Começa o nervosismo a imperar nas mentes dos nossos comentaristas, jornalistas, políticos e governantes por causa da aproximação do julgamento do tribunal constitucional sobre a lei da dita convergência das pensões.
Por acaso até gosto do nome, porque tornando-se "convergência" poderia pensar-se que estamos a convergir para um ponto no futuro ou no alto e não como se prevê ser esta convergência, como um "modus operandi" de um governo que não sabe governar, que não tem competência para governar e que só o faz a poder de poder e de cacetada em quem não tem capacidade para se defender.
Para mim independentemente do julgamento do tribunal constitucional sobre a convergência das pensões, estou certo que quem sai a perder sou eu e muitos mais aposentados da administração pública, sobre os quais tem recaído a ira destes governantes.
Já estou convencido que os governantes estão convencidos que a dignidade, a honra e a ética, são conceitos que só se aplicam aos outros e nunca a quem tem a competência de exercer o poder.
Mesmo que se trate de aldrabice, de vilanagem, de expurgo, de roubo, de apropriação indevida de bens alheios, mesmo que de forma legal, já pouco me importa qual seja a decisão do tribunal constitucional, porque, à partida tenho perfeita consciência que se não for roubado de uma maneira serei de outra, tendo sempre presente que a convergência vem repor a igualdade entre os reformados mesmo que a sua situação seja bastante diferente.
Para estes governantes, a maioria dos quais nunca soube o que é ter uma carreira profissional e contributiva para os diversos sistemas de segurança social, para estes governantes que nunca tiveram que dar ao dedo e puxar pela cabeça para fazer uma carreira profissional à base da subida de dezenas de degraus, com todas as influência políticas e partidárias, para estes governantes que receberam o poder com o cu virado para a lua, quando vendiam e emprestavam dinheiro dias após a sua saída do liceu ou da universidade, para estes governantes que têm o rei na barriga e o farelo na cabeça, para estes governantes para quem a vida sempre foi um mar de rosas e de euros fáceis de ganhar, a convergência é uma forma de repor a justiça e a igualdade entre os reformados e os aposentados.
Nem sequer se dignam pensar que o dinheiro que agora tentam roubar aos aposentados ou desviar das suas carteiras ou contas bancárias é o dinheiro de cada um dos aposentados e não dos governantes, do governo e nem sequer do estado, pois todos estes apenas se poderão considerar gestores de um bem que não é de sua propriedade, mas que tem proprietário, que são todos os aposentados.
Ponham a mão na cabeça, pois não é possível pô-la na consciência por já não a terem, e pensem que não têm o direito de apropriação da propriedade privada e se quiserem ter a veleidade de a gerir, que o façam com ciência e com sabedoria e não com a incapacidade já demonstrada para a solução dos problemas da coisa pública.
Assumam de uma vez para sempre que têm o poder de aumentar impostos, mas não têm o poder de se apropriarem dos bens dos aposentados, conquistados ao longo de uma vida de trabalho e de descontos conforme acordado e combinado.
De qualquer maneira eu já sei que vou pagar o que os senhores querem que pague, mas que ao menos pague de uma forma legal através de impostos e não através de uma fórmula que eu sempre verei como um roubo, mesmo que efectuado a coberto da lei.
Um roubo será sempre um roubo, mesmo que o gatuno seja absolvido.
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