1.5.25
A voz
29.4.25
A luz
25.4.25
A tese
13.3.25
Dos fundos
O presidente falou e disse/decretou que as eleições legislativas antecipadas seriam realizadas no dia dezoito de maio de dois e vinte e cinco.
Mas antes deste anúncio perdeu uns bons minutos a calendarizar todos os acontecimentos até ao final do dia de ontem, como se todos nós não soubéssemos o que tinha acontecido.
Bem vistas as coisas o presidente demonstrou que passou ao lado da crise instalada unicamente e exclusivamente por sua responsabilidade ao não ser capaz de fazer qualquer intervenção no sentido de não permitir o desenvolvimento da crise e assim evitar as suas graves consequências.
Ao fim e ao cabo o que se pode entender é que o poresidente não teve qualquer poder para meter-se à conversa com o primeiro e tentar o que ninguém podia tentar: influenciar o primeiro no sentido da estabilidade governativa em detrimento da posição pessoal e teimosa sobre o seu comportamento.
Se o presidente não podia ter qualquer papel de intervenção a bem da solução final fica claro que o primeiro nunca ligou, não liga e não ligará absolutamente nada ao presidente como se este não passasse de um verbo de encher chouriços, o que já tinha ficado demonstrada por uma variedades de atitudes ocorridas nos parcos meses do reinado do primeiro.
No meu modesto entendimento e sem pretender justificar a ausência do presidente e a sua incapacidade de suster a crise e dar um outro caminho à política nacional o facto é que o presidente começou a ser colocado de lado e à margem dos problemas e das soluções quando se viu envolvido na política caseira por obra e graça de um seu familiar.
A partir daí as selfies, os beijos e os abraços e as faladuras a propósito e a despropósito perderam fôlego que culminou na total inoperância e incapacidade de desempenhar o papel que lhe competia na solução desta tragédia política, que não vai dar qualquer solução de estabilidade governativa após as eleições legislativas antecipadas...
Eu sempre desejei que o presidente saísse pela porta grande quando terminasse o seu segundo mandato, mas a realidade vai ser outra e a porta será, certamente, a dos fundos...
12.3.25
O descanso
Está feito: vamos ter novas eleições legislativas antecipadas.
Assim o quiseram os intervenientes mui dignos representantes do povo com assento na assembleia da república, a contragosto de alguns pois não sabem ainda se vão lá voltar ou se vão ficar de fora, o que não deixa de ser uma valente chatice.
Mas a vida é assim e não vale a pena carpir as respetivas mágoas, pois de nada serve atirar as culpas para o tipo do lado, esquecendo que quem podia ter evitado a tragédia ficou calado todo este tempo, quando bem podia ter feito alguma coisa para servir dignamente o pessoal.
Dá a impressão que se esgotaram as selfies, os beijos, os abraços, as declarações a propósito de tudo e de alguma coisa como se fosse sua obrigação pronunciar-se a toda a hora sobre tudo e sobre nada, nada dizendo que fosse de interesse geral.
Podia ter guardado nem que fosse uma pequena reserva para aplicar num momento de crise séria como a que aconteceu ontem, da qual ninguém sabe as consequências sociais, económicas e políticas para o povo em geral e para os próximos eleitos em particular.
O homem bem podia ter agarrado no telefone, armar-se em valente na sua qualidade de presidente e de tudo o resto que tem sobre os seus ombros e que vem arrastando desde há uns anos e atirar uns quantos berros clamando por um simples bom senso aos que tinham na mão a eliminação da tragédia.
Mas preferiu ficar calado quando milhões de portugueses teriam agradecido a sua intervenção de varapau nas mãos e lavar as mãos de toda a porcaria que se acumulava como se nada fosse com ele.
Está-se mesmo a ver que seguiu aquele adágio popular que às vezes se usa como motivo para a não intervenção: eles que são brancos que se entendam.
Estou cansado, dói-me a cabeça, ando a dormir mal pelo que... ainda tenho que ouvir os partidos, ouvir o conselho de estado, marcar eleições e descansar finalmente o bom e merecido descanso do bom guerreiro.
