2.11.05

Esquecimento

Nestes últimos quinze dias andei um pouco distraído ao deixar passar uma série de acontecimentos, factos ou situações sem, ao menos, lhe dedicar umas curtas linhas.

A actualidade é para os meios de informação, muito embora às vezes e por vezes fazerem referência ou noticiarem coisas com um atraso relativamente grande se tivermos na devida conta que informação dos tempos modernos é regida pelo ponteiro dos segundos.

Passaram-me ao lado os fabulosos lucros dos bancos, das operadoras de comunicações, das petrolíferas…

Factos que não merecem especial realce de nos detivermos um pouco mais nas condições socioeconómicas dos utentes dessas empresas e, por isso, os responsáveis por tantos milhões de lucros.

Ficamos a saber que temos os melhores gestores mundo no que respeita à condução dos negócios e das actividades desenvolvidas por essas empresas, pois que quanto ao nível de remunerações já nós sabíamos há muito tempo.

Nada que não fosse merecido face aos resultados obtidos.

Passou-me também ao lado aquela coisa de Felgueiras: afinal parece que os tribunais funcionam, apesar de muita gente não acreditar nos juízes nem sequer se importarem muito com as greves. Afinal, que mal faz a este País um aumento de dez ou quinze mil processos a aguardarem justiça?

Não fui capaz de pensar na origem dos milhões de euros necessários para manter os subsistemas de saúde dos magistrados, dos polícias, dos militares…Continuo na dúvida, mas dúvida sistemática, sobre esta origem de fundos, mas quer-me parecer que todos esses milhões não têm outra origem que não seja os descontos efectuados por todos os utilizadores, numa percentagem, certamente, muito superior à aplicada aos outros funcionários públicos.

Longe de mim pensar que é o Estado a investir nesses subsistemas de saúde com dinheiros provenientes dos impostos cobrados aos que pagam impostos.

Se ali não investe, por que razão absurdo quer acabar com esses subsistemas de saúde, para os quais nada aporta???

Responda quem souber…

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