1.5.25

A voz

 Por mais anos que viva nesta terra e neste universo e depois em todos os universos paralelos jamais me perdoarei a minha ausência no espetáculo espetacular do concerto que era ser do vinte e cinco de abril e foi do dia um de maio ocorrido nos jardins da residência oficial do primeiro.
Na realidade todas as minhas lamentações e todas as minhas desgraças por me ter esquecido de pelo menos ter a televisão ligada para ver e ouvir o dito concerto não são por ter desperdiçado o concerto do toni.
Bem vistas as coisas a minha desgraça jamais será compensada por semelhante ocorrência ao não acreditar que será possível apresentar-se a Portugal, ao Mundo e ao Universo e a todas as estrelas e galáxias e ainda a todos os seus arredores a nova e novíssima voz de Portugal: A VOZ DO PRIMEIRO!!!!!!!!!!! 
Dizem-me que nunca se viu e ouviu tal o deslumbramento do evento, pois nem um sequer dos presentes ficou sem uma lágrima ao canto do olho e um rosto do tamanho e com o encanto do firmamento...
Foi um momento como nunca se viu ao cimo da terra tal a potência daquele vozeirão que se ouviu muito para além da outra banda de tal modo que muitos passeantes sem nada para fazer a não ser passear se perguntaram o que raio estará a acontecer lá para os lados da capital!!!! 
Ninguém se atreveu a acreditar no que se ouvia dizer ser o  possuidor daquela bela voz que embalava o céu e terra e deixava o exército celestial um tanto ou quanto zangado porque nem o pedro, o paulo e todos os apóstolos e santas e santos e de mais corte do outro mundo mostravam esta maravilha...
Era a voz da nação que se atreveu a destronar a voz da terra...
Só me resta fazer penitência para o resto da minha vida tendo presente que os eventos desta natureza não duram mais que uma fração de segundo pelo que não se pode perder a oportunidade de estar presente num acontecimento que não se vai repetir nos tempos mais próximos...
E dizem que as piadas são apanágio só dos cómicos...
 

29.4.25

A luz

 Sou tentado a admitir, dado o período político que se vive quando tudo é aproveitado para um tempinho de propaganda eleitoral, que estou totalmente contra a vã glória de um qualquer ministro em fazer comparações entre a espanha, o chile e a itália na solução dos respetivos acontecimentos que puseram às escuras aqueles países.
Comparar a dimensão dos problemas causados pelos apagões verificados ontem em portugal e espanha com os apagões pretéritos no chile e  na itália é um exercício que a ética e a pouca vergonha deveriam proibir...
Parece que se pretende ignorar a dimensão territorial do chile, a dimensão populacional e territorial da itália e da espanha com o território e a população de portugal, como que acusando e denegrindo países  por terem demorado mais tempo que portugal para solucionar o problema.
Até a espanha que teve a ajuda da frança e de marrocos demorou mais tempo que portugal a dar luz ao território nacional continental atuando sem ajudas do exterior, mas com o apoio, a intervenção, o denodo, o interesse e fundamental e principalmente o envolvimento do conselho de ministros sempre reunido enquanto os portugueses aguardavam pela eletricidade esperada durante mais de dez horas.
Não restam dúvidas que não fora a boa vontade dos nossos governantes talvez a esta hora ainda estivéssemos esperando pela boa chegada da energia aos sítios e locais mais recônditos desta terra sagrada, que tão dignos representantes alberga.
Já começo a duvidar de virmos a ter conhecimento das causas do apagão ibérico, mas já temos a certeza de sozinhos sermos capazes de enfrentar qualquer problema do género sem ajudas e somente com as nossas capacidades bem mais depressa  do que os nossos vizinhos...
Começo a ouvir por aí umas vozes críticas sobre o tempo, a demora e o processo envolvido no trabalho a dar luz aos portugueses em tempo razoável.
Segundo dizem a existência de mais centrais de produção de eletricidade com capacidade de proceder ao arranque do sistema poderia  diminuir em grande parte o tempo de capacitar a rede para um abastecimento normal dos consumidores.
Dizem que mais duas centrais já era muito bom e até foram apontadas as barragens do baixo sabor e do alqueva a que se poderia juntar uma terceira para que o sistema respondesse com eficácia e rapidez por todos desejada.
Só que isto custa guita...
Coisa que não há que chegue para as encomendas...
Em vez do auto elogio e do palavreado inócuo...
 

 

