O Espírito Santo tem destas coisas: os jornalistas, os comentadores, os "palpiteiros" e os adivinhos já deveriam saber que, se podem influenciar a opinião pública e alguns patarecos, não têm qualquer intervenção nos altos desígnios da Trindade.
Foram momentos de uma absoluta surpresa que não possibilitou qualquer reação nem aos presentes na Praça de São Pedro no Vaticano nem sequer aos jornalistas portugueses que ficaram mudos e calados naqueles segundos que se seguiram à leitura daquele curto texto a anunciar o cardeal eleito e o nome adotado pelo novo Papa.
Foram momentos terríveis pois não terá passado pela cabeça de tanta gente que o novo Papa pudesse ser aquele cardeal de que não se falava e não se esperava, tanto mais que a expectativa recaía sobre os nomes designados por "papabiles", onde não constava um cardeal de setenta e seis anos e ainda por cima já emérito e argentino de vida e nascimento.
Tivemos uma prova que as pressões da imprensa, mesmo que mundial, não surtem efeitos em determinadas situações, nomeadamente na eleição de um papa, mesmo que se possa pensar que não passa de uma eleição como outra qualquer eleição.
Terá ficado provado que a compra de eleição papal não está nos horizontes das possibilidades, apesar de alguma gente estar convencida que há muita política no meio desta coisa toda.
Até posso admitir que sim.
Mas devemos ter em conta que a simplicidade de um raciocínio escolástico não se aplica às nuances dos poderes da Igreja Católica, tão só porque se trata de uma instituição milenária e implantada em todas as regiões do planeta por mais longínquas e dispersas e inóspitas que sejam.
Para mim o mais surpreendente não foi o novo Papa ser argentino, o novo Papa ter setenta e seis anos, o novo Papa ser um cardeal emérito; o que mais me surpreendeu foi o novo Papa ser um "jesuíta"!!!
A partir daí não tenho a mesma leitura do significado da escolha do nome, que todos os comentadores e jornalistas, que tive a oportunidade de ouvir, atribuíram ao nome de "Francisco", tudo indicando que a escolha do nome estava ligada ao santo dos pobres e dos humildes como foi São Francisco de Assis.
Ninguém se lembrou nem o novo Papa vai alguma vez dizer, que o nome adotado e escolhido esteja intimamente relacionado com o apóstolo, missionário e santo como foi e é São Francisco Xavier, também ele jesuíta e que andou por essa terra inteira a pregar o nome a doutrina de Cristo…
Habemus PAPAM!!!
Que seja para a paz da Humanidade.
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