Já estava convencido que o gasparzito tinha dado a todos os contribuintes portugueses, principalmente aos funcionários públicos e aos aposentados e reformados, uma valente traulitada com moca de rio maior para todo o ano de dois mil e treze, mas nunca pensei que fosse tão violenta.
Não esperava que de uma coisa daquelas pudesse sair medida de atirar para as urtigas uma boa quantidade de direitos que muitos demoraram uma vida inteira a conquistar para depois um funcionarizeco europeu se estivesse a marimbar para todos e se colocasse ao serviço de agiotas.
Ninguém notou nada nas pensões e nos salários processados no mês de janeiro, mas agora veio tudo de enxurrada qual vendaval fazendo com que muitos de nós ficássemos a olhar incrédulos para o depósito na conta bancária ou para o recibo de vencimentos.
É obra!
A primeira coisa que me veio à cabeça foi que se tratava de outra conta bancária que não a minha quando me entrou pelos olhos dentro o montante do depósito efetuado pela caixa geral de aposentações e referente ao mês de fevereiro.
Nem queria acreditar no que os meus olhos viam e tive o cuidado de verificar se era mesmo a minha conta bancária ou se uma outra qualquer que não me dizia respeito. Não estava enganado. Era mesma a minha.
Lembrei-me daquela famosa expressão do gasparzito quando deu a conhecer o que nos ia acontecer durante o ano de dois mil e treze: "um enorme aumento de impostos".
Comecei a imaginar coisas que deveriam acontece a este sacripantas de meia tigela, mas logo tomei consciência que a coisa deveria ser estendida a todos os que colaboraram nesta trama e neste roubo à mão desarmada e com todas as leis a protegê-los, a não ser que os juízes do tribunal constitucional recebam também a mesma prenda e constatem e decretem que em Portugal a constituição não permite nem aceita o roubo descarado do que se demorou uma vida a ganhar e a conquistar, não podendo ser considerado uma dádiva ou um benefício do estado social, reformado ou não reformado por estes pulhas e por estes aldrabões sem categoria e incompetentes.
Fiquei revoltado, pois só agora me dei conta da gravidade das medidas fiscais constantes do orçamento de dois mil e treze, esperando agora que o tribunal constitucional diga a estes rapazes que isto ainda não é uma república das bananas, onde os problemas se resolvem com o aumento descarado dos impostos com o assalto e saque do bolso do povo desgraçado e sem defesa.
Eu nada posso fazer a não ser deixar aqui o meu mais violento protesto e a minha indiganação contra esta cambada que nos governa desejando a todos a utilização de um bom detergente ou sabão macaco para lavar a podridão da sua consciência política.
Não sei quando… mas eles vão pagar com língua de palmo…
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