Num dia muito semelhante ao do estado da nossa economia, resolvi fazer referência e salientar devidamente a notícia que mais atenção me chamou neste dia de NATAL do ano do SENHOR de dois mil e doze, como se fora a notícia do fim da crise.
Então não querem lá saber que um jornalista, isto é, um indivíduo com um microfone na mão e um trabalhador com uma câmara de filmar às costas, desatou a mandar palpites sobre o volume de compras efetuadas pelos portugueses nesta época natalícia, adiantando que a coisa estava muto fraca, pois que o lixo encontrado nos locais habituais era bastante reduzido e não tinha significado de maior.
Não sei lá muito bem as horas das filmagens, mas deduzi que estaria a decorrer a manhã de hoje, uma vez que foi ouvida uma senhora que passeava o seu cão na rua, não se notando movimento de pessoas e bens de qualquer significado.
Nunca me teria passado pela cabeça que fosse adequado calcular o volume das compras efetuadas pelos portugueses na época destes festejos pela quantidade de lixo constatado nalguns, muito poucos, locais de Lisboa logo na manhã do dia vinte e cinco, quando a grande maioria das pessoas que efetuaram compras de prendas e brinquedos ainda estava recolhida em casa, tanto mais que nem cafés havia abertos para que o pessoal pudesse tomar a sua bica matinal, depois de uma noite mal descansada e com muita probabilidade mal dormida, devido à "fartura" da ceia e do que se seguiu.
Mas ainda bem que os nossos meios de comunicação social têm jornalistas desta craveira e diretores de informação que mandam para as ondas estas notícias deslumbrantes que nos fazem sentir orgulho do pessoal que está ao nosso serviço em matéria de prestar informação verdadeira e em tempo oportuno, fazendo lembrar, pela oportunidade, o anúncio em direto do início da guerra do golfo…
Ao fim e ao cabo, só devemos lamentar que continuemos a ser um povo de mal-agradecidos pelas benesses que os deuses nos deram em termos meios de comunicação social para os quais a falta de lixo nos locais habituais é sinal de que a crise está verdadeiramente instalada nas famílias portugueses, de tal modo que já nem guita há para comprar umas prendinhas para os familiares e amigos mais chegados…
Que calamidade se debateu sobre a grande maioria dos portugueses!
Para o ano que aí está chegar será tudo muito melhor e abundante e só esperamos que chegue o NATAL e o pessoal ainda tenha capacidade e possibilidade de andar nas compras até ao último minuto da hora dezoito do dia vinte e quatro de Dezembro…como se a economia estivesse a crescer a nível dos dois dígitos positivos…
Mas o meu maior desejo é que toda a gente que compre, nem que seja um bolo-rei, não se esqueça de colocar no lixo a embalagem respetiva logo ao raiar da aurora, não vá aparecer um outro jornalista a mandar palpites sobre o estado da crise…
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