11.3.25
E caiu
Depois de cerca de cinco horas de discursos, de gritos, de berros, de traquinices, de discussões, de opiniões, de malabarismos linguísticos, de apartes de mau gosto, de altercações, de coisas feias, de coisas bonitas, de rasteiras, de choradeiras, de acusações e de tudo e mais alguma coisa a moção de confiança apresentada pelo governo caiu...
Vamos ter novas eleições o que para mim pouco significado vão ter, dado que há muito tempo sei em quem voto e em quem não voto, não esperando nada de especial que venha a acontecer a não ser que pouco ou nada vai mudar.
O que verdadeiramente me interessa não são as eleições legislativas mas sim dar uma vista de olhos pelo seu significado.
O que aconteceu não foi uma moção de confiança ao governo mas à credibilidade do primeiro ministro face às notícias do conhecimento público relativamente à sua atividade particular que levantaram montanhas de dúvidas que ele nunca quis esclarecer totalmente.
Na prática pretendeu-se apresentar uma moção de confiança ao primeiro, sendo certo que, concordando-se ou discordando-se, da atividade do governo não era este que estava em causa mas sim e somente aquele.
Com culpas ou sem culpas atribuídas a estes e àqueles, o certo é que vamos ter eleições legislativas porque ninguém quis dar o braço a torcer e todos tiveram as suas razões para tal comportamento.
Eu não me considero responsável por tudo o que aconteceu durante a tarde de hoje no parlamento.
Mas os que lá estiveram e votaram não têm o direito de sacudir a água do capote... mas a realidade é que o povo não tem capote...
7.3.25
As viagens
Por hoje vou deixar de lado a paródia oval e os respetivos desempenhos do imperador e do seu lambe cu, não me vou preocupar com a comédia tragico-cómica do parlamento e com as ações de uns quantos intervenientes ali ocorridas, não vou ligar aos muitos milhões que vão ser envolvidos para lixar o imperador e os seus seguidores do outro lado do mar e vou-me concentrar em dois trabalhos de dois meios de comunicação talvez com o propósito oculto de parodiar o novo aeroporto da capital lusa.
Há já não sei quanto tempo um canal de televisão deu-se ao trabalho de trazer ao nosso conhecimento todos os transportes que um qualquer cidadão teria que apanhar para se deslocar de um determinado ponto da zona da grande lisboa para o novo aeroporto da capital.
Tratou-se de um imenso trabalho de investigação ao qual devemos todos prestar as nossas homenagens como contributo para o nosso conhecimento e informação da trabalheira que vamos ter quando quisermos tomar o avião para o novo aeroporto.
Mais recentemente um outro canal de televisão abordou o mesmo tema mas de uma perspetiva diferente: um determinado cidadão pretendente a tomar um avião no novo aeroporto resolveu tomar um taxi na praça do comércio e solicitar uma deslocação ao sítio onde "será" construído o novo aeroporto de lisboa.
Lá nos foi dizendo que não era no campo de tiro de alcochete mas muito mais longe lá para os lados de canha e não sei o outro nome dado pelo passageiro do taxi.
Ao fim e ao cabo o custo da viagem andaria muito perto dos oitenta euros, sendo certo que o mais delicioso da aventura está no que se seguiu.
Não querem lá ver que o distinto passageiro foi-nos indicando que este custo não tinha comparação com os custos de uma viagem de lisboa para londres, de uma viagem de lisboa para paris, de uma viagem de lisboa para veneza, de uma viagem de lisboa para... para... para... para...
Foi um enorme volume de informação que nos foi fornecida por um muito inteligente jornalista que terá dedicado parte do seu precioso tempo a recolher toda esta informação que nos foi, é e será muito útil daqui a uma dúzia de anos, de tal modo que não vamos prescindir de a gravar nos nossos neurónios.
Claro que tanto num caso como no outro, nós os tontos da televisão e os ignorantes da situação real desta terra, não deixaremos de considerar que os exercícios tiveram em conta que daqui a uma dúzia de anos os transportes públicos e privados vão ser iguais aos atualmente existentes, que todos os passageiros vão tomar o taxi na praça do comércio como se lisboa fosse apenas e tão só a praça do comércio...