25.4.25

A tese

 Se a memória me não falha, o que vai sendo habitual, foi a primeira sessão das comemorações do vinte e cinco de abril de mil novecentos e setenta e quatro a que assisti na totalidade, ouvindo e vendo todos os discursos mais as espetaculares intervenções dos jornalistas comentadores.
Não fora o extraordinário e brutal discurso do presidente, diria que a coisa decorreu mais ou menos como\ esperava, pensando, contudo, que valeu a pena ouvir e ver o circo do deputado centrista, do deputado liberal e claro está da sempre espetacular intervenção do chegado com as suas verdades verdadeiras salvo as mentiras, aldrabices e tudo o mais que se queira dele dizer.  
Mas o grande momento da sessão foi, sem dúvida alguma e com a certeza absoluta de acertar e de não me enganar, o discurso do presidente. 
Quem se atreveu a pensar que esperava uma intervenção centrada na política nacional com algumas abordagens à internacional ficou totalmente dececionado, pois acertou muito longe da mouche de um alvo a muitos quilómetros ao lado e à distância.
Estou mesmo a ver que haverá uma boa maioria de estudantes de filosofia e de sociologia que ficaram deliciados com o discurso do presidente porque tiveram a oportunidade de absorver umas quantas ideias para as suas teses de doutoramento: O PAPA FRANCISCO E O 25 DE ABRIL.
E digam-me lá se o tema não é altamente sugestivo e altamente dignificante para todos aqueles que não se importam de abordar temas e assuntos difíceis mas muito compensadores pelos esforços que são necessários envolver para que a tese seja merecedora de um "Suma cum laude".
Nem todos concordam com o tema do discurso do presidente mas devemos ter em conta que se trata de um momento político altamente sensível para todos os que acreditam que a democracia por mais vigorosa que seja pode correr os seus riscos, que o presidente quer evitar a todo o custo. 
Entre ser acusado de pretender favorecer alguma tendência política com a qual está comprometido falando dos problemas ligeiros, graves e gravíssimos com os quais o povo se enfrenta por exclusiva responsabilidade de governos anteriores ou até pronunciar-se antecipadamente sobre o que pensa fazer logo após o ato eleitoral no que concerne à formação do governo ou optar por causar a mais profunda estranheza sobre o tema escolhido, ninguém tem dúvidas que acertou totalmente no alvo quando trouxe o Papa Francisco para o 25 de Abril.
Uma jogada de mestre que vai ser lembrada e comentada durante algum tempo por jornalistas, comentadores, analistas, politólogos, especialistas de tudo de mais alguma coisa  tão só porque o tema não tem fim e é atual e sugestivo para muito boa gente e tanto mais valioso por inesperado que foi
Nem o diabo se lembrava...
 
 

 

13.3.25

Dos fundos

 O presidente falou e disse/decretou que as eleições legislativas antecipadas seriam realizadas no dia dezoito de maio de dois e vinte e cinco.

Mas antes deste anúncio perdeu uns bons minutos a calendarizar todos os acontecimentos até ao final do dia de ontem, como se todos nós não soubéssemos o que tinha acontecido.

Bem vistas as coisas o presidente demonstrou que passou ao lado da crise instalada unicamente e exclusivamente por sua responsabilidade ao não ser capaz de fazer qualquer intervenção no sentido de não permitir o desenvolvimento da crise  e assim evitar as suas graves consequências.

Ao fim e ao cabo o que se pode entender é que o poresidente não teve qualquer poder para meter-se à conversa com o primeiro e tentar o que ninguém podia tentar: influenciar o primeiro no sentido da estabilidade governativa em detrimento da posição pessoal e teimosa sobre o seu comportamento.

Se o presidente não podia ter qualquer papel  de intervenção a bem da solução final fica claro que o primeiro nunca ligou, não liga e não ligará absolutamente nada ao presidente como se este não passasse de um verbo de encher chouriços, o que já tinha ficado demonstrada por uma variedades de atitudes ocorridas nos parcos meses do reinado do primeiro.

No meu modesto  entendimento e sem pretender justificar a ausência do presidente e a sua incapacidade de suster a crise e dar um outro caminho à política nacional o facto é que o presidente começou a ser colocado de lado e à margem dos problemas e das soluções quando se viu envolvido na política caseira por obra e graça de um seu familiar.

A partir daí as selfies, os beijos e os abraços e as faladuras a propósito e a despropósito perderam fôlego que culminou na total inoperância e incapacidade de desempenhar o papel que lhe competia na solução desta tragédia política, que não vai dar qualquer solução de estabilidade governativa após as eleições legislativas antecipadas...

Eu sempre desejei que o presidente saísse pela porta grande quando terminasse o seu segundo mandato, mas a realidade vai ser outra e a porta será, certamente, a dos fundos...

 

12.3.25

O descanso

 Está feito: vamos ter novas eleições legislativas antecipadas.

Assim o quiseram os intervenientes mui dignos representantes do povo com assento na assembleia da república, a contragosto de alguns pois não sabem ainda se vão lá voltar ou se vão ficar de fora, o que não deixa de ser uma valente chatice.

Mas a vida é assim e não vale a pena carpir as respetivas mágoas, pois de nada serve atirar as culpas para o tipo do lado, esquecendo que quem podia ter evitado  a tragédia ficou calado todo este tempo, quando bem podia ter feito alguma coisa  para servir dignamente o pessoal.

Dá a impressão que se esgotaram as selfies, os beijos, os abraços, as declarações a propósito de tudo e de alguma coisa como se fosse sua obrigação pronunciar-se a toda a hora sobre tudo e sobre nada, nada dizendo que fosse de interesse geral.

Podia ter guardado nem que fosse uma pequena reserva para aplicar num momento de crise séria como a que aconteceu ontem, da qual ninguém sabe as consequências sociais, económicas e políticas para o povo em geral e para os próximos eleitos em particular.

O homem bem podia ter agarrado no telefone, armar-se em valente na sua qualidade de presidente e de tudo o resto que tem sobre os seus ombros e que vem arrastando desde há uns anos e atirar uns quantos berros clamando por um simples bom senso aos que tinham na mão a eliminação da tragédia.

Mas preferiu ficar calado quando milhões de portugueses teriam agradecido a sua intervenção de varapau nas mãos e lavar as mãos de toda a porcaria que se acumulava como se nada fosse com ele.

