Segundo notícias dos órgãos de informação, o Presidente da EDP teria afirmado que a empresa vai aumentar as tarifas da electricidade para pagar uns largos milhões de euros em indemnizações por despedimento de trabalhadores.
O aumento das tarifas deve-se ao facto de os custos destas indemnizações não poderem ter qualquer influência nos resultados a pagar aos accionistas da empresa…
Todos diriam que qualquer gestor de meia tigela, isto é, qualquer cidadão que tenha a mínima percepção sobre a realidade do ter ou não ter caroço para comprar o pêssego, pode gerir qualquer empresa, incluindo a EDP, desde que a sua actividade permita estas coisas.
Trata-se de um bem de primeira necessidade; trata-se de um bem que não pode deixar de fazer parte da hora a hora da vida de cada um e de todos; trata-se de um bem no qual se pode cortar como se corta na comida…
Claro que o Presidente da EDP sabe do que está a tratar e sabe que está a gerir muitos milhões de tudo para ser minimalista ao ponto de ter qualquer prurido em aumentar as tarifas da energia eléctrica para manter o nível dos lucros para remunerar o capital.
Mas remunerar o capital desta maneira torna desnecessária a sua presença ou, pelo menos, torna possível pagar ao Presidente da EDP menos uns quantos milhares, porque o seu trabalho nada tem a ver com a gestão de uma grande empresa: apenas deve saber o “quanto” é necessário aumentar as tarifas para pagar as indemnizações sem recorrer às receitas normais provenientes da normal actividade da empresa…
Para o Presidente da EDP o esforço de pensar esta solução bem merece um aumento do prémio de produtividade por conseguir fazer com que o petróleo vá baixando de preço e os lucros vão aumentando de volume.
Às urtigas com a gestão!
Venha daí um aumento das tarifas da electricidade!
Um trabalhador despedido tem direito à respectiva indemnização!
Um despedimento de um trabalhador não é um acto de gestão!
Um despedimento de um trabalhador é um aumento das tarifas…
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