Claro que os inteligentes que trabalharam arduamente nestas informações poderiam ter-se lembrado que daqui a uma dúzia de anos as coisas já não serão como hoje e que haverá certamente alguma evolução, que haverá muitas empresas vivas a fornecer transportes para todo o lado e principalmente que se poderiam lembrar de nos dar informação do custo de um taxi do centro de paris para o aeroporto charles de gaulle, do centro de londres para heatrow, do centro de roma para fiumicino, da gran via para barajas e até do porto para matosinhos e ainda de faro para o seu aeroporto...
Assim já estaríamos mais convencidos em ir a madrid para tomar o avião para o movo aeroporto de lisboa e daí para a praça do comércio daqui uma dúzia de anos, mesmo que a nossa morada fosse em benfica....
Não haverá coisa mais útil para fazer nas redações de alguns canais de televisão...?
20.2.25
Que os tenham
O imperador continua a imperar cada vez com mais força de tal modo que já não cabe no seu império.
Agora trata-se de o aumentar o na base do poder a exercer no modo de pressão para que todos os escravos se sintam na obrigação de se colocarem de joelhos e beijar-lhe os pés depois da devida e merecida vénia de submissão.
O imperador está cada vez mais convencido que os seus desmandes se convertam, como quem não quer a coisa, em ordem para cumprimento imediato e se não conseguir tudo a bem lá virão as tais tarefas para vergar algum desgraçado que pense estar imune ao seu poder universal.
Até que um dia, que não tarde muito, alguém se lembre que o imperador e o império construído na base de tarifas, de ameaças, de mentiras, de aldrabices, de manipulações, de dinheiro, de favores, de subornos, não passa de um boneco com pés de barro que pode ser derrubado a qualquer momento...
Espero que estes políticos europeus se deem conta que é chegada a sua vez de enfrentarem o imperador e jogarem o seu jogo com as mesmas armas ou outras mais racionais e mais práticas porque dar a outra face e não ripostar dente por dente a coisa ao se resolve.
Uma das primeiras coisas a fazer é desmistificar todas as aldrabices que o imperador divulga por esse mundo fora dando conta que o seu império alimenta e mantém viva a vida dos europeus que não podem viver sem a sua proteção e envolvimento e que digam ao imperador de uma vez por todas que os escritórios, oficinas e habitações dos seus escravos europeus estão cheios de coisas americanas...
De qualquer maneira tenham na devida conta que é possível correr com os americanos da europa e permitir que eles aqui entrem apenas para fazer turismo, para que o imperador adquira consciência que o seu poder pode ser corrido daqui para fora, começando pelo confisco de todas as bases navais e aéreas bem como todo o material ali existente, sem esquecer o encerramento de todos os escritórios de espiões e informadores aqui instalados e ainda reduzir para metade o pessoal das embaixadas e dos consulados existentes...
Dentro de algum tempo os políticos europeus vão considerar uma boa hipótese de trabalho a constituição de uma aliança de defesa e segurança com a participação de mais alguns países vizinhos ou ameaçados pelo poder do imperador, nem que para tal seja preciso os tais cinco por cento pib, que se destinavam a comprar armas americanas a pretexto da defesa da europa... e a consequente expulsão do império...
Que acordem antes da guerra acabar com a consequente eliminação da ucrânia do mapa europeu...
Que os tenham...
14.2.25
Que se danem...
Vou deixar o imperador a imperar lá no império e em todos os arredores do universo conhecido e vou dedicar umas quantas linhas à política caseira.
Nas minhas deambulações pelos canais televisivos dei-me conta da balbúrdia ocorrida ali para os lados de são bento, na casa da democracia portuguesa, em que estiveram envolvidos (as) os senhores representantes do povo, denominados normalmente por deputados.
Parece que alguns destes eminentes portugueses que se arvoram o direito e o dever de falar em nome do portugueses perderam as estribeiras e passaram às altercações próprias de pessoal da pesada que têm por hábito resolver os problemas à ofensa e à diatribe contra quem quer que seja, passando da individualidade para a generalidade como se todos nós tivéssemos o mesmo rótulo gravado na testa...
Já passei daquela fase em que qualquer coisa menos corrente e fora do comum me incomodava e me fazia pensar que havia muita gente indigna e não merecedora de viver em comunidade, passando a não me admirar com muitas coisas que se passam por todo o lado e com toda a gente sem que se perceba a razão e o fundamento de tais procedimentos.
