Começo a ficar cheio até às orelhas de todo esta porcaria do diz que disse, do disse que diz, do segredo de justiça que não é segredo de justiça, que hoje é segredo e amanhã deixa de ser e que não, que talvez mas tenho a certeza absoluta e tudo o resto que dizem por aí que pode ser e que não pode ser...
Não me posso conformar com o que se está a passar.
Agora a procuradora-geral adjunta vem escrever um artigo de opinião a mandar umas bocas foleiras aos magistrados do ministério público como se este pessoal estivesse a sofrer de graves incompetências na investigação, face aos resultados obtidos com monumental crise política que atirou um governo de maioria absoluta às urtigas com a maior das naturalidades de que se teve conhecimento através de um comunicado assinado pelo gabinete de imprensa.
Sem negar seja o que for do comunicado e muito menos do artigo da senhora do qual não faça a mínima ideia do seu conteúdo atrevo-me a dar voltas às minha cabeça para graduar a gravidade das situações: se é mais ,grave o procedimento da procuradoria-geral adjunta da república tendo presente o comunicado se o trabalho dos procuradores do ministério público tendo presente o artigo de opinião da procuradora-geral adjunta.
Segundo me dão a entender as armas brandidas são desiguais: os procuradores do ministério público não podem vir para os jornais justificar os seus procedimentos nem as suas decisões, mas a senhora procuradora-geral adjunta e até o presidente do supremo tribunal podem escrever artigos de opinião, dar entrevistas com ditos e afirmações pouco dignos de gente tão importante e sem a mínima consideração por pares e por outros detentores de cargos públicos como se eles fossem os donos da ética, da moral e dos bons costumes e estes uma cambada de ladrões, de aldrabões e de corruptos.
E agora o que resta para nós o pessoal cá da baixa sem eira nem beira, com o ordenado mínimo, com a pensão de trazer por casa, sem seguro de vida, à espera de migalhas debaixo da mesa dos poderosos etc. e tal?
Lamentar e chorar? Nem pensar...
Ralhar, gritar, chamar nomes, mandar bocas aos sete ventos até que a voz nos doa e os craques apanhem juízo para bem deles, de nós todos e até das instituições que se sintam ofendidas e menosprezadas.
Que sejam perdoados, porque, coitados!!!, o pedestal não é bom lugar para se viver...
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