Tenho aguardado, com alguma expectativa, o desenvolvimento de duas notícias de uma importância e uma gravidade fora do normal sobre a “justiça”, mas parece que nada aconteceu de extraordinário.
Afinal, todos ficámos a saber as causas das fugas de informação relacionadas com processos de natureza judicial em segredo de justiça.
Coisa de somenos importância, uma vez nunca mais se ouviu falar do assunto e, no entanto, estamos perante uma situação que, se não fora de uma gravidade extrema, não deixaria de ser considerada uma “anedota”: os computadores dos magistrados e dos juízes eram devassados pura e simplesmente!!!
Parece que umas pessoas maldosas, umas pessoas com segundas intenções “entravam” nos computadores, verificavam o material e retiravam o que bem lhes apetecia, havendo ainda a possibilidade de alterar documentos.
Venha alguém e que explique isto: então os magistrados e os juízes não tinham qualquer senha, qualquer código, qualquer coisa do seu único e exclusivo conhecimento? Será que essa tal senha, esse tal código estava escrito num “postit” e colocado no canto inferior esquerdo do ecran do computador?
Afinal, quando, como, quem, em que circunstâncias se descobriu isso tudo?
Ficamos abismados que esta brincadeira se passe com magistrados e juízes e ninguém, a não ser o sistema informático, seja responsabilizado!!!
Segundo o procurador-geral da república ficámos a saber que o processo casa pia não correu pelo melhor. Este eufemismo é rigorosamente igual àquele usado no jogo da bola, quando um comentador relata que a bola passou “não muito longe da baliza”, quando na realidade a bola passou a linha junto à bandeirola de canto.
Ao menos poderia ter dito, com aquele sorriso de mona lisa, que o processo foi mal instruído e que os responsáveis, directamente dependentes dele, foram incompetentes.
Teria sido feita justiça e nós até que poderíamos achar graça àquele sorriso meio idiota com que disfarça a sua incapacidade e a sua inoperacionalidade e a sua ineficácia.
O sistema informático não tem seguranças…e nós também não.
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