12.3.11

De imediato

Já o disse aqui e volto a repetir para que não restem dúvidas sobre a minha posição face à situação política do burgo: tendo presente o texto e o contexto do discurso do PR na sua tomada de posse para o segundo mandato eu entendo não existir qualquer justificação para que a AR não seja dissolvida com a consequente marcação de eleições legislativas ou a formação de um governo de iniciativa presidencial.

Esta minha posição foi absolutamente corroborada pelo discurso ou conferência de imprensa do presidente do psd não sei se ontem à noite se já hoje de madrugada, onde manifestava a sua total discordância com as novas medidas anunciadas pelo ministro das finanças, mas da responsabilidade do governio.

Independentemente das razões que se tenham que contrariem as políticas do governo, eu entendo que quem se manifesta assim com esta clareza deve tomar a posição consonante com as posições políticas assumidas nada mais restando que a apresentação de uma moção de censura na AR para derrubar o governo e para dar ao Presidente a possibilidade de decidir entre um governo de iniciativa presidencial ou eleições legislativas imediatas.

Se as soluções encontradas não servem, se as medidas não acalmam os "merca dos", se toda a oposição clama que o POVO já não pode mais, numa clara demonstração que o POVO não está na AR, então que quem tem a faca e o queijo na mão e pode decidir democraticamente, então não tenha vergonha e não se deixe invadir pela cobardia e assuma o papel de tentar inverter o estado de coisas que tanto critica e vilipendia.

Deixem-se de conversa fiada, deixem-se de malabarismos políticos, deixem-se de verter lágrimas de crocodilo, deixem-se de arvorar em salvadores do povo e dos trabalhadores e assumam as responsabilidades de mudar o que tem de ser mudado sem olhar a pieguices e as desculpas de mau pagador.

Os gregos ainda não se afundaram no mar mediterrâneo, os irlandeses ainda não foram invadidos pelo atlântico norte, os venezuelanos ainda não foram tragados pelo atlântico central, os libianos ainda estão a aturar os kadafianos, pelo que os portugueses podem continuar ligeiramente tranquilos porque ainda não será desta vez que serão expulsos de Portugal.

Espero ardentemente que esta gente mostre de vez do que é feita para que o pessoal tenha perfeito conhecimento e clara consciência que a dignidade e a frontalidade e a verdade ainda merecem o nosso respeito.

Se os que estão fazem mal e os que não estão dizem fazer bem, então porque perdem tempo na gritaria inútil e que não serve a ninguém?

Apesar de entender que isso seria uma via muito acertada para incendiar o rabo aos adversários, estou plenamente convencido que não vai haver qualquer pedido de demissão para facilitar as decisões que cabem aos que as podem tomar já e de imediato.

O resto é bradar aos céus...


 


 


 


 

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