Embora já tenha falado por diversas vezes do endividamento das famílias portuguesas, nunca me tinha dado conta das causas e das razões mais ou menos profundas deste fenómeno, que vem merecendo a atenção de muito boa gente.
Parecia-me que se tratava de uma situação que se ia paulatinamente agravando, mas as soluções são andariam muito fora de mão.
Mas um acontecimento do último dia do ano chamou-e a atenção para a facilidade com que se mergulha de corpo inteiro no endividamento.
Em cerca de trinta minutos tinha na mão um computador topo de gama de uma marca altamente conceituada no mercado de informática com factura e tudo, após consulta a uma entidade qualquer, apresentando apenas e tão só o bilhete de identidade, o cartão de contribuinte, o NIB e dar informação sobre a propriedade da minha residência, sobre a minha situação profissional e sobre o meu rendimento mensal.
Nada de provas destas três últimas informações...
E o mais interessante de tudo isto é que não paguei um cêntimo e só no mês de Fevereiro me será descontada a primeira prestação do total de dez, mas sem juros...
Toma lá, leva, aguarda e não te preocupes muito...
Tudo facilidades para uma compra....
Nesta situação concreta, perfeitamente justificada, não virá mal ao mundo, uma vez que conto pagar, tanto mais que já andava a passar-me com as avarias e reparações de computadores feitos à peça. Não quer dizer que sejam piores... mas teria que pagar de imediato e de uma só vez e, eventualmente, estaria a mergulhar no mundo da economia paralela...
Claro que eu vou pagar a prestação da única compra a crédito feita nos últimos anos...
E os outros..., com muitas mais?
JBF
PS: Este texto foi escrito, pela primeira vez, no dia 2 de Janeiro de 2007.
Tenho ocupado o tempo a tentar publicá-lo no "Ainda Não Jantei", sem êxito.
Terá sido o custo de novo computador sem saber o suficiente de informática para tratar sozinho destas coisas?.
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