A Grécia berrou e mamou, a Irlanda berrou e vai mamar e dos "países de programa" o único que não mama é aquele que não berra, mesmo que não seja puta.
O mais anedótico da situação é que Portugal continua a dizer que não berra, não tem necessidade de berrar e quem diz o contrário não é bom português e deseja que Portugal seja um país de terceiro mundo e não do mundo dos primeiros que é a união europeia.
Na verdade, se Portugal não tem necessidade de mais dinheiro, se não tem necessidade de mais tempo, se não lhe parece confortável ver diminuídas as taxas de juro, se se sente bem com a situação, se não se quer parecer com a Grécia, se tem ódio e rancor a quem diz o contrário, por que causa de água haverá de dizer que precisa de mais tempo, que precisa de mais dinheiro, que quer ver mais baixas as taxas de juros, que quer ser menos roubado, se continua airosamente a afirmar o contrário?
Está bem de ver, como diz o presidente da CE, o tal que abandonou o governo e "fugiu" de Portugal, que quem não berra não mama e para mamar é preciso berrar mesmo que seja educadamente e com bons modos, como os bons alunos costumam fazer.
Não tenho por hábito papar todos os telejornais e jornais da manhã, da tarde, da noite e da madrugada nem sentar-me devotamente perante o televisor para ver e ouvir todos os programas de opinião de comentadores políticos e todos os demais politólogos que abundam nas nossas antenas, mas invisto o tempo suficiente para ter uma ideia do que se passa e de algumas opiniões daquela gente cujo "metier", se não o principal, será certamente o mais rentável, ficando altamente estupefacto por alguns "amandarem" arrotos e postas de pescada quando, antes no governo, só fizeram porcaria ou nem sequer porcaria se lhe pode atribuir dada a nulidade e desconhecimento da sua passagem pelo dito.
Mas fiquei surpreendido por ter ouvido um destes dias um comentador político avançar com a ideia que quem manda na troika não é mais nem menos que o segundo, isto é, o ministro das finanças, isto é, o gaspar, porque o Baltasar anda a ver navios e o outro não se interessa por estas coisas. A missão da troika não passa de uns quantos técnicos quem devem ganhar um balúrdio e que vêm a Portugal umas quantas vezes para umas conversas amenas com o tal e assinar o recibo do salário, porque estas coisas ainda se fazem obedecendo à lei fiscal, não vá o pessoal ter que se lembrar que também devem pagar os respetivos impostos.
Na verdade, a coisa até tem o seu sentido de ser verdade, pois que o segundo, será certamente o primeiro, nestas coisas de países de programa, uma vez o homem provém de lá e, por isso, terá que prestar contas do que lhe mandaram fazer, para poder ser recebido com dignidade quando for corrido a pontapé por indecente e má figura feitas e praticadas neste paraíso à beira mar plantado, embora isto não impeça que seja sugado até ao tutano por estes executores a mando do capitalismo ordinário.
Um dia virá o ajuste de contas…
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