Apanhei a notícia pelas pontas dos cabelos, pelo que não sei se a entendi correctamente.
Parece que o ministro resolveu dar uma dentadinha no patrão das farmácias, preparando-se para autorizar a abertura de novas farmácias a associações de doentes… ou coisa parecida.
Já deve estar preparado para a consequente acção que não deve tardar.
Será que os laboratórios e os distribuidores de medicamentos se vão recusar ou, pelo menos, dificultar a aquisição de medicamentos por parte destas novas entidades proprietárias de farmácias, como parece ter acontecido com as superfícies comerciais, mesmo para medicamentos sem receita médica?
Alguma coisa virá, porque ficar-se na defesa, ele não vai ficar; pode é tardar um pouquinho mais a preparar a arma de contra-ataque, porque a estratégia já está definida.
Continuo com a esperança que será no tempo dele a liberalização total da abertura de novas farmácias e também que será no tempo dele que o preço dos medicamentos seja fixado por processos mais límpidos e mais transparentes, para que a teoria da economia de mercado continue a ter alguma aceitação, independentemente do cartel e do cambão.
Vou continuar a dar o benefício da dúvida ao ministro, pensando que as suas intenções e as suas políticas para a farmácia, para o medicamento, para os doentes, para os enfermeiros, para os médicos e para todos os profissionais envolvidos na saúde são boas e merecem o nosso crédito, a nossa confiança e a nossa aceitação.
De qualquer modo, sou tentado a alertar o ministro para a proliferação de novas associações de doentes. Pela minha parte e porque agora sou consumidor permanente de medicamentos, vou iniciar as diligências necessárias para que os cidadãos pacientes de tosse e rouquidão se constituam em associação…
Depois não diga que ninguém o avisou da possibilidade real de tal acontecer.
Olhe que o pessoal pode ser doente, mas não é tonto!!!
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