Está-se mesmo a ver que seguiu aquele adágio popular que às vezes se usa como motivo para a não intervenção: eles que são brancos que se entendam.

Estou cansado, dói-me a cabeça, ando a dormir mal pelo que... ainda tenho que ouvir os partidos, ouvir o conselho de estado, marcar eleições e descansar finalmente o bom e merecido descanso do bom guerreiro.

11.3.25

E caiu

 Depois de cerca de cinco horas de discursos, de gritos, de berros, de traquinices, de discussões, de opiniões, de malabarismos linguísticos, de apartes de mau gosto, de altercações, de coisas feias, de coisas bonitas, de rasteiras, de choradeiras, de acusações e de tudo e mais alguma coisa a moção de confiança apresentada pelo governo caiu...

Vamos ter novas eleições o que para mim pouco significado vão ter, dado que há muito tempo sei em quem voto e em quem não voto, não esperando nada de especial que venha a acontecer a não ser que pouco ou nada vai mudar.

que verdadeiramente me interessa não são as eleições legislativas mas sim dar uma vista de olhos pelo seu significado.

O que aconteceu não foi uma moção de confiança ao governo mas à credibilidade do primeiro ministro face às notícias do conhecimento público relativamente à sua atividade particular que levantaram montanhas de dúvidas que ele nunca quis esclarecer totalmente.

Na prática pretendeu-se apresentar uma moção de confiança ao primeiro, sendo certo que, concordando-se ou discordando-se, da atividade do governo não era este que estava em causa mas sim e somente aquele.

Com culpas ou sem culpas atribuídas a estes e àqueles, o certo é que vamos ter eleições legislativas porque ninguém quis dar o braço a torcer e todos tiveram as suas razões para tal comportamento.

Eu não me considero responsável por tudo o que aconteceu durante a tarde de hoje no parlamento. 

Mas os que lá estiveram e votaram não têm o direito de sacudir a água do capote... mas a realidade é que o povo não tem capote...

   

7.3.25

As viagens

 Por hoje vou deixar de lado a paródia oval e os respetivos desempenhos do imperador e do seu lambe cu, não me vou preocupar com a comédia tragico-cómica do parlamento e com as ações de uns quantos intervenientes ali ocorridas, não vou ligar aos muitos milhões que vão ser envolvidos para lixar o imperador e os seus seguidores do outro lado do mar e vou-me concentrar em dois trabalhos de dois meios de comunicação talvez com o propósito oculto de parodiar o novo aeroporto da capital lusa.

Há já não sei quanto tempo um canal de televisão deu-se ao trabalho de trazer ao nosso conhecimento todos os transportes que um qualquer cidadão teria que apanhar para se deslocar de um determinado ponto da zona da grande lisboa para o novo aeroporto da capital.

Tratou-se de um imenso trabalho de investigação ao qual devemos todos prestar as nossas homenagens como contributo para o nosso conhecimento e informação da trabalheira que vamos ter quando quisermos tomar o avião para o novo aeroporto.

Mais recentemente um outro canal de televisão abordou o mesmo tema mas de uma perspetiva diferente: um determinado cidadão pretendente a tomar um avião no novo aeroporto resolveu tomar um taxi na praça do comércio e solicitar uma deslocação ao sítio onde "será" construído o novo aeroporto de lisboa.

Lá nos foi dizendo que não era no campo de tiro de alcochete mas muito mais longe lá para os lados de canha e não sei o outro nome dado pelo passageiro do taxi. 

Ao fim e ao cabo o custo da viagem andaria muito perto dos oitenta euros, sendo certo que o mais delicioso da aventura está no que se seguiu.

Não querem lá ver que o distinto passageiro foi-nos indicando que este custo não tinha comparação com os custos de uma viagem de lisboa para londres, de uma viagem de lisboa para paris, de uma viagem de lisboa para veneza, de uma viagem de lisboa para... para... para... para...

Foi um enorme volume de informação que nos foi fornecida por um muito inteligente jornalista que terá dedicado parte do seu precioso tempo a recolher toda esta informação que nos foi, é e será muito útil daqui a uma dúzia de anos, de tal modo que não vamos prescindir de a gravar nos nossos neurónios.

Claro que tanto num caso como no outro, nós os tontos da televisão e os ignorantes da situação real desta terra, não deixaremos de considerar que os exercícios tiveram em conta que daqui a uma dúzia de anos os transportes públicos e privados vão ser iguais aos atualmente existentes, que todos os passageiros vão tomar o taxi na praça do comércio como se lisboa fosse apenas e tão só a praça do comércio...

Claro que os inteligentes que trabalharam arduamente nestas informações poderiam ter-se lembrado que daqui a uma dúzia de anos as coisas já não serão como hoje e que haverá certamente alguma evolução, que haverá muitas empresas vivas a fornecer transportes para todo o lado e principalmente que se poderiam lembrar de nos dar informação do custo de um taxi do centro de paris para o aeroporto charles de gaulle, do centro de londres para heatrow, do centro de roma para fiumicino, da gran via para barajas e até do porto para matosinhos e ainda de faro para o seu aeroporto...

Assim já estaríamos mais convencidos em ir a madrid para tomar o avião para o movo aeroporto de lisboa e daí para a praça do comércio  daqui uma dúzia de anos, mesmo que a nossa morada fosse em benfica.... 

