Ainda se ouve algum ruído provocado pela entrevista coletiva do primeiro, mas já está mesmo a desaparecer de todo, tal como a sua relevância que foi um pouco mais que nula, um embuste e uma falsificação do que deveria ser um encontro entre uma tal alta personalidade da política portuguesa e um grupo de vinte cidadãos, escolhidos para lhe colocarem vinte questões ou perguntas, se se preferir.
Aquilo não passou de um monólogo algumas vezes interrompido por vozes estranhas desprezadas pela personalidade presente e ninguém se lembraria do acontecimento e não tivesse sido o primeiro de não sei quantos e se não tivesse sido tão mau e tão aborrecido, de tal modo que me fez lembrar um outro programa da televisão pública que dava pela designação de "conversas em família", com a diferenças que aquelas eram de um homem inteligente, com classe e com categoria.
O assunto já lá vai e ninguém se vai lamentar de ter perdido aquela coisa, salvo duas ou três afirmações que se podem aplicar a outras situações da vida portuguesa.
Vem isto a propósito da porcaria que se viu num campo de futebol ali ao lado da segunda circular tendo como protagonista o guarda-redes da seleção de Portugal.
Cabia dizer que se o "homem falha, falha Portugal inteiro", tão somente porque ele é o melhor do mundo e de vez em quando nem sequer vale um peido seco, como ontem aconteceu, fazendo figura de corpo presente e demonstrando claramente que estava a fazer um monumental frete e foi necessário ter um comportamento antidesportivo impróprio de um jogador e mais ainda tratando-se do capitão da equipa, forçando o amarelo para evitar a sua presença no próximo jogo e fazer as pazes com os portugueses que o admiram e que gostam de bola. E falhou.
Os dois falharam quando foram chamados a mostrarem o que valem e a demonstrar o apreço pelo seu País, mas um bota faladura da forte e da grossa contra os pequenos e os incapazes e o outro reserva-se para quem lhe paga a sua vida.
Nesta coisa de pessoas importantes que vão falhando os seus destinos, temos em abundância e eles estão entre nós duros e fortes, com um discurso limpo e escorreito, cheio de palavras doces e promessas vãs acompanhadas das mais elementares mentiras ou de meias verdades e até de meias mentiras, para que alguns distraídos ainda sintam esperança nas capacidades desta gente que nada mais faz que chular os pobres e os remediados e proteger os ricos e os poderosos.
Mas já andam a preparar o caldinho para o próximo ano com um cântico de encantamento, fazendo pensar que se estão a preparar para se atirarem aos tais políticos que recebem uns cobres como prémio e benefício do seu serviço público, prestado ao País, com prejuízo da sua vida pessoal, familiar e profissional deixando de ganhar balúrdios para receberem um miserável ordenado devido a um secretário de estado, a um ministro, a um presidente…
Não nos vão convencer, porque já estamos avisados.
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