A defesa do consumidor está a dar cartas para que os consumidores tenham cada vez mais consciência da qualidade dos produtos de qualquer natureza colocados no mercado.
Nem sempre nos é dada aos consumidores a verdadeira opção por um determinado produto, pois que a sua qualidade e respetivo preço nem sempre estão disponíveis e acessíveis à maioria dos consumidores.
Se quase sempre posso comparar os preços fixados, bastando ter tempo e paciência, em grande parte dos casos, quanto à qualidade já é outra cantiga.
De facto, não é tarefa fácil analisar com clareza a qualidade dos produtos disponíveis no mercado por muitas diferentes razões, sendo que considero ser a principal a pouca informação detida pelos consumidores, apesar de os rótulos mostrarem uma razoável quantidade de informação relativamente aos seus componentes físicos, químicos e energéticos. Veja-se, como exemplo, a indicação de que "contém sulfitos" constante dos rótulos de todas as embalagens de vinho e até de vinagre.
Alguém me sabe dizer o que são os sulfitos e quais os seus efeitos no organismo?
Vem isto a propósito de uma notícia tornada pública no dia de hoje: segundo um estudo da DECO o gasóleo disponível nas bombas dos supermercados e nas bombas da galp são rigorosamente iguais, independentemente de terem ou não terem quaisquer aditivos, não havendo, assim, qualquer justificação para uma diferença de preços tão elevada.
Poder-se-á sempre dizer que a estratégia fundamental dos supermercados não é ganhar dinheiro com a venda de combustíveis e que o seu negócio é de outra natureza. apresentando-se os combustíveis como complemento do negócio das grandes superfícies comerciais.
Contudo, devemos ter presente que os fornecedores de combustíveis aos supermercados são os mesmos fornecedores detentores das bombas de combustíveis e no caso concreto da galp, que é o único refinador existente em Portugal.
Esta situação agora denunciada pelo DECO só vem comprovar o que já há muito tempo se vinha murmurando por todo o lado: aquela história dos aditivos não passava de mero embuste para a manutenção de um elevado preço dos combustíveis praticados pelas gasolineiras.
De resto, já se dizia que à saída das refinadoras os combustíveis não têm qualquer diferença entre as várias marcas disponíveis no mercado, sendo que as diferenças eventualmente existentes entre elas não são produto do processo de fabrico, findo o qual poderá, eventualmente entrar em funcionamento os tais aditivos, conforme continua a afirmar a referida refinadora.
Embora admita que o dever de cada um, mesmo antes da verdade, é defender a sua dama, sendo aqui a dama é o capital e os lucros, tenho por prática normal o abastecimento no fim de semana, aproveitando as promoções existentes e utilizando o cartão do Glorioso, obtendo um preço igual ou mesmo inferior ao dos praticados nos supermercados.
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