Quando se erra, não há mais nada a fazer que apresentar as devidas desculpas mesmo que não haja ninguém para as aceitar.
Foi o que aconteceu ontem quando escrevi que o conselho de ministros de hoje iria atirar-se mais uma vez aos funcionários públicos, pensionistas e reformados com mais uma dose de mexida nos bolsos destes contribuintes.
Enganei-me redondamente, parecendo que já estava a pensar como o gasparzito ao fazer as suas previsões, estando mais uma vez em causa com os erros verificados na receita e na despesa do Estado no primeiro trimestre do ano de dois mil e treze.
A despesa do Estado subiu e de que maneira e a única coisa que subiu e também de que maneira foi a cobrança do irs, não sendo alheio o que se verificou no mês de fevereiro com os acertos e cobranças verificadas nos salários e pensões do pessoal. No resto foi tudo a descer e até o iva se comportou da mesma maneira, mas isto já seria esperado pelos inteligentes e especialistas do governo e ao serviço do governo, porque sem ovos não se fazem omeletes e com a economia em profunda recessão, ninguém entenderá por que motivos o iva há de crescer…
Anunciava-se que o conselho de ministros de hoje, que demorou cerca de sete horas segundo dizem por aí, iria apresentar um plano de desenvolvimento de tal ordem que ia por a economia, o emprego e as empresas de vento em popa, porque o primeiro tinha dito que chegara o momento da ação, uma vez que o planeamento estava feito.
Não tive o cuidado de me informar devidamente, mas o que me foi dado ver e ouvir não terá passado de uma vasta gama de projetos de intenções, a propósito dos quais e das quais já se tinha falado há muito tempo.
Continuamos todos à espera das ações concretas e não apenas de uma mera indicação do que se pretende fazer, pois a tal história do banco de fomento fica para o médio prazo e a cgd vai ter que participar no financiamento às pme para ver se lava a cara pelo que fez no bcp e no bpn e retomar as suas funções tradicionais.
Houve alguma coisa de concreto? Foi anunciada alguma decisão objetiva sobre o relançamento da economia e a criação de emprego? Que eu visse ou que entendesse, nada de especial se verificou, a não ser que lá para o ano de dois mil e vinte, talvez esta coisa esteja um pouco melhor.
Fico a pensar que foram necessárias sete horas para decidir tudo o que foi decidido, como se se tivesse decidido alguma coisa em concreto.
Vou esperar para ver, porque pagar já o estou a fazer há uns quantos anos não propriamente para ver mas para fazer de conta que me estão a mostrar alguma coisa que eu tivesse obrigação de ver e que não tenho perdão se não o reconhecer.
Alguém já disse que a propaganda produz os seus efeitos…
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