Perdeu-se o costume de resolver as desavenças pessoais com um bom duelo, uma boa briga com umas quantas bofetadas pelo meio, sem esquecer as navalhas de ponta e mola, os bastões, as mocas de rio maior, estas bem conhecidas de alguns dos senhores deputados sentados nas cadeiras da casa da democracia, pelo que a melhor maneira de ultrapassar as questões é o recurso à ofensa verbal, tão baixa quanto não baste.
Na fase em que me encontro, onde me estou totalmente nas tintas para o que se passa e ocorre no parlamento português, a única coisa que me poderia chamar a atenção para me poder preocupar mesmo ao de leve seria uma sessão onde ocorresse uma boa batalha campal, cabeças partidas, sangue a escorrer do nariz, braços ao peito, olhos negros, cabelos puxados e aos molhos entre as cadeiras, ao que se seguia uma boa quantidade de enfermeiros, médicos, auxiliares, macas, bombeiros e uma verdadeira multidão de jornalistas e fotógrafos para documentarem a sessão que se tornaria viral nas redes sociais de que tanto se fala.
Ficaria, finalmente, descansado e convencido, da idoneidade social e política dos nossos representantes que justificam a nossa democracia.
Enquanto isso não acontecer bem podem berrar alto e a bom som, porque para mim só existe uma expressão que carateriza a minha posição: que se danem... e que não chateiem...
11.2.25
O resort
O imperador continua a mandar recados por todo o universo, não perdendo uma oportunidade de avisar os seus escravos que há um preço a pagar por serem vizinhos de um império tão forte e tão grande que se dá ao luxo de ditar novas leis para manter a ordem mundial.
Não faz coisa por menos e quem quiser dar a provar os produtos existentes fora das fronteiras do império só tem uma solução: paga uma taxa cobrada à entrada para que possam ser consumidos ou utilizados pelos súbditos diretos e residentes.
O imperador continua com as ameaças a todos os que não prestam vassalagem direta incluindo aqueles que se estão borrifando para o que ele faz e pensa, embora receiem alguns contratempos mas manifestamente insuficientes para causarem uma dor de cabeça a precisar de um comprimido.
É estabelecida mais uma taxa? Então a resposta é feita com uma outra taxa para que o imperador tenha tino na cabeça e não pense que todos são uns tontos e uns cobardes que se ficam com as mãos agarradas à cabeça e não saibam o que podem fazer perante todos estes desplantes.
Joga-se as guerras das tarifas alfandegárias, estando o imperador convencido que só os seus vizinhos do universo sofrem e se preocupam com tantas tarifas a tantas coisas produzidas por esse mundo fora, mas que são necessárias à vida corrente dos seus súbditos ali residentes.
A história das tarifas já não está a preocupar muitos dos vizinhos, porque os maiores já deram ou estão a preparar as devidas respostas em tudo semelhantes às decretadas pelo imperador.
Agora o que está ordem do dia são os decretos imperiais sobre a situação mo médio oriente, onde o imperador sem dar cavaco a ninguém decreta que vai transformar o deserto de gaza num imenso resort turístico para que o império e seus arredores possam gozar de merecidos tempos de descanso, prazer com boa cama e boa mesa à disposição de quem tiver guita para pagar.
Para além deste projeto tem um pequeno problema para resolver: o que fazer com o pessoal que vive há já muitos anos? Embora não seja a sua grande preocupação não deixa de apontar a solução que passa, nada mais nada menos, por enviar aquele pessoal para um lado qualquer desde que não seja para dentro do seu império, pois há por esse mundo fora muitos desertos e muitos espaços completamente desabitados e onde se podem construir melhores habitações do que aquelas todas partidas e escavacadas que se veem em gaza e até com ar condicionado e água corrente...
Solucionado este pequeno problema irá tratar do gelo próximo do polo norte onde bastarão uns cem mil milhões de dólares para tornar milionários os poucos milhares de residentes na grande ilha que se vai tornar mais um estado do grande império logo que resolvido o problema da sua independência e dependência de uns quantos miseráveis e pobres e desgraçados europeus...
.os súditos
5.2.25
A ficar chalupa
3.2.25
Três meses
O imperador continua a desempenhar o seu papel de pretenso dono do universo distribuindo ameaças a torto e a direito sem deixar de lado quem quer que seja e quando não é ele diretamente encarregam-se disso os seus escravos diretos e prediletos.
