O razoável esforço feito na noite de ontem para ver e ouvir os dois prjmeiros debates entre os candidatos a Presidente da República cá do burgo confirmou plenamente as minhas expectativas: não valeram um peido seco e foram totalmente inúteis, como eu já pensava.
Mas atrevo a perguntar-me pelo melhor e pelo pior dos debates, dado que não me tenho por especialista para me perguntar pelo ganhador dos debates.
Para desgraça e frustraçaã do canal público, o canal 11 ainda foi a tempo de corrigir as bocas que indicavam como director do canal este jornalista do canal 1. Assim e dado que um seu leitor de telejornais a desempenhar o papel de entrevistador foi totalmente humilhado pelo actual presidente e candidato a presidente e futuro presidente não deixando falar nem fazer perguntas, mandou este que será um grande jornalista comentador de futebol, mas como entrevistador deixou muito a desejar. Não querem lá ver que o maior número de perguntas, para lá das intervenções a despropósito, foram perguntas que qualquer repórter de microfone faria ao presidente numa das suas deslocações de rua para permitir selfies, abraços e afectos!!! Santa Maria das eleições me valha porque isto dá cabo da minha paciência.
De modo que fiquei ainda com maior expectativa para o segundo debate que me encheu totalmente as medidas: o homem não se cala e parece que tem o rei na barriga e o trombone na garganta: uns quantos chavões acompanhados de outros tantos de lugares comuns, sem qualquer intuitos de contributos positivos e apenas a aborrotar de slogans lá fazendo passar a palavra para os descontes se sentirem satisfeitos porque finalmente têm um salvador e um curandeiro para todas as desgraças desta terra que vai produzindo de vez em quando uma ave rara desta grandeza. Mas o que mais me entusiasmou foi o papel da jornalista: lembrei-me que teria valido a pena colocar ali um teleponto com todas perguntas, um cronómetro e um bombo para indicar a mudança de cenário e não teríamos presenciado uma total ausência de moderação do debate e uma inacreditável actuação da jornalista. Ou talvez poderiam ter chamada o pior repórter da manhã a anunciar as mortes e as desgraças do dia anterior que certamente não teria feito pior do que se viu.
Se os próximos debates tiverem a moderação dos mesmos "jornalistas moderadores"...
Custa-me a acreditar que os jornalistas pensem que, por terem carteira profissional, os entrevistados são idiotas chapados e que qualquer pergunta feita por mais parva que seja os leva a cair na esparrela...
Santa maria do microfone!!!
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