Não haverá coisa mais útil para fazer nas redações de alguns canais de televisão...? 

20.2.25

Que os tenham

 O imperador continua a imperar cada vez com mais força de tal modo que já não cabe no seu império.

Agora trata-se de o aumentar o na base do poder a exercer no modo de pressão para que todos os escravos se sintam  na obrigação de se colocarem de joelhos e beijar-lhe os pés depois da devida e merecida vénia de submissão. 

O imperador está cada vez mais convencido que os seus desmandes se convertam, como quem não quer a coisa, em ordem para cumprimento imediato e se não conseguir tudo a bem lá virão as tais tarefas para vergar algum desgraçado que pense estar imune ao seu poder universal.

Até que um dia, que não tarde muito, alguém se lembre que o imperador e o império construído na base de tarifas, de ameaças, de mentiras, de aldrabices, de manipulações, de dinheiro, de favores, de subornos, não passa de um boneco com pés de barro que pode ser derrubado a qualquer momento...

Espero que estes políticos europeus se deem conta que é chegada a sua vez de enfrentarem o imperador e jogarem o seu jogo com as mesmas armas ou outras mais racionais e mais práticas porque dar a outra face e não ripostar dente por dente a coisa ao se resolve.

Uma das primeiras coisas a fazer é desmistificar todas as aldrabices que o imperador divulga por esse mundo fora dando conta que o seu império alimenta e mantém viva a vida dos europeus que não podem viver sem a sua proteção e envolvimento e que digam ao imperador de uma vez por todas que os escritórios, oficinas e habitações dos seus escravos europeus estão cheios de coisas americanas... 

De qualquer maneira tenham na devida conta que é possível correr com os americanos da europa e permitir que eles aqui entrem apenas para fazer turismo, para que o imperador adquira consciência que o seu poder pode ser corrido daqui para fora, começando pelo confisco de todas as bases navais e aéreas bem como todo o material ali existente, sem esquecer o encerramento de todos os escritórios de espiões e informadores aqui instalados e ainda reduzir para metade o pessoal das embaixadas e dos consulados existentes... 

Dentro de algum tempo os políticos europeus vão considerar uma boa hipótese de trabalho a constituição de uma aliança de defesa e segurança com a participação de mais alguns países vizinhos ou ameaçados pelo poder do imperador, nem que para tal seja preciso os tais cinco por cento pib, que se destinavam a comprar armas americanas a pretexto da defesa da europa... e a consequente expulsão do império...

Que acordem antes da guerra acabar com a consequente eliminação da ucrânia do mapa europeu...

Que os tenham...

 






14.2.25

Que se danem...

 Vou deixar o imperador a imperar lá no império e em todos os arredores do universo conhecido e vou dedicar umas quantas linhas à política caseira.

Nas minhas deambulações pelos canais televisivos dei-me conta da balbúrdia ocorrida ali para os lados de são bento, na casa da democracia portuguesa, em que estiveram envolvidos (as) os senhores representantes do povo, denominados normalmente por deputados.

Parece que alguns destes eminentes portugueses que se arvoram o direito e o dever de falar em nome do portugueses perderam as estribeiras e passaram às altercações próprias de pessoal da pesada que têm por hábito resolver os problemas à ofensa e à diatribe contra quem quer que seja, passando da individualidade para a generalidade como se todos nós tivéssemos o mesmo rótulo gravado na testa...

Já passei daquela fase em que qualquer coisa menos corrente e fora do comum me incomodava e me fazia pensar que havia muita gente indigna e não merecedora de viver em comunidade, passando a não me admirar com muitas coisas que se passam por todo o lado e com toda a gente sem que se perceba a razão e o fundamento de tais procedimentos.

Perdeu-se o costume de resolver as desavenças pessoais com um bom duelo, uma boa briga com umas quantas bofetadas pelo meio, sem esquecer as navalhas de ponta e mola, os bastões, as mocas de rio maior, estas bem conhecidas de alguns dos senhores deputados sentados nas cadeiras da casa da democracia, pelo que a melhor maneira de ultrapassar as questões é o recurso à ofensa verbal, tão baixa quanto não baste.

Na fase em que me encontro, onde me estou totalmente nas tintas para o que se passa e ocorre no parlamento português, a única coisa que me poderia chamar a atenção para me poder preocupar mesmo ao de leve seria uma sessão onde ocorresse uma boa batalha campal, cabeças partidas, sangue a escorrer do nariz, braços ao peito, olhos negros, cabelos puxados e aos molhos entre as cadeiras, ao que se seguia uma boa quantidade de enfermeiros, médicos, auxiliares, macas, bombeiros e uma verdadeira multidão de jornalistas e fotógrafos para documentarem a sessão que se tornaria viral nas redes sociais de que tanto se fala.

Ficaria, finalmente, descansado e convencido, da idoneidade social e política dos nossos representantes que justificam a nossa democracia.

Enquanto isso não acontecer bem podem berrar alto e a bom som, porque para mim só existe uma expressão que carateriza a minha posição: que se danem... e que não chateiem...

11.2.25

O resort

 O imperador continua a mandar recados por todo o universo, não perdendo uma oportunidade de avisar os seus escravos que há um preço a pagar por serem vizinhos de um império tão forte e tão grande que se dá ao luxo de ditar novas leis para manter a ordem mundial.

