Vou dar apenas duas ou três notas sobre os acontecimentos do último mês, mês e meio.
Em primeiro lugar, declarar-me não culpado nem sequer responsável pela derrota eleitoral do BE e do Louçã, principalmente nas autárquicas, dado que não fiz campanha por este meio.
Depois fazer notar que a asfixia democrática é um fenómeno muito interessante, principalmente para o JPP se entreter a produzir diatribes contra o PS como forma de expelir toda a sua bílis que se vai acumulando naquele corpinho e que não tem outro escape que não seja atirar-se como gato a bofe aos plenipotenciários socialistas.
De seguida fazer notar que continuam imparáveis os camaradas quanto mais não seja por se terem ficado à frente dos contestatários e descontes bloquistas envergonhados por não terem a coragem de votarem onde votavam normalmente como se poderia esperar, uma vez que a memória destas coisas não lá grande importância…
Por outro lado sinto que pelo facto de não ter escrito nada durante a campanha foi razão suficiente para que o Sá Fernandes ganhasse em Lisboa com maioria absoluta, pois se fora o caso, a ciclovia de Carnide teria bem maiores efeitos nefastos para o seu resultado final.
Estou ainda convencido que os votantes no António Costa lá tiveram que engolir uns quantos sapos, nomeadamente aqueles que se apresentam na lista de vereadores, alguns dos quais orgulhosamente eleitos, apesar das suas fortes simpatias pelo PS…
E para fechar esta coisa das eleições, por hoje, reconhecer que lá na minha terra triste as maiorias absolutas ganham-se com almoços, jantares e passeios e fazer crer que as pensões são pagas pela Junta de Freguesia e que os medicamentos o são pela Câmara Municipal… enquanto isso durar, durará a maioria absoluta…
Haja Deus… apesar de a vida ser nossa…
Pela primeira vez, vi e ouvi quase todo o "Prós e Contras".
Sem fazer julgamentos de valor sobre as presenças, sobre as intervenções, sobre a direcção do programa e até sobre as questões colocadas, atrevo-me a dizer apenas que a intervenção do Provedor da RTP foi a única coisa clara e verdadeira que se ouviu.
Tudo o resto foi ruído, como é classificada a porcaria que abunda nos órgãos de comunicação social, produzida pelos jornalistas…
Não sei se repararam que a condutora/moderadora não acertou uma quando se punha a adivinhar ou interpretar o que o Director do Público queria dizer ou dizia…
Pois é… a haver asfixia democrática é na serradura molhada que muito pessoal tem na cabeça por mais importantes que se queiram fazer…
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