Muito gosta este governo de se meter em trapalhadas, pois ainda umas não acabaram e já está noutras.
Ninguém tinha entendido aquela história do pagamento do subsídio de férias no mês de novembro, mas quando nos disseram que tinham trocado o subsídio de férias pelo de natal, então se percebeu os fundamentos do respetivo pagamento se verificar apenas no mês de novembro.
Passados que foram dois ou três dias, vieram com mais uma novela do pagamento em várias parcelas, umas não sei quando, outras quando quiserem e ainda outras lá para o fim do ano.
Podemos tirar a devida conclusão e afirmarmos que o governo pagará quando muito bem entender o subsídio de férias ou o subsídio de natal, pois pouco lhe importa o que possam dizer os funcionários públicos, os pensionistas e os reformados, aos quais o governo elegeu como inimigos públicos que importa eliminar ou reduzir à sua expressão mais simples.
E esta expressão mais é olhar para os salários e para as pensões e desatar a cortar até que se chegue ao montante de menos quarenta por cento em termos reais, não contando com a carga fiscal.
Trata-se do tal corte permanente ou as poupanças do Estado nos salários dos funcionários públicos e das pensões, que são da sua responsabilidade, com o argumento de não haver dinheiro para pagar o que se acordou.
Não entendo lá muito bem o argumento esgrimido de honrar os compromissos com os nossos credores nacionais e internacionais, mas cumprir com os acordos celebrados com os cidadãos portugueses no que se refere a salários e pensões não é com esta gente.
No fim de contas, não sei o que será melhor para os funcionários, para os pensionistas e para os reformados: se continuar o processamento dos atuais salários e pensões e depois serem espoliados quase quarenta por cento de impostos diretos, se diminuir um valor correspondente a quarenta por cento e, aplicando-se depois a respetiva carga fiscal
As coisas vão continuar assim confusas porque interessa cobrar receitas através dos impostos diretos tendo como principal atores os funcionários públicos os pensionistas e os reformados, porque estes não têm qualquer hipótese de ludibriar o fisco e estão nas mãos destes tipos que não têm competência para diminuir a despesa do Estado a não ser a que diz respeito aos salários e pensões pagas a quem de direito.
Já nos vamos habituando a que as políticas económicas e financeiras deste governo se centralizem no combate aos funcionários públicos, aos pensionistas e reformados, mas de duas coisas estamos certos, por enquanto: uns poderão ser postos na rua e engrossarem o número dos desempregados e mais as respetivas estatísticas, mas aos outros não os poderão matar, pelo que resta continuar a cortar no montante da sua pensão.
Amanhã celebra-se o 25 de Abril de 1974…
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