Não faz coisa por menos e quem quiser dar a provar os produtos existentes fora das fronteiras do império só tem uma solução: paga uma taxa cobrada à entrada para que possam ser consumidos ou utilizados pelos súbditos diretos e residentes.

O imperador continua com as ameaças a todos os que não prestam vassalagem direta incluindo aqueles que se estão borrifando para o que ele faz e pensa, embora receiem alguns contratempos mas manifestamente insuficientes para causarem uma dor de cabeça a precisar de um comprimido. 

É estabelecida mais uma taxa? Então a resposta é feita com uma outra taxa para que o imperador tenha tino na cabeça e não pense que todos são uns tontos e uns cobardes que se ficam com as mãos agarradas à cabeça e não saibam o que podem fazer perante todos estes desplantes.

Joga-se as guerras das tarifas alfandegárias, estando o imperador convencido que só os seus vizinhos do universo sofrem e se preocupam com tantas tarifas a tantas coisas produzidas por esse mundo fora, mas que são necessárias à vida corrente dos seus súbditos ali residentes.

A história das tarifas já não está a preocupar muitos dos vizinhos, porque os maiores já deram ou estão a preparar as devidas respostas em tudo semelhantes às decretadas pelo imperador. 

Agora o que está ordem do dia são os decretos imperiais sobre a situação mo médio oriente, onde o imperador sem dar cavaco a ninguém decreta que vai transformar o deserto de gaza num imenso resort turístico para que o império e seus arredores possam gozar de merecidos tempos de descanso, prazer com boa cama e boa mesa à disposição de quem tiver guita para pagar.

Para além deste projeto tem um pequeno problema para resolver: o que fazer com o pessoal que vive há já muitos anos? Embora não seja a sua grande preocupação não deixa de apontar a solução que passa, nada mais nada menos, por enviar aquele pessoal para um lado qualquer desde que não seja para dentro do seu império, pois há por esse mundo fora muitos desertos e muitos espaços completamente desabitados e onde se podem construir melhores habitações do que aquelas todas partidas e escavacadas que se veem em gaza e até com ar condicionado e água corrente... 

Solucionado este pequeno problema irá tratar do gelo próximo do polo norte onde bastarão uns cem mil milhões de dólares para tornar milionários os poucos milhares de residentes na grande ilha que se vai tornar mais um estado do grande império logo que resolvido o problema da sua independência e dependência de uns quantos miseráveis e pobres e desgraçados europeus...

 

 

 

.os súditos

5.2.25

A ficar chalupa

 O imperador está a perder a cabeça: parece que não terá reagido da melhor maneira à resposta dos chineses no que se refere às tarifas alfandegárias, dando a impressão que estaria convencido que os amarelos ficariam a tremer de medo e mais hora menos hora fariam a vontade ao pretenso dono do universo.
Se os colombianos curvaram a coluna, se os mexicanos tremeram dos pés à cabeça com receio de reforço do muro, se os canadianos disseram que a coisa merecia mais atenção e preparação do processo, os chineses responderam na mesma moeda e sem avisar, para que o imperador tenha bem presente a realidade do oriente muito longe de obedecer às diatribes de um lunático qualquer, mesmo que esse lunático seja presidente dos staites...
E assim lá vão umas quantas tarifas aduaneiras sobre produtos americanos para que se tenha presente que que estas coisas são relações entre países e não a vontade e a prepotência de um sobre todos os outros. 
E para que a coisa não se reduza a tarifas é lançada uma investigação à atividade da google, uma vez que não esqueceram o que se fez nos staites ao tic-toc...

Mas a mais espetacular ação do imperador está relacionada com o seu desejo íntimo de transformar a faixa de gaza num imenso resort para o colocar à disposição dos milionários americanos seus amigos a fim de passarem os longos dias das suas merecidas reformas, o que implica pura e simplesmente a  expulsão dos palestinianos daquele espaço à beira mar plantado como se se tratasse de um rebanho de ovelhas em jeito de transumância.
A ideia não lembra ao diabo, mas lembrou  ao imperador que o tinha afirmado anteriormente em momentos diferentes do seu percurso político, o que pareceu mais uma maluqueira para gozar com os súbditos mundiais: aquele espaço está quase todo partido, os judeus querem partir o resto, depois é preciso limpar tudo, de seguida um espaço limpo deve ser ocupado, os que lá estavam já não estão, de modo que nós ocupamos aquilo, fazemos um resort de quarenta e tal quilómetros de praia com um sol esplendoroso e alguém tratará de dar guarida os primevos residentes...

Digam lá se o imperador não está a ficar chalupa...

3.2.25

Três meses

 O imperador continua a desempenhar o seu papel de pretenso dono do universo distribuindo ameaças a torto e a direito sem deixar de lado quem quer que seja e quando não é ele diretamente encarregam-se disso os seus escravos diretos e prediletos.

Mas os primeiros a reconhecer o poder do imperador foram os colombianos e viraram o bico ao  prego e beijaram os pés do imperador.

Seguiram-se os mexicanos que adiaram o inevitável e não ofereceram a resistência que se esperava: bater o pé ao imperador porque aqui quem manda são os que cá estão.

Os panamianos já disseram que o canal é deles e quem vai continuar a mandar são eles e mais ninguém digam lá o que disserem apesar de todas as ameaças já proferidas e todas as pensadas.

