Na minha "humilde" opinião, a troika não deve aguentar muito mais tempo a manutenção do atual ministro das finanças, devendo estar a pensar muito seriamente a sua substituição.
Quando a troika começa a atribuir à ação do governo português este estado de coisas, está a incluir no mesmo o ministro das finanças, embora ele deva ser considerado o seu fiel mandatário.
Como o homem tem emprego garantido e ainda por cima com um bom ordenado, não deve haver hesitação a ter na devida conta para o chamar lá para donde ele veio, sem honra nem glória.
Terá cumprido o seu papel, mas só em parte, porque o que está feito qualquer um poderia ter feito e não seria preciso ser considerado técnico "sapientíssimo" para levar à desgraça a desgraçada da nossa situação política, económica, financeira e social.
Talvez que se vá embora com o rabo entre as pernas, como que corrido a pontapé, sem que alguém tenha pena de o ver partir, lamentando talvez a duração da sua permanência, que só se estranha por ser tardia.
Muita gente achará que não é justo ver partir o ministro das finanças e continuar a aturar os desmandes do ministro das políticas do governo, mas as realidades e as circunstâncias da ação de cada um não são comparáveis.
Enquanto um não passa de um aldrabão e de um mau caráter, o outro será um homem honesto, mas sem qualquer preparação social e política para desempenhar o papel de ministro das finanças numas circunstâncias tão dramáticas e quando se exigia um pouco de bom senso e de sensibilidade para a vida dos cidadãos.
Contudo, devemos estar preparados para que a substituição do ministro das finanças não se verifique numa sexta-feira depois das vinte uma horas, não vá o seu substituto lembrar-se ou trazer no bolso a medida que agora foi aplicada aos depósitos bancários dos cidadãos cipriotas no dia da concessão do apoio financeiro ao Chipre por parte do Ecofin (?).
Seria mais uma desgraça a somar a todas as outras que já nos impuseram, mas a aplicada à socapa aos cipriotas pode e deve ser considerada um autêntico e vergonhoso roubo, que não é próprio de gente séria.
Custa a acreditar que altos responsáveis e órgãos e instituições da União Europeia possam permitir-se comportamentos tão aviltantes da dignidade e dos direitos dos cidadãos, sem que sobre eles recaia a justiça, os julgue rapidamente e os coloque na cadeia, porque "roubar" e apropriar-se da propriedade alheia contra a vontade cada um é crime em qualquer sociedade civilizada, até mesmo nas ditaduras que ainda vão subsistindo.
Agora são os cipriotas que vão começar a aguentar, porque nós e outros já o fazemos cantando e protestando, mas aguentando de pé firme e com esperança de que o primeiro a partir já estará pronto para partir.
Depois, seguem-se outros… só porque se portaram mal e este país não é para ladrões e criminosos.
PS. Os alemães ainda vão aprender à sua custa…
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