Porque hoje é o segundo dia, porque hoje não trabalho, não porque não tenha trabalho mas tão somente porque não me apetece e não devo nada ao patrão, porque hoje estou confinado e não devo andar por aí à procura do virus, pensei em deixar aqui expressos alguns dos meus desejos para o ANO NOVO.
Primeiro desejo: Que os canais de televisão generalistas e alguns do cabo não deixem de nos brindar diariamente até mais do que uma vez com os programas de comentário do futebol. Tenho verificado que estes programas têm sido o melhor remédio para ir abandonando o gosto e agrado pelo futebol, tão instrutivos são estes programas de televisão. É altamente agradável e instrutivo ouvir aqueles craques falar de tal maneira só comparável aos antigos carroceiros quando as mulas paravam no meio da lama já cansadas de tantos berros e gritos. Às vezes fico convencido que o "cachê" é fixado em função da gritaria. Assim, para mim o futebol está cada vez mais longe. Há excepções? Sim... mas esses não têm audiências.
Segundo desejo: Que os canais generalistas de televisão e alguns do cabo dediquem mais programas de comentário político e social para que haja mais especialistas a debitar lugares comuns e ideias feitas para que o povo deixe de ser burro e analfabeto e tenha mais estima e consideração pelo trabalho intenso que estes comentadores dedicam ao comentário. Só assim teremos consciência da estupidez, da ignorância e da leviandade com que os responsáveis pela governação a todos os níveis governam esta terra. Só assim teremos consciência que a ciência está nestes comentadores e que o nosso futuro passa por ouvir ainda mais este pessoal que tanto nos ensina naqueles minutos de alta faladura. Ainda bem que o comando é meu...
Terceiro desejo: Eu adoro os telejornais e outros nomes semelhantes que me informam tudo o que acontece no mundo e arredores com uma dedicação e entusiasmo que lembra o comportamento de uma criança quando lhe oferecem a primeira bola. O meu gosto é tanto por este tipo de programas de informação que me bastam dois ou três minutos de um para ir para outro e assim sucessivamente para todos para constatar que o que muda quase sempre é apenas o alinhamento. E quase sempre as mesmas notícias, as mesmas imagens, as mesmas vozes e as mesmas caras... de uma beleza e encanto do outro mundo...
Por último, não se trata de um desejo, mas de uma constatação: por que será que os decisores nunca decidem a gosto e a contento de alguns comentadores e da oposição política?
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