Os canadianos já ripostaram e decretaram também eles as suas tarifas em resposta às impostas pela imperador que a serem levadas a cabo não deixarão de causar moça a economia do império.

À espera do que vai acontecer estão os europeus, principalmente os países da união, que não terão muito tempo para preparar a resposta às tarifas que estão a ser preparadas pelo imperador, que tem um pó danado a esta parte do universo seu vizinho e se está nas tinta para o que estes possam pensar.

Curiosamente o imperador teve algum bom senso para decretar as tarefas aduaneiras ao seu máximo concorrente, havendo quem pense que a coisa está a tremer e qualquer dia menos dia o entendimento vai dar-se a contento de ambos, embora a ilha não veja com bom olhos o que se pode cozinhar sobre o seu futuro.

Os dinamarqueses já foram avisados que a sua grande ilha não foi esquecida e o imperador não deixará de a tomar seja lá em que altura for mesmo contra o que possam pensar uns e outros porque quem é imperador é que manda e todos os outros nada podem fazer que renderem-se à evidência: o imperador quer, o imperador tem... e se não lho dão só lhe resta a apropriação...

Por mim a coisa tem uma solução: quem quiser obedecer que obedeça; quem quiser desobedecer que desobedeça sem deixar de dizer ao imperador que a coisa não é só como ele quer, uma vez que outros ainda têm vontade e liberdade...

Se a coisa não resultar então vem o remédio santo:

-  retaliação com tarifas iguais,

- três meses sem importações de produtos do império...

1.2.25

O pessoal do gelo

 Esperem sentados num muito bom cadeirão resguardados pela sombra de um bruto "sombrero" se estão à espera que o nome do golfo seja revertido à sua anterior denominação e não vale a pena os esforços junto da meta/google porque o bilionário esteve presente na entronização do imperador numa das filas da frente para o que terá aberto os cordões à bolsa como já tinha acontecido durante a campanha eleitoral.

As coisas tendem a ser a contento de quem manda e quem manda quis mudar o nome do golfo para o adaptar à realidade do espaço: ficava mal ser o golfo dos staites pelo que ficou o golfo da américa, nome mais lógico e mais adequado por englobar os dois países.

Não deviam ter incomodado a tranquilidade do bilionário da meta/google porque não tiveram presente que o crack está de boas relações com imperador e não esteve com meias medidas: o nome do golfo está mudado e para que não fiquem a pensar demasiado tempo no assunto tomem vinte e cinco por cento de tarifas alfandegárias e intercedam agora junto do senhor x que ainda é pior que o anterior.

Quanto ao nome o remédio é continuarem com o de origem porque relativamente aos vinte e cinco por cento das tarifas podem deixar de importar produtos lá dos staites tendo o cuidado de continuarem a mandar o que até aqui nunca deixaram de mandar e que é do agrado e desejo dos súbditos do senhor imperador...

O homem não demorou muito tempo para cumprir as ameaças feitas aos vizinhos do sul, embora também se tenha lembrado de que os do norte estão na mira: para começar tomem lá os vinte e cinco por cento de tarifas alfandegárias para não ficarem a rir-se dos desgraçados do sul, uma vez que o sol nasce para  todos e todos precisam de comer qualquer coisa.

Parece contudo que o que está a preocupar mais e está a fazer a cabeça em água ao imperador situa.se um pouco mais a nordeste: os pessoal do gelo está em pulgas para domar conhecimento do que o imperador prepara para invadir a ilha. 

Será que o vai fazer com drones?
Será que o vai fazer com aviões bombardeiros?
Será que o vai fazer com bombas atómicas?
Será que o vai fazer com submarinos?
Será que o vai fazer com porta aviões e com toda frota do atlântico?
 
Por sim pelo não, o pessoal do gelo está a escavar trincheiras, não vá o imperador lembrar-se de tentar invadir a ilha com os marines e com os gi...

29.1.25

O que importa

 No âmbito da política caseira mudar de opinião seja lá  sobre o que for torna-se deveras perigoso para a credibilidade de qualquer agente político, parecendo que a alteração de uma determinada posição sobre um determinado assunto é matéria que requer muita ponderação e muito bom senso sob pena da cair o carmo e a trindade sobre quem tem a ousadia de mudar de opinião, mesmo que o tema seja de lana caprina e sem qualquer interesse.

Contudo a coisa chia mais fino se tivermos em conta que a opinião pública depende na grande maioria das circunstâncias de uma meia dúzia de iluminados que vivem à sombra do que pensam e dizem os agentes políticos dos partidos ou movimentos de maior dimensão e que representam muitas vezes o pensamento da sociedade, devendo por isso terem em conta que estão sujeitos aos olhares penetrantes de muita gente.

Apesar disso tenha-se na devida conta que qualquer espirro de um determinado político pode desencadear um conjunto de reações umas vezes com algum significado e outras nem tanto.

Por isso nem sempre se entende a barafunda e a balbúrdia que se apodera dos fazedores de opinião quando um político se passa dos carretos e manda um bomba para o ar, umas vezes para experimentar o nível de atenção do pessoal, outras para se fazer ouvir e outras ainda para manifestar uma determinada posição sobre um determinado assunto de que se fala e se opina nos meios de informação.  

