A Autoridade da Concorrência acordou agora para a situação do medicamento e das farmácias, despertada por um estudo da Universidade Católica. Mais vale tarde que nunca!!!
Relativamente ao medicamento a grande medida é a liberalização do preço. A fim e ao cabo não sabemos quem irá ganhar: se o consumidor se o fornecedor, mas fica bem falar-se de economia de mercado, quando o que está em causa é a saúde do pessoal.
Relativamente às farmácias parece que se lembraram agora que estas entidades são abastecidas pelas suas estruturas cooperativas de grau superior e que têm demasiados lucros, como se estes alguma vez fossem demais.
Para a Autoridade da Concorrência foi necessário o estudo da Universidade Católica levantar a questão, quando podia consultar as estatísticas dos gastos do Estado em medicamentos e as publicações anuais do INSCOOP, nomeadamente “As 100 Maiores Cooperativas”, para constatar que as uniões farmacêuticas estarão, certamente, entre as dez primeiras em volume de vendas.
Espero bem que o estudo da Universidade Católica não se fique apenas pela curiosidade da Autoridade da Concorrência, considerando salutar que esta diga alguma coisa ao Ministro nem que seja por descargo de consciência, uma vez que o Ministro conhece muito bem esta situação, não de agora, mas de há muitos anos.
Agora, que é outra vez Ministro num Governo de maioria absoluta deverá ser consequente com o que tem dito repetidas vezes e não se fique apenas pela pregação…e não se esqueça da liberalização de abertura de farmácias por parte de quem quiser…
Continuamos cá para ver a evolução disto tudo.
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