15.3.11

Será agora?

Está bonita a política portuguesa. Mas mais que bonita está simples e clara como a água pura e límpida como se tivera a sua origem lá nos confins das serras do Gerês. Neste momento é muitíssimo fácil saber o que se passa em Portugal inteiro, do minho ao algarve, passando pela madeira e pelos açores sem esquecer a minha terra: se queres conhecer os lados em confronto, tens muito pouco ou quase nada para te enganares. Ouves e podes dizer à vontade que se trata da posição do governo; continuas a ouvir e ficas com a certeza que se trata de pessoal da oposição. Isto é: aqueles dizem sim, estes dizem que não.

O cómico disto tudo é que já não precisamos de muitas explicações da parte de uns e de muitas justificações da parte de outros para sabermos qual a sua ocupação.

Se concordas ou, pelo menos, se não estás totalmente de acordo assumes que te colocas do lado do governo; se estás frontalmente contra e até parcialmente contra estão estás de certeza do lado da oposição. Claro como a água? Claro que sim.

O que eu não entendo é como as coisas se vão processando desta maneira: então se há milhões de portugueses contra as políticas governamentais e se há uns quantos milhares apenas a favor destas políticas ou, perlo menos, não muito contra, quer seja por dever quer por obrigação, porque é que o PR não toma uma posição? Se isto é assim porque é que o psd não toma uma posição?

Qual é o medo que está a condicionar o comportamento de uns e a tomadas de decisões de outros, todos com a mesma responsabilidade e com os mesmos anseios: servir Portugal !!!

Se uns estão agarrados ao poder de tal modo que usam todos os meios para não o largar, que impede os outros de correr com tal gente, não através de um golpe de estado caído em desuso, mas por uma simples moção de censura ou de uma outra figura constitucional logo ali à mão de semear do Presidente como é a dissolução da AR?

Não chegam as manifestações dos professores, as marchas dos polícias, as posições dos juízes, as confraternizações das geração rasca amancebada com a geração à rasca, e mais os produtores de leite, e mais os camionistas e mais os reformados sem transporte para os hospitais e mais os bombeiros que ficaram sem esse transporte e mais os trabalhadores precários e mais os desempregados e mais e mais e mais e mais uns quantos milhares da maioria silenciosa que aguarda por um sinal proveniente da esquerdas e das direitas...

Se isto não chega, que espera o psd e o PR que aconteça mais para serem "convidados" a tomar uma decisão?

Parece que vai haver por estes dias uma conversa entre estas duas instituições, esperando eu que daí resulte luz verde para qualquer coisa de importante, muito mais importante que a situação política, económica e financeira dos Portugueses e de Portugal.

Mas não se esqueçam que o professor já disse que é necessário um bloco central que inclua os populares...

Cá por mim não me esqueceria de uma senhora deputada dos verdes, que bem merecia o lugar de ministra num governo de salvação nacional...

Não se esqueçam também que ninguém temo direito de pedir aos Portugueses a colocar o guizo no gato...


 

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