Somos levados a pensar que um qualquer indivíduo com responsabilidades sociais não pode nem deve alterar a sua posição política, social, ideológica ou até filosófica sobre uma determinada matéria importante ou não, mantendo-a inalterável e permanente independentemente de tudo à sua volta ter mudado, ter alterado, ter progredido, ter regredido, como se o universo não fosse feito de mudança...

Somos levados a pensar que uma das caraterísticas dos indivíduos humanos é o raciocínio permanente sobre as coisas e que está condicionado por milhentas variáveis, umas perfeitamente controláveis, mas a grande maioria fogem ao controlo de quem está sujeito às influências e condicionalismos da vida.

Somos levados a pensar que se trata de um "crime" a alteração e a mudança da posição assumida num determinado momento sobre um determinado assunto, recusando todo e qualquer avanço que aconteça nas diversas facetas da sociedade.

A fim e ao cabo não deixa de ser curioso o raciocínio: se mudas não deves mudar, se não mudas deves mudar...E lá estamos com o adágio popular: preso por ter e preso por não ter...

No fim de contas o que importa... é que falem...

 



28.1.25

A resposta

 Quando algum condenado,  algum prisioneiro, algum desgraçado privado ou condicionado na sua liberdade de pensar ou de agir quiser fugir ou libertar-se ou ver-se livre do seu imperador, deve ter como preocupação maior o plano de ação após os primeiros passos.

Não se trata de dar o grito de libertação e dar o berro como se a coisa já tivesse terminado a seu contento: trata-se isso sim de planear os primeiros passos absolutamente indispensáveis para haver algum resultado satisfatório.

Se não tivermos esse plano de ação que nos garanta o êxito esperado acontece pura e simplesmente que perdemos a possibilidade de atingir os objetivos havendo como consequência imediata o reforço do poder do imperador ou do ditador. A nossa fraqueza resulta no reforço do poder de quem nos queremos libertar.

Foi o que aconteceu: pretendia enfrentar uma decisão do imperador e recusou aceitar os seus processos. Até aqui tudo bem, apresentou a sua posição como se a coisa tivesse terminado, mas veio de imediato a resposta de quem mandar e detém o poder: ou aceitas isto ou vamos tomar outras medidas para eficazes para as quais não tens resposta nem pensou que seria possível alguém fazer o que se dizia que ia fazer.

Depois de algumas conversas, o contestatário meteu o rabo entre as pernas e aceitou o imperador.

Não digo que tinha opções para além do barulho inicial, mas poderia ter pensado que as ameaças e as chantagens iniciais seriam seguidas de outras mais violentas, pois quem manda e detém o poder tem sempre ao seu dispor mais que uma opção guardando para uma segunda investida a posição mais forte e mais violenta.

O contestatário ficou desarmado não tendo sequer a ideia de responder da mesma moeda: mais cinco por cento de tarifas então aqui vai mais dez por cento e ainda tenho ali vinte funcionários da embaixada que nada fazem e só chateiam o meu pessoal, pelo que vou pô-los na fronteira a bordo de um carro puxado a mulas e já muito velhas...


 

27.1.25

De mau humor

 Parece que o imperador está a ter dores de cabeça devido a algumas dúvidas sobre os procedimentos adotados por parte dos seus súbditos pobres e mal agradecidos.
Não acharam muita graça ao verem que os ilegais eram transportados em aviões militares e devidamente acorrentados para evitar surpresas durante o voo e imediatamente fizeram-se ouvir vozes de discordância que não foram aceites por se entender que se tratava de oposição, o que não constava dos planos iniciais.
Discussão para lado, berros por outro, ameaças com tarifas, apresentação de tarifas ainda mais elevadas e a coisa lá se compôs e mais alguns lá foram enviados para donde vieram.
Sucede que este episódio vai certamente dar origem a muitos outros com graus de gravidade mais elevados até que um dia o imperador vai dar-se conta que que as coisas nem sempre correm de feição, tornando-se necessário algumas adaptações e cedências para que os fins sejam atingidos pelo menos na sua maior parte.
As pressões externas vai dar origem a movimentos internos com resultados imprevisíveis de tal modo que o imperador vai ter entre mãos graves problemas para resolver que podem pôr em causa a sua liderança universal.
Qualquer dia vai começar a receber umas mensagens inofensivas mas ameaçadoras que não se reduzem a subida de tarifas mas a incidirem  no que mais custa ao imperador: a contestação do poder e do modo como é exercido.
Por cada milhar de devolvidos há uma resposta bem mais grave e bem mais contundente: todo o pessoal civil e militar de uma determinada base naval instalada num determinado local de um determinado país que representa a supremacia e o domínio do imperador é expulso e confiscado todo o equipamento...
 
Ainda se pensou numa resposta à altura do atrevimento manifestado fazendo uso da invasão por terra, mar e ar mas as análises dos seus escravos pensadores alertaram-no para a impossibilidade de tal projeto havendo quem pensasse que uma pequena bomba nuclear resolveria tudo a contento.  
Mas a coisa não resultou porque a revolta e a sequência dos acontecimentos podiam descambar  numa guerra total, pelo que a afronta foi assumida como afronta e o resultado seria catalogado  como falhanço da política planeada sem ter em conta que todos os desgraçados, porque são aos milhões, também dispõem de algum poder de reivindicação que é preciso ter em conta.
Os imperadores tomam posse de um império normalmente por herança e os ditadores assumem-no por conquista após algum tempo durante o qual vão dando conta dos descontentes, da eliminação de adversários, do desterro e da prisão de muitos outros até que a reino esteja pacificado e a contestação seja apenas permitida numa manifestação de não mais de três indivíduos. 
Assim se vai perpetuando o poder do imperador e do ditador, mas é coisa que não vai durar para sempre e um dia quando menos se espera a coisa dá para o torto e lá se vai o imperador e o ditador sem se saber nem como nem porquê.
Até agora todos caíram apesar de alguns terem resistido muito para além do devido e do aceitável...
Os deuses não dormem e até eles às vezes acordam de mau humor...



