só com o apoio massivo dos socialistas, muitos dos quais já estiveram com ele aqui há uns anos antes, não contanto para nada aqueles amigos que se preparavam para pertencer á comissão política do novo partido que queriam impingir ao Manuel Alegre.

Por mim, acho que tinham razão, mas a política e quem dela vive tem sempre presente a irracionalidade das coisas…

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