Depois daquilo de ontem, sinto-me liberto e suficientemente motivado para manifestar o meu direito à indignação contra tudo o que está a acontecer neste desgraçado País.
Não sou responsável por nada que justifique esta política de pacotilha, pois que nem sequer me podem culpabilizar por ter qualquer interesse na compra dos submarinos e muito menos no cancelamento do contrato de aquisição dos pandurus que tanto prejuízo causou aos generais que se sentem privados dos seus brinquedos, quando qualquer menino pobre não deixa de ter o seu carrinho para as brincadeiras de rua.
Nada do que vem acontecendo tem qualquer justificação a não ser a total incompetência de quem toma decisões sobre a vida dos portugueses a mando seja de quem for mesmo que seja da troika.
Eu entendo os políticos; eu entendo a política; eu entendo os governantes; eu entendo os governados; eu entendo os inteligentes; eu entendo os imbecis.
Mas eu não compreendo como é que esta meia dúzia de inteligentes que põem e dispõem nesta terra não acertam uma de entre muitas: a taxa do desemprego, a taxa de crescimento, a taxa de aumento, a taxa de resíduos, a taxa de equilíbrio, a taxa de satisfação, a taxa de cumprimento, a taxa de incumprimento, a taxa de amizade, a taxa de guerra, a taxa de voluntariedade, a taxa de impostos e todas as outras taxas que não foram enumeradas mas que são ou deveriam ser da responsabilidade dos nossos políticos e governantes.
Contudo, tenho a certeza de uma coisa: esta gente não pode ser responsabilizada pelo que está acontecendo, porque quando aconteceu eles não estavam cá e agora a causa disto tudo está no antes e não no depois, pelo que de mãos limpas e lavadas vamos todos cantando e rindo, bastando afirmar que a culpa é de quem não está para se responsabilizar por isso mesmo.
Nesta terra não há tribunais, não há juízes, não há justiça que seja capaz de julgar e meter na cadeia quem de direito, porque não é conveniente arrancar a árvore pela raiz, pois o que importa é deixar sempre qualquer coisa à vista para justificação da incapacidade e da incompetência que abunda nos corredores e gabinetes do poder.
Um dia o povo vai acordar.
Nessa altura não haverá contemplações e serão todos corridos a pontapé.
Esperem um pouco mais e terão a oportunidade de apreciar um povo em fúria.
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