 

 


26.1.25

O imperador

 O imperador imperial falou e disse:

"Tendo presente as condições de habitabilidade da faixa que mais não é que um enorme campo de demolições determino que os então residentes devem ser acolhidos pelos países seus vizinhos temporariamente ou mesmo definitivamente pois que temos de derrubar o que resta de pé e para tal já autorizei o envio das bombas já pagas e ainda não entregues aos seus legítimos proprietários. E não me venham com histórias da carochinha pois que a faixa está altamente bem localizada e merece um tratamento condigno para que possa ser usufruída por todos aqueles que tenham a possibilidade de pagar um hotel ou uma vivenda ou até um resorts turístico, tudo de luxo das mil e uma noites, tudo equipamento merecedor de utentes detentores de contas bancárias capazes de suportar tudo o que se queira exigir. Maltrapilhos, famintos, assassinos, miseráveis, doentes, enfezados, etc. e tal bem podem habitar as areias dos desertos próximos e deixar para as pessoas decentes e convenientes aqueles lugares abençoados pela natureza com água morna, sol quanto baste e abundante leite e mel...
 
E basta de conversa fiada: quem não concordar, que não concorde e que vá protestar para o lado oculto da lua e tenham cuidado em não voltar porque podem ter à sua espera uns quantos aviões para os depositar num dos desertos onde abundam as dunas de areias que ocultam petróleo que nunca mais acaba e que espera por trabalhadores que o queiram extrair...

E se não acreditarem no que digo e que duvidam da minha capacidade de cumprir o que prometi, que prometo e que prometerei se for preciso podem olhar para o os milhares que já foram deportados e devidamente acorrentados para que não estraguem o meio que os devolveu às suas terras natais, de onde nunca deveriam ter saído.
 
Tenham todos presente que o regabofe acabou e que agora há quem mande e governe mesmo que tudo pareça fora dos eixos, sem rei nem roque, pois que o imperador não é só de nome, mas de poder, de força, de capacidade de fazer e de realizar e de colocar no seu devido sítio todos aqueles que pensam que podem viver a sua vida em liberdade sem dar cavaco a ninguém.

Agora temos um imperador disposto a tudo para ser imperador incontestado, porque manda quem pode, embora quem não possa pode barafustar à vontade e discursar aos peixinhos do antártico, enquanto eu não acabar com eles..."

 




 

25.1.25

E mais um

 Conforme programado, recebi a minha pensão no dia dezassete de janeiro do ano da graça de dois mil e vinte e cinco.
Tendo presente as múltiplas declarações  dos responsáveis governamentais fui logo à procura do que me tinham descontado e do que tinha recebido a mais relativamente ao mês de dezembro do ano anterior.
Após inúmeras voltas dadas aos números constantes nos documentos emitidos pela entidade processadora da minha pensão e após inúmeros cálculos matemáticos com recursos às mais elaboradas equações cheguei às seguintes conclusões:
 
1. Fui aumentado sessenta e quatro euros e noventa e seis cêntimos o que corresponde a um aumento de 2,154%;
2. A contribuição para a adse passou de cento e oito euros e vinte e sete cêntimos para cento e dez euros e cinquenta e quatro cêntimos a que corresponde um aumento de 2,104%;
3. A taxa de retenção do irs passou de 24,9% para 25,3% a  que corresponde um aumento de 0,4% apesar dos ditos e afirmações do pessoal responsável por estas coisas;
4. No final das contas, dos sessenta e quatro euros euros e noventa e seis cêntimos recebidos a mais relativamente ao mês de dezembro de dois mil e vinte e quatro recebi a substancial quantia de trinta e quatro euros e sessenta e nove cêntimos, isto é, 53,402% do total do aumento, o que não deixa de significar um saldo positivo nas minhas contas mensais.
 
Alguns dirão que não tenho razões para me queixar, apesar de o aumento ter sido comido pela inflação, mas isso acontece a todos, mesmo que não tenham tido qualquer aumento.
Embora admita que não tenho razões para me queixar da situação, devo confessar que apenas sinto alguma descrença e frustração relativamente às promessas da diminuição da retenção na fonte no que se refere ao irs se tiver presente o que foi tantas vezes reiterado.
Por isso até posso afirmar que há muitas coisas  ditas e reditas pelo pessoal que não são para levar a sério, sendo preferível manter as expectativas a nível zero até se ver e sentir a realidade dos factos ou, se quiserem, dos números, porque estes normalmente não enganam, muito embora possam ter muitas leituras...
 
A minha grande consolação que vai amenizar os meus dias do ano de dois mil e vinte e cinco é o ter a proteção e a vigilância do novo emperador do planeta, do universo e respetivos arredores.
 
Que os deuses sejam benignos connosco que tudo aceitamos e permitimos...