Foi um fim-de-semana da justiça, isto é, dos juízes e não sei de quem mais ligada à justiça.
Primeiro o congresso dos juízes no Algarve, onde esteve o Presidente a abrir e o Ministro a fechar.
Depois um encontro de delegados sindicais no Estoril para fazer o balanço das recentes greves.
O jornalista estava muito preocupado pelo facto de os juízes não terem batido palmas ao ministro, de tal modo que lhe perguntou se ainda tinha condições para continuar ministro.
Nem sequer ponho a hipótese de o ministro ter ido ao congresso sem ser convidado, pelo que as palmas seriam desnecessárias, dadas as circunstâncias, bastando que houvesse delicadeza, urbanidade e educação por parte de quem convidou, mesmo que não gostasse do convidado.
Se eu estivesse naquela situação nunca teria ido ao congresso, uma vez que já sabia que não era bem-vindo. Mas retirava ao jornalista a oportunidade de uma pergunta tão profunda.
Nunca tinha ouvido colocar a questão daquela maneira: então porque não há palmas, já não há condições para continuar ministro? Que teria feito a da Educação? A esta hora, por aquela lógica o Primeiro já teria nomeado umas boas dezenas de ministros por falta de palmas.
Devemos concordar que retirar direitos e não privilégios, não é merecedor de palmas, mas de apupos, mas parece que estes o jornalista não ouviu. Menos mal…
Só não percebo porque é que, sendo direitos, os juízes não fizeram greve de solidariedade, quando foram retirados os mesmos aos outros funcionários públicos sem privilégios e aos outros funcionários públicos com direitos e privilégios, nomeadamente, os militares, os polícias, os republicanos…
Nós gostamos destas coisas. Estamos prontos e preparados para o que der e vier, desde que seja dar pancada no Governo.
Só não estamos preparados para comida igual… mesmo que seja proveniente da mesma cozinha e feita pelo mesmo cozinheiro…
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