11.4.13

O despacho

Ministro das finanças algum ficaria mais de seis meses no governo em Portugal se fizesse tantas asneiras e cometesse tantos erros e fosse tão inútil e fosse tão incompetente como este gasparzito que se dá ao luxo de não dar cavaco a ninguém por tudo aquilo que faz para mal de todos os portugueses.

De todos os portugueses, ponto e vírgula, porque para alguns senhores este gasparzito foi uma dádiva que caiu neste retângulo malfadado para aplicar as penitências que muitos de nós já merecíamos abundantemente.

Após mais uma derrota e um conjunto de asneiradas cometidas em plena consciência do que estava a fazer, o gasparzito lembrou-se de nos aplicar mais uma machadada a que nos habituou e vai daí atira-nos com um despacho que não lembrava ao diabo, mas dele se lembrou ele.

Antes de ir mais uma vez prestar contas aos seus patrões e senhores deixou-nos um despacho em letra de forma, não vá algum ministro lembrar-se que é ministro e autorizar, no âmbito das suas competências, alguma despesa que o gasparzito não tinha previsto.

Já não se fala dos quatro mil milhões, pois o que está na berra é o famoso despacho que a grande maioria condena e uma pequena, pequeníssima minoria defende com unhas e dentes contra todas as evidências e contra a inteligência de gente importante que já foi e ainda é.

Tudo leva a crer que o despacho, que eu não li por não me dar ao trabalho de o fazer por ser inútil e não me servir de nada e para nada, só é entendido na sua verdadeira dimensão e significado por uns quantos membros do governo e uns tantos deputados da maioria, porque só esses o defendem como sendo benéfico para salvar o País da bancarrota por excesso de despesa e carestia de receita, como se ministros e secretários de estado do governo não passassem de mentecaptos e incompetentes sem qualquer sentido de responsabilidade para exercerem dignamente as suas funções e cumprirem as suas obrigações do seu cargo e do seu estatuto.

Bem vistas as coisas, o gasparzito não confiou em ninguém enquanto se deslocava à Europa para prestar contas da porcaria que está a fazer e obter o devido apoio pelo cumprimento escrupuloso das orientações que lhe foram dadas quando o indigitaram ministro das finanças.

Já pouca gente duvida que um funcionário de um membro da troika, indigitado ministro das finanças para gerir a receita da troika, tenha liberdade para fazer alguma coisa de diferente do que lhe foi ordenado e possa ser responsabilizado por tudo o que está acontecer nesta terra, carecendo de ser confortado pelo exercício de funções tão degradantes, como são as de fazer com que Portugal regrida uma gereação, para recomeçar lentamente quase do zero.

Entretanto, vamos tendo a certeza que ele vai levar um chuto no traseiro um dia destes, para que tenha a oportunidade de receber o prémio que lhe é devido pela javardice de tudo o que está a fazer ao pessoal cá do burgo.

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