Eu tenho-me esforçado para entender o tempo dedicado pelas televisões ao caso da senhora grávida desaparecida lá na zona da murtosa e não encontro grandes justificações para tal empenamento a não ser aquela clássica e algumas vezes aduzida pelos jornalistas: o dever de informar.
Tampouco entendo o tempo dedicado pelas televisões a esclarecer o povo sobre o caso importantíssimo para as nossas vidas do tratamento milionário das gémeas luso-brasileiras. estando eu convencido que para os órgãos de informação pouco interessa o estado de saúde das meninas e de todas as outras meninas e meninos que carecem de semelhantes tratamentos, pois o que lhe interessa é o aproveitamento de todas as oportunidades para cascar a regabofe no governo e nos seus ministros e secretários de estado eventualmente intervenientes no processo e estejam convencidos de que algum de desgraçado (a) venha pagar as favas...
Não me interessa muito saber os recursos envolvidos nestes dois casos, nomeadamente jornalistas, técnicos, meios materiais, porque é coisa que .não me pesa nem no bolso nem na carteira, a não ser quando se trata da televisão estatal, porque para essa também contribuo com alguma coisa.
Mas tudo tem uma dose de bom senso para se justificar aos olhos do pessoal que às tantas começa a perder o interesse em permanecer num canal que já aborrece e chateia com tanta porcaria.
Como tenho utilizado o telemóvel para ler alguns artigos sobre o caso do novo aeroporto de lisboa encontrei-me a divagar sobre o assunto e lembrei-me que os jornais, as televisões, as rádios locais regionais e nacionais bem poderiam dedicar os seus esforços na análise dos contratos que estiveram na base das privatizações de algumas empresas em Portugal.
Dadas as circunstâncias de estar em consulta pública o relatório da comissão técnica independente constituída para estudar a melhor localização do novo aeroporto de lisboa de entre uns quantos que lhe foram indicados, de outros por ela assumidos e ainda outros que foram deliberadamente esquecidos, talvez que houvesse algum interesse por parte de todo o pessoal que paga impostos em ter conhecimento
mínimo sobre os pressupostos, condicionalismos e consequências da privatização da ana.
Se levarmos a sério tudo o que já se disse e se escreveu sobre a participação da ana/vinci na decisão da localização e construção do novo aeroporto de lisboa vou ficando convencido que teremos mais uma mão cheia de anos para uma decisão final sobre o assunto.
No fim haverá umas quantas vozes a bradar no deserto: todos os que participaram no processo da privatização da ana deveriam ir passar dez anos numa prisão de alta segurança...
O mesmo se aplicaria aos casos da edp, da galp, dos ctt, da tap, da..., do..., das..., e dos..., etc. e tal.
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