Mas os primeiros a reconhecer o poder do imperador foram os colombianos e viraram o bico ao prego e beijaram os pés do imperador.
Seguiram-se os mexicanos que adiaram o inevitável e não ofereceram a resistência que se esperava: bater o pé ao imperador porque aqui quem manda são os que cá estão.
Os panamianos já disseram que o canal é deles e quem vai continuar a mandar são eles e mais ninguém digam lá o que disserem apesar de todas as ameaças já proferidas e todas as pensadas.
Os canadianos já ripostaram e decretaram também eles as suas tarifas em resposta às impostas pela imperador que a serem levadas a cabo não deixarão de causar moça a economia do império.
À espera do que vai acontecer estão os europeus, principalmente os países da união, que não terão muito tempo para preparar a resposta às tarifas que estão a ser preparadas pelo imperador, que tem um pó danado a esta parte do universo seu vizinho e se está nas tinta para o que estes possam pensar.
Curiosamente o imperador teve algum bom senso para decretar as tarefas aduaneiras ao seu máximo concorrente, havendo quem pense que a coisa está a tremer e qualquer dia menos dia o entendimento vai dar-se a contento de ambos, embora a ilha não veja com bom olhos o que se pode cozinhar sobre o seu futuro.
Os dinamarqueses já foram avisados que a sua grande ilha não foi esquecida e o imperador não deixará de a tomar seja lá em que altura for mesmo contra o que possam pensar uns e outros porque quem é imperador é que manda e todos os outros nada podem fazer que renderem-se à evidência: o imperador quer, o imperador tem... e se não lho dão só lhe resta a apropriação...
Por mim a coisa tem uma solução: quem quiser obedecer que obedeça; quem quiser desobedecer que desobedeça sem deixar de dizer ao imperador que a coisa não é só como ele quer, uma vez que outros ainda têm vontade e liberdade...
Se a coisa não resultar então vem o remédio santo:
- retaliação com tarifas iguais,
- três meses sem importações de produtos do império...
1.2.25
O pessoal do gelo
Esperem sentados num muito bom cadeirão resguardados pela sombra de um bruto "sombrero" se estão à espera que o nome do golfo seja revertido à sua anterior denominação e não vale a pena os esforços junto da meta/google porque o bilionário esteve presente na entronização do imperador numa das filas da frente para o que terá aberto os cordões à bolsa como já tinha acontecido durante a campanha eleitoral.
As coisas tendem a ser a contento de quem manda e quem manda quis mudar o nome do golfo para o adaptar à realidade do espaço: ficava mal ser o golfo dos staites pelo que ficou o golfo da américa, nome mais lógico e mais adequado por englobar os dois países.
Não deviam ter incomodado a tranquilidade do bilionário da meta/google porque não tiveram presente que o crack está de boas relações com imperador e não esteve com meias medidas: o nome do golfo está mudado e para que não fiquem a pensar demasiado tempo no assunto tomem vinte e cinco por cento de tarifas alfandegárias e intercedam agora junto do senhor x que ainda é pior que o anterior.
Quanto ao nome o remédio é continuarem com o de origem porque relativamente aos vinte e cinco por cento das tarifas podem deixar de importar produtos lá dos staites tendo o cuidado de continuarem a mandar o que até aqui nunca deixaram de mandar e que é do agrado e desejo dos súbditos do senhor imperador...
O homem não demorou muito tempo para cumprir as ameaças feitas aos vizinhos do sul, embora também se tenha lembrado de que os do norte estão na mira: para começar tomem lá os vinte e cinco por cento de tarifas alfandegárias para não ficarem a rir-se dos desgraçados do sul, uma vez que o sol nasce para todos e todos precisam de comer qualquer coisa.
Parece contudo que o que está a preocupar mais e está a fazer a cabeça em água ao imperador situa.se um pouco mais a nordeste: os pessoal do gelo está em pulgas para domar conhecimento do que o imperador prepara para invadir a ilha.
29.1.25
O que importa
No âmbito da política caseira mudar de opinião seja lá sobre o que for torna-se deveras perigoso para a credibilidade de qualquer agente político, parecendo que a alteração de uma determinada posição sobre um determinado assunto é matéria que requer muita ponderação e muito bom senso sob pena da cair o carmo e a trindade sobre quem tem a ousadia de mudar de opinião, mesmo que o tema seja de lana caprina e sem qualquer interesse.
