14.5.25

Agora...

 Bem vistas as coisas, não posso afirmar ou mesmo queixar-me de ter perdido muito tempo a ver e ouvir as campanhas eleitorais dos diversos partidos concorrentes.
Na verdade já vou perdendo a paciência para continuar a ouvir as mesmas cassetes de todos os partidos, de tal modo que vou acertando no que os candidatos vão dizendo a qualquer hora do dia e em qualquer lugar por onde passam.
Se pretender ser justo com o pessoal devo ter presente que a coisa não tem muito por onde se lhe pegar dado que os temas de que são feitas as campanhas e com elas todas as intervenções e todos os discursos não diferem significativamente de um dia para outro ou até de um lugar para outro, muito embora às vezes se dê uma variante. 
Se estivermos atentos ao que vai passando nas televisões e principalmente nas chamadas "arruadas" sou levado a constatar que aparecem sistematicamente as mesmas caras em todos os partidos dando a impressão que tudo gira à volta de uma só personalidade, aquela que se diz candidata a primeiro ministro.
De vez em quando lá aparece uma cara diferente, embora conhecida, para tentar vender o seu latim e com ele solicitar o seu voto no dia dezoito de maio para que possa enriquecer os portugueses e mudar portugal.
Mas outra realidade tenho observado no tempo dedicado a ver e ouvir as campanhas eleitorais e as suas circunstâncias.
Com estas circunstâncias quero referir-me ao comentário e à análise de um sem número de intervenientes que estão presentes a qualquer hora do dia, em qualquer dia e em todos os canais generalistas e alguns do cabo de todas as televisões.
Trata-se de um mundo de personalidades das mais variadas origens havendo denominações assaz castiças, uma das quais me chamou a atenção: cientista social, seja lá o que isso for. 
É um ver se te avias de nomes e denominações, tais como comentadores, analistas, politólogos, jornalistas, sociólogos, psicólogos, militares, civis e até políticos no ativo e na reserva, cada um e cada qual a debitar a sua ciência com a convicção devida ao momento que se atravessa.
E não faltam os especialistas em sondagens para nos informarem dos seus números e do que eles querem dizer com a resposta à pergunta sobre o sentido do voto do eleitor.
Tenho-me perguntado sobre o que irão fazer estas boas dezenas de especialistas em análise política após o ato eleitoral do dia dezoito e depois de terminada esta guerra, mas a resposta não tem qualquer ciência nem qualquer dificuldade: vão continuar a mesma coisa mudando o objeto do comentário e da análise: vai aparecer uma longa lista de ministeriáveis e depois vai ser o programa do governo, quando houver governo, o setor público, o setor privado, os aumentos, os investimentos, eu que sou bom, tu não prestas, aquele não serve, este está a mais, etc., etc.,.
Um nunca mais acabar de temas para que esta gente continue a ganhar a sua vidinha mandando umas bocas para quem esteja disposta a ouvir...
 
 
 
 

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