1.4.13

Não somos deuses

Toda a minha gente fala da remodelação.

Agora o que está em causa é a decisão do Tribunal Constitucional que tudo vai condicionar até mesmo uma demissão, já pedida e exigida e badalada pelos comunistas e bloquistas, falando os socialistas de eleições antecipadas.

Bem vistas coisas, estamos numa situação de salve-se quem puder, que o mesmo é dizer que tudo isto está sem rei nem roque e tudo à deriva não se fazendo a mínima, se vai haver uma remodelação, se vai haver uma demissão, se tudo vai continuar na mesma como o caranguejo.

O mais chato desta coisa é pensar numa remodelação sem sair o ministro das finanças e o incomparável e inefável relvas, que continua a demonstrar a total ausência de vergonha para continuar a aparecer na tv a mandar postas de pescada como se nada fosse com ele.

E a bem dizer, não é, porque é tudo com o primeiro que não sabe o que fazer e como fazer a não ser as suas aparições a dizer que não senhor e sim senhor, que estamos firmes e coesos e que esta coisa há de passar, só não sabe e não sabemos quando.

Entretanto a coisa vai de mal a pior, apesar do aumento de impostos, mas tudo condicionado pelas maluqueiras dos donos da correia do norte, que também não sabem lá muito bem se atacam a coreia do sul, se o japão, se os estados unidos e se terão alguma contemplação para com os chineses sem esquecer os russos.

Que importa tudo daquilo que se passa lá tão longe, se o nosso problema tem a ver com a remodelação ou com a demissão do governo?

Por mim, podem remodelar tudo o que quiserem, inclusivamente as regras sobre a utilização da alta tecnologia no futebol como forma ajudarem os árbitros a dormirem mais descansados, mas tenho por certo que o ministro das finanças não pode e não deve ser remodelado, não porque esteja a desempenhar um grande papel ou pela elevadíssima consideração que a Europa lhe dedica, mas simplesmente porque é disso que está à espera há pelo menos um ano, pois sente-se injustiçado pelo tratamento que tem recebido destes ingratos naturais nascidos, nados e criados neste cantinho ordinário do continente europeu.

O ministro das finanças não pode e não deve ser remodelado, porque quem só faz asneira atrás de asneira não merece qualquer prémio por resultados obtidos, porque se assim fosse, não havia ordenado recebido que desse para ele pagar toda a porcaria que tem feito.

Remodelar nesta altura o ministro das finanças era reconhecer que o homem merece voltar ao paraíso, tendo presente que lugar mais merecido seria no inferno do nosso descontentamento ou, pelo menos, no purgatório até à expiação de todos os seus pecados cometidos contra os portugueses, que jamais lhe perdoarão, tão só porque não somos deuses…

Sem comentários: