Existe uma razoável quantidade de programas de informação e de comentário nos canais de televisão generalista e especializada, onde aparece um sem número de "fazedores de opinião", nomeadamente políticos, governantes, ex-governantes, jornalistas, especialistas, professores, catedráticos, comentaristas, politólogos, sociólogos e outros que tais, todos eles a "amandarem" a sua ciência para português consumir.
Um cidadão, mais ou menos bem informado por uma leitura de alguns jornais quer em papel quer em formato digital e que ouve com alguma frequência os inúmeros serviços de notícias das televisões e das rádios, pouca coisa aprende com toda aquela gente, fora uma enorme carga de generalidades que de pouco ou nada servem.
Contudo, de vez em quando e muito raramente, aparece um jovem e desconhecido que se digna atirar umas quantas das boas, talvez porque ainda não esteja comprometido, sendo-lhe permitido dizer algumas verdades e outras coisas a que muita gente não se atreve.
Foi o caso do que aconteceu há uns dias: um jovem e desconhecido professor universitário, que eu ainda não tinha visto em programa de televisão, resolveu esclarecer umas coisas que outros não tiveram a coragem e a dignidade e o atrevimento de fazer.
Disse o tal professor que, naquele tempo quando surgia algum problema mais complicado com as finanças e com a economia desvalorizava-se a moeda e a coisa entrava nos eixos por mais algum tempo. Agora e porque não se pode desvalorizar a moeda, a solução não pode ser outra que não seja desvalorizar o PAÍS.
Está dito e está a ser feito.
Esta gente não tem feito outra coisa que não seja desvalorizar o PAÍS, na impossibilidade de desvalorizar o euro.
De outra forma não fazia sentido todo este tipo de austeridade que está a ser praticada: cortes e mais cortes, impostos e mais impostos sobre os rendimentos pecuniários dos portugueses quer sejam provenientes dos salários quer das pensões.
Desta maneira, diminuindo drasticamente o custo do trabalho, independentemente de ser no setor privado ou no setor público, está-se, na realidade, a desvalorizar a economia e aplicando a mesma receita às pensões facilita-se a vida ao Estado que vê os seus custos diminuídos drasticamente, à sombra das tais reformas estruturais que mais são que roubos dos rendimentos de muitos portugueses.
Não há nada a fazer que leve esta gente a informar o POVO que a sua missão e o seu grande objetivo é desvalorizar o PAÍS em valores entre os trinta e os quarenta por cento, para que se possa iniciar um período de crescimento económico, com tudo o que isso significa, a partir de uma base de sessenta e não dos tais cem por cento e até mais se tivermos presentes alguns sortudos que não são assim tão poucos.
Bem vistas as coisas, os nossos credores querem, os nossos governantes estão prontos para lhes fazerem todas as vontadinhas…
O pior é se isto descambar para o torto…
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