Contudo a coisa chia mais fino se tivermos em conta que a opinião pública depende na grande maioria das circunstâncias de uma meia dúzia de iluminados que vivem à sombra do que pensam e dizem os agentes políticos dos partidos ou movimentos de maior dimensão e que representam muitas vezes o pensamento da sociedade, devendo por isso terem em conta que estão sujeitos aos olhares penetrantes de muita gente.
Apesar disso tenha-se na devida conta que qualquer espirro de um determinado político pode desencadear um conjunto de reações umas vezes com algum significado e outras nem tanto.
Por isso nem sempre se entende a barafunda e a balbúrdia que se apodera dos fazedores de opinião quando um político se passa dos carretos e manda um bomba para o ar, umas vezes para experimentar o nível de atenção do pessoal, outras para se fazer ouvir e outras ainda para manifestar uma determinada posição sobre um determinado assunto de que se fala e se opina nos meios de informação.
Somos levados a pensar que um qualquer indivíduo com responsabilidades sociais não pode nem deve alterar a sua posição política, social, ideológica ou até filosófica sobre uma determinada matéria importante ou não, mantendo-a inalterável e permanente independentemente de tudo à sua volta ter mudado, ter alterado, ter progredido, ter regredido, como se o universo não fosse feito de mudança...
Somos levados a pensar que uma das caraterísticas dos indivíduos humanos é o raciocínio permanente sobre as coisas e que está condicionado por milhentas variáveis, umas perfeitamente controláveis, mas a grande maioria fogem ao controlo de quem está sujeito às influências e condicionalismos da vida.
Somos levados a pensar que se trata de um "crime" a alteração e a mudança da posição assumida num determinado momento sobre um determinado assunto, recusando todo e qualquer avanço que aconteça nas diversas facetas da sociedade.
A fim e ao cabo não deixa de ser curioso o raciocínio: se mudas não deves mudar, se não mudas deves mudar...E lá estamos com o adágio popular: preso por ter e preso por não ter...
No fim de contas o que importa... é que falem...
28.1.25
A resposta
Quando algum condenado, algum prisioneiro, algum desgraçado privado ou condicionado na sua liberdade de pensar ou de agir quiser fugir ou libertar-se ou ver-se livre do seu imperador, deve ter como preocupação maior o plano de ação após os primeiros passos.
Não se trata de dar o grito de libertação e dar o berro como se a coisa já tivesse terminado a seu contento: trata-se isso sim de planear os primeiros passos absolutamente indispensáveis para haver algum resultado satisfatório.
Se não tivermos esse plano de ação que nos garanta o êxito esperado acontece pura e simplesmente que perdemos a possibilidade de atingir os objetivos havendo como consequência imediata o reforço do poder do imperador ou do ditador. A nossa fraqueza resulta no reforço do poder de quem nos queremos libertar.
Foi o que aconteceu: pretendia enfrentar uma decisão do imperador e recusou aceitar os seus processos. Até aqui tudo bem, apresentou a sua posição como se a coisa tivesse terminado, mas veio de imediato a resposta de quem mandar e detém o poder: ou aceitas isto ou vamos tomar outras medidas para eficazes para as quais não tens resposta nem pensou que seria possível alguém fazer o que se dizia que ia fazer.
Depois de algumas conversas, o contestatário meteu o rabo entre as pernas e aceitou o imperador.
Não digo que tinha opções para além do barulho inicial, mas poderia ter pensado que as ameaças e as chantagens iniciais seriam seguidas de outras mais violentas, pois quem manda e detém o poder tem sempre ao seu dispor mais que uma opção guardando para uma segunda investida a posição mais forte e mais violenta.
O contestatário ficou desarmado não tendo sequer a ideia de responder da mesma moeda: mais cinco por cento de tarifas então aqui vai mais dez por cento e ainda tenho ali vinte funcionários da embaixada que nada fazem e só chateiam o meu pessoal, pelo que vou pô-los na fronteira a bordo de um carro puxado a mulas e já muito velhas...
27.1.25
De mau humor
26.1.25
O imperador
O imperador imperial falou e disse: