11.3.25

E caiu

 Depois de cerca de cinco horas de discursos, de gritos, de berros, de traquinices, de discussões, de opiniões, de malabarismos linguísticos, de apartes de mau gosto, de altercações, de coisas feias, de coisas bonitas, de rasteiras, de choradeiras, de acusações e de tudo e mais alguma coisa a moção de confiança apresentada pelo governo caiu...

Vamos ter novas eleições o que para mim pouco significado vão ter, dado que há muito tempo sei em quem voto e em quem não voto, não esperando nada de especial que venha a acontecer a não ser que pouco ou nada vai mudar.

que verdadeiramente me interessa não são as eleições legislativas mas sim dar uma vista de olhos pelo seu significado.

O que aconteceu não foi uma moção de confiança ao governo mas à credibilidade do primeiro ministro face às notícias do conhecimento público relativamente à sua atividade particular que levantaram montanhas de dúvidas que ele nunca quis esclarecer totalmente.

Na prática pretendeu-se apresentar uma moção de confiança ao primeiro, sendo certo que, concordando-se ou discordando-se, da atividade do governo não era este que estava em causa mas sim e somente aquele.

Com culpas ou sem culpas atribuídas a estes e àqueles, o certo é que vamos ter eleições legislativas porque ninguém quis dar o braço a torcer e todos tiveram as suas razões para tal comportamento.

Eu não me considero responsável por tudo o que aconteceu durante a tarde de hoje no parlamento. 

Mas os que lá estiveram e votaram não têm o direito de sacudir a água do capote... mas a realidade é que o povo não tem capote...

   

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